alma escura

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andando  por aí
o frio não me atinge mais
deixo vestígios de mim...
os demônios se escondem detrás das minhas pupilas
e debaixo do capuz
um rosto inexpressivo
a chuva me encharca
o que ando demonstrando parece opressivo
mas baby há coisas que são piores
deitados aqui nesse quarto
me diga para parar
sabes que és a ovelha
e um lobo vadio
sem coração
posso sentir sua respiração
lá fora na chuva
me sentindo tão lamentável
como uma viúva adúltera
pingos d'água jorram dos meus olhos...
talvez eu seja egoísta  e queira  o céu cinza assim como meu humor apesar dessa dor já esteja indolor
não sei...
como é rir de tal coisa

o sangue encharca minha camisa
respingando nas folhas com rabiscos poéticos....insanos
ilógicos de anos....tão céticos !
na minha melancolia me escondi
sou fria por dentro
e ainda consigo rir sarcasticamente
posso até ser indecente
mas sou bem sincera
e desculpe mas não tenho tempo para sua ópera até mais baby

correndo debaixo da tepestade
me arriscando a ser atingida por um raio 
murmuro baixinho numa neurose
eles podem me ouvir.....
me seguir.... porra!...?...
ando delirando
sem alma com infinita calma
ainda rimando meio dirmingo sem dormir sussurro olhando o céu escuro numa loucura
onde está minha alma escura? .

A Doce Poetisa loucaWhere stories live. Discover now