A ILHA DOS ELEMENTOS

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Os três últimos dias de viagem foram os piores para Kiera, a dor no corpo era tanta que se segurava para não chorar, nunca viajara tão longe sem o auxílio de uma liteira, na verdade, nunca viajara tão longe na vida

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Os três últimos dias de viagem foram os piores para Kiera, a dor no corpo era tanta que se segurava para não chorar, nunca viajara tão longe sem o auxílio de uma liteira, na verdade, nunca viajara tão longe na vida.

– Estou ainda mais magra do que quando comecei – observou Kiera em voz alta para si mesma.

– E mais magra ficará, deverá aprender a viver com recursos limitados, a abraçar suas dores, como resistir aos seus medos, tudo isso deverá aprender jovem princesa – disse a alta-alta-dama do elemento terra pela primeira vez se dirigindo à Kiera.

– Como isso? – Perguntou Kiera com os olhos arregalados de espanto.

– Vais ver com o tempo, cada coisa de uma vez menina – disse a alta-dama dos quatro elementos.

– Eu mal posso esperar – disse Kiera sorrindo seu sorriso inocente de criança ingênua.

– Lembre-se, quando chegarmos a ilha não serás mais a princesa Kiera, será Kiera, a aprendiz de magia, nada de títulos, regalias, aias ou ajudas especiais, enquanto na ilha somos todos iguais e assim devemos ser.

– Urg jerjerno deraneia jerle – disseram as outras alta-damas em aparente aprovação.

– Eu irei aprender a falar o idioma mágico? – Perguntou Kiera excitada, esquecendo por alguns minutos da dor que sentia nas pernas por estar cavalgando pela floresta que agora se tornava menos densa e mais fria.

– Sim, claro, essa é uma das suas obrigações mais importantes – disse a alta-alta-dama dos quatro elementos.

– Todos os nossos livros antigos estão nesse idioma – afirmou a alta-alta-dama do ar.

– E qual será minha primeira lição? – Perguntou Kiera, se sentindo mais ousada nas perguntas conforme o tempo passava e as alta-damas conversavam mais com ela, finalmente, depois de dias.

– Paciência minha princesa, tudo será explicado quando chegar na ilha – disse a alta-alta-dama dos quatro elementos com um doce sorriso que a rejuvenescia.

– E quando isso irá acontecer? – Perguntou Kiera, mais uma vez lembrando da dor em suas coxas e virilha.

– Em pouco tempo agora, estamos quase nos aproximando do rio de nuvens – disse a alta-dama.

– Rio de nuvens? Achei que o único rio em nosso reino era o rio de Hydra – disse Kiera espantada com a nova informação. O quanto do meu próprio reino eu não conheço? Se perguntava ela.

– É um rio diferente, a princesa irá ver – disse a alta-dama, sempre olhando para frente enquanto cavalgavam.

De fato, antes do anoitecer, Kiera começou a se sentir cercada por um imenso nevoeiro que parecia não ter fim, era tão grosso que não conseguia ver um palmo além de sua vista.

A Ilha dos elementos (DEGUSTAÇÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora