2

112 10 0
                                    


Ok, talvez aquela fosse a primeira vez de verdade que eu iria para tão longe. E sozinha. Eu repetia mentalmente para mim mesma: "Mônica, vai ficar tudo bem. Sua casa ainda estará no bairro do Limoeiro. Mesmo que você volte diferente, ela ainda será a sua casa". Porque é isso que as viagens fazem com as pessoas, né? A gente amadurece, entra em contato com o nosso eu interior. Sei lá, pelo menos é o que essas revistas de turismo e livos de autoajuda dizem. Os vídeos de viagem no YouTube também falam sobre isso. Daí, transformei em um mantra. Precisava de algo em que me apoiar e que me distraísse do fato de que eu estava morrendo de medo de atravessar o mundo sem saber que tipo de mudanças isso iria trazer.

  Porque... Assim, todo mundo muda. Menos o Cebola, claro. Tudo aquilo tinha sido uma idéia dele, uma armação, como um dos amigos antigos planos infalíveis que ele inventava para me pertubar quando éramos crianças. E, apesar de ter muito orgulho de mim mesma por sempre conseguir me defender, vamos combinar de que infalíveis aqueles planos não tinham nada. E, bom, nada que uma coelhada não desse jeito. Mas o Cebola era engraçado, isso eu precisava admitir. O que será que ele estava fazendo agora? Foi ele quem inventou aquela aposta com a turma, em um jogo idiota de cartas na escola. O perdedor precisaria se inscrever nesse sorteio da Rádio MAX do Limoeiro, e eu, não sei como, acabei perdendo. Foi idiota, eu sei, nunca fui muito boa jogando cartas. Mas ganhei uma viagem incrível que nunca tinha pensado em fazer!

  Por que eu estou corando de reoente? Mônica, não sejs boba! Corra!

  Desatei a correr, destrambelhada, pelo corredor que indicava em que portão eu deveria embarcar, mantendo a firmeza nos pés para não desmoronar. Não seria uma cena bonita. Pensei no meu cartão de embarque. Estava escrito: destino, Seul. Sorri sem perceber, embora tenha comido um pouco de cabelo no processo. Uau! Eu estava mesmo indo para a Coreia do Sul! A ansiedade, além do cansaço, começava a dominar meu corpo.

De acordo com minhas pesquisas e as da Magali (ela me enviou um roteiro enorme com todos os lugares que eu precisava conhecer), Seul ficava tão longe quanto o Japão, mas, segundo opiniões dos turistas, a comida era mais gostosa. Porque, sabe, a Magali era toda fitness, mas a antiga comilona não saía de dentro dela. Fora o roteiro, eu tinha uma lista na mochila de todas as comidas tradicionais que ela queria que eu provasse, o que era basicamente o presente que ela tinha pedido na viagem: que eu me empaturrasse! E que anotasse tudo pars contar pra ela na volta pra casa. Ela também me pediu foto de todas as iguarias que eu ecperimentasse, pra que ela pudesse postar no seu blog de culinária.

  Perdida em pensamentos, avistei o portão de embarque e parei centímetros antes de dar a cara na última pessoa na fila a minha frente. Tinha uma fila! Respire, Mônica, as coisas ainda está sob controle! Ofegante, olhei novamente pro relógio e notei que os minutos não tinham passado desde a última vez que eu havia olhado para ele! Ou eu era uma máquina de corrida, ou ele estava sem bateria. Não era possível!



                                 OOOOIIIEEE!!!

Gente, vou tentar postar 3 capítulos por semana!
A história é longa então relaxem que não vai acabar tão cedo. 
E logo logo vai ter uma Jikook yaoi aqui.

                                    Annyeong!
                                         Bjin
                                    Saranghae ♥️

Uma viagem inesperada Where stories live. Discover now