Cristhine - A Namorada De Aluguel

13 - alby fica doente

Nathan decide passar a manhã de sábado com a família Mitchell. É válido dizer que o mesmo leva um susto ao ver o estado do amigo.

— Nossa, cara! Quando foi à nocaute? — senta-se no sofá da sala.

— Ontem de manhã. — diz Austin antes de expor seu relato acerca de tudo o que sucedeu depois de ser seguido por Zach até a visita inesperada de Cristhine. Omite de propósito a parte do beijo.

Nathan o encara como se tivessem nascido chifres na sua cabeça.

— Não sei o que é mais inacreditável, se a parte em que a Cristhine te defendeu ou o momento em que veio te visitar.

— Pois é. Também pensei a mesma coisa.

— Ela gosta de você, cara.

— Não acredito. A garota só me ajudou pra jogar na minha cara depois o quanto sou um fracote. Aliás, ela deixou claro que entre a gente só há negócios.

— Não sei, não. — Nathan balança a cabeça em dúvida. — Mudando de assunto... É sério que ela deu um golpe certeiro nas partes baixas do Zach? — dá risada.

— Muito sério. — Austin ri ao lembrar-se da cena. — Ela é completamente maluca.

— Eu queria ter visto a cena. Aposto que foi hilária.

— E foi mesmo. O cara saiu com a mão entre as pernas, urrando de dor.

— Toma essa, idiota. — Nathan ri, então parece se dá conta do silêncio assustador na casa. — Onde estão seus pais?

— Foram ao mercado ainda há pouco.

— E Alby? Tá pra escola?

— Não. Acredita que ele ficou doente hoje cedo? Nem quis saber do videogame.

— O que ele tem? Pelo jeito é algo sério mesmo.

— Está com febre.

— Vamos lá.

Austin o acompanha depois de se erguer do sofá.

Já no quarto, Nathan e Alby trocam um cumprimento pra lá de imaturo.

O garotinho está sentado na cama, desenhando algo parecido com dragões. A febre dele não está tão alta agora.

— Então você está doente. — Nathan se assenta na cama de Alby.

Austin puxa uma cadeira próxima à janela.

— Já estou quase bom.

— Legal. Você é forte como o Hulk. — murmura Nathan com a intenção de irritá-lo, já que Alby odeia o gigante verde.

— Hulk não! — corrige, aborrecido. — Thor.

— Ah, bom.

Austin ri, lançando um olhar demorado para o quarto do irmão. As paredes estão preenchidas por pôsteres de jogos e há uma prateleira repleta de livros e HQ's

— Austin? — encara Alby. — Eu gostaria de pedir uma coisa.

— O quê? — pergunta, desconfiado.

— Chama a Cristhine.

Assim que o garoto termina de falar, dois pares de olhos se viram para ele, atordoados.

— Ãh?! — Austin acha que não entendeu.

— Eu disse que você devia chamar a Cristhine. — diz o menino, pausadamente, como se o irmão fosse idiota.