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Por Camille.

—Alô?.

—Alô, senhora Libert?

—Sim, quem gostaria?.

—Boa tarde, aqui é a Camille, a doutora da Emilly.

—Olá, querida, está tudo bem com a Emilly?.

—Ah, sim. Nada de grave aconteceu.

—Graças a Deus.-Sorri ao ouvir o som da sua preocupação.

—Mas, estou ligando porque eu tive uma ideia pra melhora da Emilly e preciso da ajuda da senhora.-Disse.

—Pode dizer.-Expliquei pra ela o meu plano e ela prontamente me passou o endereço.

Depois de uma rápida pesquisa na Internet vi que conseguiria ir ainda hoje. Minha carga horária nunca demorou tanto tanto passar, sempre fiquei até depois do horário, mas especificamente hoje não fiquei nem um segundo se quer a mais que o necessário. Indo para o ponto de ônibus liguei pro meu pai avisando que chegaria tarde em casa porque tinha que resolver umas coisa pra Emilly.

A minha paciência pra esperar esse ônibus chegar está cada vez menor.

É horrível não ter carro!

Preciso urgentemente começar a juntar dinheiro pra comprar um. Os ônibus lá em USA não demoravam tanto. Já faz mais de meia hora e eu aqui plantada nesse ponto de ônibus. Estava vendo a hora de passar um expresso pra Hogwarts e eu aqui.

Depois de quase uma hora o ônibus finalmente chegou. Depender do governo é uma merda, viu. O percurso pra chegar até o orfanato não foi tão longo mas tive que dá uma corridinha assim que desci para não dá de cara com os portões fechados. Assim que cheguei lá toquei o interfone.

—Boa noite, em que posso ajudar?

—Boa noite, eu sou a doutora Wilson, gostaria de falar com a responsável pela instituição.

—Nós não temos nenhuma visita com médico marcado.-Pude ouvir a desconfiança da mulher por trás do interfone através de sua voz.

—Ah, mesmo se tivesse não seria comigo.-Dei uma risadinha.- O que preciso falar com a responsável é algo particular.

—Vou verificar se ela pode te atender. Aguarde um instante por favor.

Passou-se alguns minutos para que uma mulher abrisse o portão para mim entrar.

—Me siga.-Ela disse e assim o fiz.

Passamos pelas crianças que deveriam ter entre 5 a 7 anos que estavam já nas camas preparados pra dormir, mas três dentre eles, duas meninas e um menino, se levantaram rápido e vinheram até mim quase em velocidade luz.

—Becky, Emory e Oliver, deixem a senhorita passar em paz!-Disse a mulher que abriu a porta pra mim um pouco rígida demais pro meu gosto.

—Não tem problema.-Disse pra ela e me abaixei pra ficar do tamanho das crianças e sorri pra elas.-Me contem. Qual é o nome de vocês?.-Os três logo se animaram com a minha pergunta.

Mim sou Oliver.-Disse o menino exibindo sua janelinha em um sorriso que me fez sorrir também.

Mim sou. VOU ADERIR.

Me diz. Como não amar crianças?

—Se diz, eu sou, Oliver.-Disse uma menininha que era um pouco menor que Oliver, mas falava certinho e parecia ser uma mini adulta.-A propósito, eu sou a Emory.

A propósito? gente, nem eu digo a propósito, socorro! vou pegar pra mim e guardar em um pote.

—Muito prazer, Emory.

Era pra ser somente uma aposta.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora