Ackward fone's call

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Pegou aquela folha e leu os versos, com olhos arregalados e sentindo o corpo ainda mais quente. Aquilo era bem explicito e não tinha como negar que Louis havia escrito pensando na noite incrível que compartilharam. Isso até lhe dava algum tipo de orgulho, porque afinal, Louis parecia ter sentido o mesmo impacto que ele sentiu. E Harry gostava muito dessa ideia!

"Acordando ao seu lado, sou uma arma carregada

Não consigo mais aguentar isso.

Sou todo seu, eu estou sem controle.

Sem poderes e não ligo que seja obvio.

Simplesmente não consigo me cansar de você

A batalha é agora e meus olhos estão fechados.

Sem controle..."

Harry olhou a cama toda revirada e suspirou. As lembranças de tudo que experimentou entre aqueles lençóis, com aquela doce criatura...sorriu e saiu do quarto. Não podia se prender a isso, precisava ir trabalhar e devolver o celular de Louis.

E talvez, apenas talvez, aceitar uma parceria e terminar aquela canção...ou terminar na cama com Louis novamente.

Louis estava andando na praia e, com o pensamento longe. Estava inquieto e sem saber muito bem como lidar com tudo o que aconteceu na noite passada. Não devia estar tão abalado por uma noite de sexo selvagem com um homem lindo. Foi consensual. Ambos queriam aquilo. Ambos tiveram o prazer que buscavam. Sem perguntas. Sem promessas.

Isso devia bastar, certo?

Queria acreditar que havia se entregado de maneira tão honesta e tão intensa, apenas porque estava carente e não tinha uma boa transa há...sabe Deus quanto tempo. ( a noite passada com Brianna não contava, já que ele tinha sérias duvidas se realmente tinha tido algum prazer naquela noite!). E seu último namoro havia sido Eleanor. Tinham uma boa relação, mas não havia nada de realmente especial em suas transas.

Louis não queria admitir, mas Harry tinha algo de especial, algo que o tornava diferente de qualquer outra relação intima que tenha experimentado. Não devia sentir isso. Não por aquela girafa encaracolada, que a imprensa já havia declarado como seu inimigo.

Como ser inimigo de alguém tão doce e gentil?

Harry não passava de um menino grande. Uma girafa atrapalhada e risonha. E aquele sorriso com covinhas era covardia demais. Tinha aquele corpo todo de homem sexy, macho alfa e essas bobagens todas, mas era uma princesa delicada, do tipo que se encolhe em seus braços, mesmo que Louis seja menor. Conta piadas horríveis, é hilário e safado quando está bêbado, faz bico de manha quando é contrariado. E é gostoso pra caralho!!!

Quando acordou ao lado dele essa manhã, sentindo-o encolhido em seus braços, Louis sentiu-se estranho. Não conseguia nomear aquela sensação, aquele sentimento. Era bom sentir sua pele quente ali, seu corpo ainda nu, aquela pele cheirosa e macia contra seu peito, sentir aquele seu cheiro tão viciante...Louis sentia que aquele era seu lugar. Ao mesmo tempo em que sentia-se inadequado por estar ali.

A realidade o bateu em cheio! Não podia se apegar a Harry. Apaixonar-se pelo garoto estava fora de qualquer possibilidade, porque Louis sabia que isso seria um desastre para sua imagem publica. Ninguém sabia que ele se relacionava com homens. Simon jamais permitiria tal coisa e no fim das contas, isso acabaria arrastando Harry para a confusão também.

Louis saiu da cama devagar, tomando o máximo de cuidado para não acordar aquele anjo adormecido. Sorriu, com o coração aos pulos, quando viu Harry, agarrar o travesseiro e gemer seu nome, com um adorável bico nos lábios carmim.

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