Capítulo 2

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Os seus olhos verdes ficam escuros. Vai haver gritaria...

"Quero ver se é isso que dizes quando estiver a entrar e sair de dentro de ti..." Aproxima-se e ficamos a centímetros um do outro. 

A sua respiração é forte e eu noto que está chateado. Provavelmente ninguém o tinha rejeitado antes...

"Não sejas parvo, sim? Preferia foder com o meu antigo professor de matemática do que contigo!" Respondo rudemente.

"Oh, a sério? Não me digas que já tinhas experimentado..." Um sorriso cínico aparece nos seus lábios e só Deus sabe a vontade que tenho de lhe dar um murro.

"Não, não experimentei... Se bem que o meu professor era bem mais velho que eu e se calhar até conseguia ser bem melhor que muitos da minha idade..." Digo e solto um riso falso.

"Isso é uma indireta?" Aproxima-se mais de mim.

"O quê? A carapuça serviu-te, foi?" Digo fria.

"Não. Eu sou bom na cama. Se te mostrar as minhas costas, tens a prova disso." Que nojo!

"Sabes que nós conseguimos enganar os homens, não sabes?" Rio-me falsamente.

"A sério?"

"Sim... Basta uns arranhões e uns falsos gemidos que eles ficam a achar que são os Reis do Sexo!" O seu olhar intensifica-se mas não tenho medo.

"Vamos ver se é isso que todas elas fazem quando as fodo." Sorri-me cinicamente.

"Que queres dizer?" Digo confusa.

"Já vais ver." Não tenho tempo de lhe responder pois ele agarra-me e encosta-me à porta, pressionando o seu corpo no meu.

"O que é que estás a fazer? Larga-me!" Tento soltar-me mas sem efeito.

"Não tenhas medo, Princesa..." Sinto os seus lábios rasparem no meu pescoço e não gosto da sensação. Ele irrita-me.

Levanto o meu joelho e, com a pontaria que tenho, acerto-lhe mesmo , fazendo-o gemer de dor.

"Cabra!" Grita.

"Nojento!" Grito e agarro na minha mala. Empurro-o para se afastar da porta e saio, certificando-me que quando a porta fechar, vai fazer barulho.

Mas quem é que ele pensa que é para primeiro, olhar para mim e tirar conclusões e segundo, tentar levar-me para a cama?! Ai, que nojo! Tenho de mudar de apartamento!

***

"Eu quero mudar de apartamento." Digo assim que chego à receção.

"Porquê? Algum problema?" Oh, o meu colega de casa tentou levar-me para a cama e nem nos conhecemos há uma hora!

"Não, é só que tenho vertigens e queria que fosse um apartamento no rés-do-chão." Minto.

"Oh... Nesse caso eu não posso ajudar-te, os apartamentos estão cheios... Quer dizer, a não ser que não te importes de ir para um dormitório..." Se calhar é melhor...

"Sim, pode ser."

"Muito bem, houve algumas pessoas que desistiram e portanto há dormitórios livres." A Grace explica. "O dormitório 306. Tem uma rapariga. Importas-te de partilhar?" Ao menos não me vai tentar levar para a cama...

"Sim." Ela assente e faz algumas coisas no computador, dando-me por fim a chave do meu dormitório. "Obrigada." Bem, vou buscar as minhas coisas e se ele se meter no meu caminho, não irei hesitar em dar-lhe outra joelhada.

Voltei para o apartamento e quando abro a porta, oiço algo a partir-se.

"Foda-se!" Oiço o Harry gritar. Mas o que é que ele pensa que está a fazer?!

Perfect |H.S|Onde as histórias ganham vida. Descobre agora