Capítulo 1- Revivendo o passado

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EVA

Acabei de chegar a casa e o meu pai já estava a jantar, fui ter com ele e dei um beijo nele.

O meu pai estava muito estranho.

De repente tocaram a campainha e começaram a dar murros na porta.

Um homem gritou:

-Abre esta porta, Alberto. Vê se tens coragem para falares comigo, cara a cara.

O meu pai assustado disse sussurrando:

-Eva, sai rápido pelas escadas de incêndio.

-Mas pai?

-Sai agora, e nunca te esqueças que eu te amo.

Nesse exato momento eu tive um pressentimento nada bom.

-Vai agora Eva. -disse o meu pai sobressaltado.

Eu corri mas não conseguir descer, por isso fiquei nas escadas de incêndio a olhar pela janela.

De repente ouço um barulho, e a porta caiu. E entraram dois homens.

O mais jovem falou:

-Por tua culpa a minha irmã morreu.

O meu pai angustiado disse:

-Eu tentei salva-la, mas não consegui. Mas eu a amo.

Eu fiquei admirada por ouvir o meu pai dizer isto, porque desde que a minha mãe morreu vítima de atropelamento o meu pai nunca se recuperou. E disse que iria sempre amar a minha mãe.

-Ama-la?- Gritou o homem mais velho. -Tu tens idade para seres pai dela, como podias ter esse amor por ela ou mesmo ela por ti.

-Mas eu amo e ela amava-me. Ela confessou-me que te ia contar tudo sobre nós.

-E ela contou e o meu pai irritado bateu-lhe e ela fugiu de casa e aconteceu o que  aconteceu. -disse o homem mas jovem revoltado.

-A minha menina foi-se nesse acidente, por tua causa. Se ela não te tivesse conhecido, nós nunca teriamos discutido e ela ainda estaria aqui.

De repente o homem mais velho tirou uma arma do casaco.

Eu comecei a ficar aflita.

-Pai tem calma, abaixa essa arma. Nós não somos nenhuns assassinos.

Enquanto eles conversavam, o meu pai aproximou-se e tentou lhe tirar a arma, eles começaram a rolar pelo chão.

De repente ouve-se um tiro.

Vejo o homem a levantar-se e o meu pai no chão com a mão no ombro onde o tiro o atingiu.

Dei um grito surdo com a mão na boca. As lágrimas começaram a descer pela minha cara abaixo. Mas não pude sair dali senão eles  iam descobrir-me.

-Pai, o que é que fizeste? Vou lá fora á cabine telefónica chamar uma ambulância.

E saiu dali.

O mais velho começou a rir e ameaçou o meu pai:

-Eu sei que tens uma filhinha de 15 anos e eu vou encontra-la. E quando eu a encontrar vou abusar dela e mata-la. Eu nem me importo com que a minha filha tenha morrido, porque eu odiava aquela peste. É por isso que nunca quis uma mulher como filha. Elas são muito frágeis e só estão bem a contrariar os homens.

-Mas ela é tua filha. Como podes dizer isso?

Disse o meu pai mais baixo.

-Eu não a considero minha filha. Esta conversa que estamos a ter foi só uma maneira de te querer matar como sempre quis. Tudo o que quero é a tua empresa e o teu dinheiro nas minhas mãos.

E pegou numa faca e meteu-a no peito do meu pai.

De repente ouvem-se passos no corredor. O homem mais velho, este grande monstro saiu a correr  mas antes ainda deu um sorriso de vitória para o meu pai.

Ouvi já os passos longe.

E corri para a beira do meu pai desesperada. O meu pai já estava muito fraco.

-Promete-me que vais fugir e nunca vais olhar para trás.

-Mas pai não posso fazer isso.

-Tu ouviste muito bem o que ele disse que te fazia, promete-me que vais fazer isso.

-Pai eu não te posso abandonar.

-Promete-me,só assim poderei morrer em paz.

-Eu prometo pai. -As lágrimas já cegavam os meus olhos.

-Nunca te esqueças que te amo e nunca acredites nas mentiras que irão falar acerca de mim. Agora tenho que ir minha bonequinha.

O meu pai fechou os olhos e eu soube que estas foram as últimas palavras que troquei com o meu pai.

-Prometo que vou vingar a tua morte e acabar com a vida de Paulo Medeiros.

Acordo toda assustada, a suar e com o rosto molhado em lágrimas.

-Já se passaram 10 anos, mas a minha vingança está para chegar.

Ódio VS AmorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora