A DANÇA DA AURORA

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Kiera saiu rapidamente da sala, ela não queria ter que ficar encarregada das crianças mais jovens novamente, não era um trabalho chato, mas hoje especialmente ela só queria ir para sua casa e brincar com seu cavalo

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Kiera saiu rapidamente da sala, ela não queria ter que ficar encarregada das crianças mais jovens novamente, não era um trabalho chato, mas hoje especialmente ela só queria ir para sua casa e brincar com seu cavalo.

– Kiera, o Yrinu nos chamou para ver o eixo do mundo, vamos? – Perguntou Munri, correndo atrás dela, com suas vestes de seda balançando no ar.

– Não Munri, eu sei muito bem o que tis querem fazer no eixo dos mundos... – Disse Kiera desgostosa.

– Eu já estou chegando na idade de reprodução Kiera, também estás, qual é o problema nisso? Virou humana agora? Com as suas regras e proibições, não podemos perder nossa pureza até o ritual de fertilidade, mas todo o resto é permitido...

– Não Munri, não sou humana, eu sei que não temos as proibições deles, mas só quero ir para casa hoje – Disse Keira, se sentindo um pouco mal por reclamar com a sua mais antiga amiga.

– Tudo bem, depois não reclame... – Munri saiu em direção a sala de estudos novamente, saltitando e cantarolando uma velha canção do seu povo.

Munri era uma menina esguia e de cabelos claros como a luz do dia, era filha do sacerdote chefe do reino central, portanto, morava no palácio junto com Kiera. Todos os sacerdotes tinham posição muito privilegiada, eram a nobreza local, junto com o rei, rainha, príncipes e princesas.

Os Magos no reino não tinham regras repressoras quanto aos impulsos sexuais assim como os humanos tinham, segundo Kiera ouviu falar pelo menos, eles eram livres para sentirem prazer com quem quisesse, apesar de os casais que realizavam a cerimônia de casamento ficarem ligados de modo que só conseguem se reproduzir com o outro e também nenhum mago ou feiticeira devesse ter nenhum tipo de relação carnal completa antes de passarem pela cerimônia necessária, mas isso não impedia Munri de fazer todas as outras coisas que podia até esse dia chegar. Kiera sempre foi mais calma, não gostava de sair com os rapazes até o tempo que ela julgava certo para isso.

Ela caminhou até a represa, o barulho do rio de Hydra, o rio de três pontas que nascia no seu mundo e descia até o mundo das outras criaturas fazia ela se sentir em casa. Todos os sols, os feiticeiros do elemento água eram responsáveis por renovar a magia do rio, fazendo os mais diversos rituais em suas três pontas para que suas propriedades mágicas permanecessem para sempre, por isso, todo feiticeiro que tocasse na água sentia sua magia e energia renovada e vários rituais usavam a água do rio para acontecer.

O Velho castelo era o local mais bonito do reino, ele ficava na represa suspensa aonde caia a cachoeira para o reino humano, a represa não tinha uma base no chão, era suspensa por magia assim como todo o reino e a que d'água que descia dela era assustadora e fascinante, ali era a principal porta de entrada de um reino para o outro, ali o rio de Hydra fazia a sua terceira queda para o mundo humano, era belíssimo. O castelo tinha cores de mármore e pedras bege, a mesma da represa, tinha três torres maiores com cúpulas redondas de cristal azul e seis menores com cúpulas pontudas da mesma cor, ele ficava no meio da represa e flutuava um pouco para fora dela, exatamente na ponta do seu mundo, tinha um jardim em volta dele aonde Kiera gostava de passar o dia e se olhasse para baixo, veria apenas a espuma da cachoeira e uma grande névoa, não era permitido ver o que acontecia no mundo exterior.

A Ilha dos elementos (DEGUSTAÇÃO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora