Mas agora, eu sinto como se algo mais estivesse faltando. Eu não consigo ficar um dia sem sentir esse vazio dentro de mim.
Sem perceber o que tinha a minha frente, tropeço e caio. Minhas coisas todas se espalharam e senti meu joelho arder.
— Merda! – Exclamei, me ajeitando sentada.
Olhei para o meu joelho e vi um machucado.
— Você devia olhar por onde anda – Olho para trás e Chuck estava no chão também, mas escorado na arvore. Ele sorriu ao me ver.
— Você se machucou? – Questionei.
— Não.
— Então não é da sua conta. – Rebato, terminando de juntar tudo e levantando.
Ele se levanta bem depois de mim. Ele estava contra o sol. Por um momento seus cabelos ficaram mais iluminados, assim como seu sorriso.
— Você continua a mesma. Sempre na defensiva. – Olhei-o de canto e fiz uma careta.
— E você continua o mesmo idiota de sempre. – Sorrio amarelo. — Não sei como conseguiu passar três anos aqui.
— Droga! – Ele olha por cima do meu ombro.
— O que foi... – Ele me puxa de repente, para trás da arvore a qual ele estava — Fica quieta! – Coloca a mão na minha boca. — Vem comigo... – ele continuava a me puxar.
— O que você pensa que está fazendo? – Tirei a mão dele da minha boca, enquanto ele olhava para todos os lados.
— Ah! – Ele dá um grito, esconde seu rosto e me puxa para fora da universidade. — Entra aí. – Abre a porta do carro dele.
— Está louco? Eu não. – Viro-me para voltar para o meu quarto.
Ele pega meus livros e joga no banco traseiro do carro dele e começa a me empurrar para o banco do carona.
— Ei, Chuck! Me deixa sair agora! – Ele faz um sinal pedindo que eu ficasse quieta, mas eu continuo batendo na porta do carro dele.
Ele entra no carro sem dizer nada e coloca a chave, depois de uns minutos dá partida e começa a correr para longe. Depois de algum tempo ele suspira aliviado e eu fico com meu olhar mortal em cima dele.
— Dá para me explicar o que foi isso? – Rosno.
— É que... Bem, não importa mis. Já me livrei. – Ele sorri.
— Ah, que ótimo. Agora me leve de volta – Bati nas costas dele.
— Isso dói! – Ele esfrega com uma das mãos. — Não vai dar não, ok?
— Primeiro: Desde quando um tapa é para não doer? Segundo: Porque não vai dar? – Cruzo os braços.
— Coloca o sinto. – Ele me ajeita, brutamente, no banco e coloca o sinto. — Você já matou aula alguma vez? – Ele balança as sobrancelhas.
— Aish! – Eu ameaço abrir a porta. — Eu vou te denunciar por sequestro Chuck! – Esbravejo.
— Aí aí... Você é a garota das denúncias. O que quer agora? Dinheiro? – Por um momento o carro perde o controle e eu me agarro no braço dele.
— P-Preste atenção! – Solto-me dele.
— Se você ficar quieta e não me distrair – Rebate.
Eu suspiro, querendo mata-lo, mas fico quieta. Ele dirige por quase uma hora até parar numa sorveteria.
— O que você está fazendo? – Questiono, quando ele está se preparando para sair.
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Castelo de pedra
SpiritualAnya perdeu tudo que tinha muito cedo. Chuck sempre teve tudo e até mais do que merecia. Quando os dois se encontram por causa de uma estupidez a vida de ambos mudam e tomam um rumo diferente onde, sutilmente, segredos do passado virão à tona. "Cas...
Capítulo 03 - Nos olhos dele ❤
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