O Protetor (COMPLETO)

Capítulo 22

Jason

Hoje

11hrs 02min

— Vocês nunca a pegarão, ela é minha, o Sombra da noite nunca a terá!

— Pelo contrário, cachorrinho. Nós precisamos de vocês dois!

— Mas o Sombra da noite nunca faria mal a própria filha! — Eu falei exasperado.

No começo meu plano era simples, sequestrar a garota, fazê-la confiar em mim, para que eu pudesse chantagear o seu pai. O seu pai tinha feito isso comigo. Seu pai era o culpado de eu ser um monstro. Eu queria a minha cura. Eu queria a minha vingança.

— Eu acho que você está enganado. Você não sabe realmente quem é o Sombra da noite? — o cara riu alto. — O fraco do pai dela não é o Sombra da noite! — Ele disse enquanto deu um chute nas costas de Madalena, que estava caída aos seus pés.

— Não minta para mim! — Eu gritei. — Você vai se arrepender de ter feito isso! — Urrei

É claro que ele estava mentindo, Willian Dobrev me prendeu naquele lugar e me torturou por anos, ele é o culpado de tudo. E Angel é a filha dele.

Senti toda a adrenalina e a energia percorrendo minhas veias. Era como se meu sangue fosse um ácido forte, que eu podia sentir correndo pelo meu corpo.

Um dos capangas começou a atirar contra mim, usando minha agilidade me desviei de todos os tiros. Correndo por trás dele, quebrei seu pescoço tão facilmente, que ele parecia ser feito de ar. Peguei seu corpo sem vida e o joguei longe.

— Vá atrás da garota, não podemos perdê-la de novo! — O cara, que parecia ser o líder mandou um dos capangas ir atrás de Angel. Eles não podiam pegá-la. Eu não deixaria.

"Ela era minha".

O cara seguiu indo pelo caminho que Angel havia corrido, ela não conseguiria fugir de dois.

Corri em direção ao cara, pronto para combatê-lo, mas senti uma dor terrível na minha perna. Olhei para baixo, vendo sangue escorrendo. O outro capanga tinha me atingido, voltei-me em direção a ele, que continuou atirando em mim. Os tiros zuniam passando por mim. Para mim era como se o mundo estivesse em câmera lenta, e os tiros fossem lesmas. Parei na frente do cara, que continha uma expressão apavorada no rosto, que me fez rir.

Arranquei a arma de suas mãos em um só golpe, quando ele tentou me atingir um soco, segurei seu braço torcendo tão bruscamente, que ouvi um osso quebrar. Eu nunca gostei de matar. Nunca gostei de ver essa expressão de medo nos olhos das pessoas. E todos os trabalhos que eu fiz, muitos eu matei por dinheiro e me arrependi. Mas o negócio aqui era sobre vingança, e eu farei qualquer coisa para consegui-la.

Chutei sua perna quebrando-a, ele cambaleou para trás. Acabado.

— Você pode até achar que está ganhando, mas você não sabe o que eu tenho aqui! — O líder gritou as minhas costas.

Virei-me, encarando o. Ele segurava uma arma apontada em minha direção.

— Você já viu que essas coisas não podem me deter? — Eu ri, vendo como esses caras eram estúpidos. Eu precisava acabar com eles logo, para ir salvar Angel dos outros dois.

— Eu sei... Eu sei! — O cara falou enquanto apertou a cara da Madalena com o pé, ela grunhiu de dor e aquilo me deixou mais furioso.

— Mas essa aqui é diferente! — Ele segurava a mira reta em mim.

Porém, com a mão direita sacou uma pistola nove milímetros do bolso, e a pontou para o peito de Madalena.

— Veja!

Então sem rodeios, ele puxou atirando no peito de Madalena.

— Essa é para matar pessoas! — Ele jogou a pistola nove milímetros longe, enquanto eu não acreditava no que via. Madalena estava morta. Jofrey estava morto. O ódio me enfureceu e o ataquei.

— Mas essa aqui é para matar monstros! — O cara disse.

Então senti dois tiros no peito, que me fez parar no caminho. Um líquido verde escorreu pelo buraco da bala, e começou a se infiltrar nas minhas células. Senti-me fraco e zonzo na hora. Perdi completamente a noção. E tudo escureceu.

Naquele instante eu soube que o Sombra da noite havia me pegado novamente e que minha Angel, agora não era mais minha.