Uma Noite Para Relembrar

Enfrentar

Música do capítulo: Amber Run - I Found.

Adrien e Plagg entram de cabeça baixa, batendo a porta da casa. Os que estavam sentados a mesa não muito afastada deles levantaram o olhar.

– E aí? -Alya pergunta na expectativa, mas por suas expressões não poderia ficar muito esperançosa.

– Vinte à trinta dias com o gesso. -Plagg responde com a voz amarga. Se jogando no sofá ao lado da porta. -Ferrado. É isso o que eu tô, ferrado. -Resmunga.

Adrien suspira com força, caminhando até eles e roubando um pedaço de pão da mesa.

Ele e Alya trocam olhares. Mais confirmativos do que nunca.

– Então... e agora? -Kim se atreveu a ser o único a perguntar, naquele momento de silêncio mútuo. A resposta era clara, mas eles não sabiam como poderia ser resolvida.

– Vocês podem ficar aqui, até as coisas se estabelizarem. -Alya pronuncia, ganhando toda a atenção.

Ficou preso na garganta de Adrien argumentar contra. Mas ainda bem que foi ela quem disse, antes de qualquer um ali apontar a verdade. Com Plagg debilitado, não poderiam ao menos tocar!

– Então, como podemos ajudar? -Ele pergunta sério, colocando suas mãos no bolso da calça. Os meninos intercalam os olhares entre os dois assim que Alya se remexe pensativa.

– Bom, como não podem trabalhar ao menos deixem essa casa limpa. Eu passo metade do dia fora mesmo.

– Fechou! Tá combinado. -Plagg pronuncia, cruzando os dedos atrás da cabeça.

– Ah, nem vem, garanhão. Não é porque você tá com só uma perna boa que vai ficar no conforto o dia todo. Vai ajudar sim. -Nathaniel diz com uma risada nervosa, rapidamente cortando o seu barato.

– E como você quer que eu ajude, ô coisa?!

– Não se preocupe, que isso é o de menos. Mas parado você não fica. -Adrien se permite sorrir um pouco, piscando para ele.

Alya ri fraco, terminando de tomar seu café.

Assim que a morena olha as horas minutos depois, rapidamente se levanta, pega sua bolsa e se despede de todos.

– Olha lá, hein gente. Uma agulha fora do lugar e eu quebro essa casa encima de vocês. -Sorri pretenciosa, prestes a fechar a porta.

Eles concordam soltando várias formas de despedida no ar, mal se importando com seu tom ameaçador. E assim ela sai, os deixando sozinhos.

Alya ajeita a bolsa no ombro enquanto caminha com um pouco de pressa pela calçada.

– Bom dia. -Deseja para o jornaleiro que encontra todo o dia, na mesma calçada, na mesma hora toda a amanhã.

– Bom dia. -Ele segura a ponta de sua boina, sorrindo simpático. Voltando a gritar para os quatro ventos as notícias de hoje.

Alya caminhava confiante até o prédio pequeno, mas organizado e conservado, de um dos poucos salões de beleza da região assim que o avista. Adentra sem cerimônia, já recebendo seu primeiro sorriso do dia.

– Alya! Bom dia! -Uma moça baixa e de aparência cativante a cumprimenta do balcão. Parando de folhear a revista encima dele.

– Como vai, Rose? -Sorri de canto para a moça sempre alegre.

– Ah, tudo as mil maravilhas! Hoje eu vi um gatinho dividir sua comida com outro gatinho, menor que ele. Eu vim pra cá com um sorriso no rosto. -Sorriu encantada.