Capítulo 24

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Eu não sabia ao certo oque aquele sinto muito queria dizer mas eu já imaginava, eu não queria acreditar, mas imaginava.
Ava: É, por um lado pode ser bom mesmo. - digo segurando as lágrimas.
Scott: Não Ava, não fala assim, você pode chorar se quiser.
Ava: Não Scott, é sério, vai ser melhor assim. - solto um sorriso frouxo pra ele - pelo visto ficarei aqui nesse hospital, nessa cama, durante um bom tempo né?
Scott: Pois eh, vamos nos ver todo dia - ele sorri pra mim sendo gentil.
Ava: Espero não perder meu emprego.
Laura: Não vai - ela entra no quarto - você poderia ter morrido Ava, eu nunca faria isso com você, se recupere e relaxe que quando voltar seu emprego lhe espera.
Ava: Obrigada Dona Laura, muito obrigada.
Laura: Nada, Scott será seu enfermeiro 24horas ok?
Ava: Não é preciso isso tudo...
Laura: Sim, é preciso.
Naquele momento eu tive uma sensação estranha, parecia que essa moça que eu conheci a pouco tempo se importava mais comigo do que minha própria mãe, que lindo.
Laura: Scott, posso falar com você.
Scott: Claro.
Os dois saem da sala e a Lydia entra.
Lydia: Cara, oque que aconteceu com você? - ela senta na ponta na cama.
Ava: Pois é né, achei que fosse morrer.
Lydia: Não, vazo ruim não quebra - ela me faz rir - você vai ficar bem.
Ava: Sim, vou - sorrio pra ela.
Naquele momento Lydia pega em minha mão, se aproxima de meu rosto e me dá um beijo na bochecha bem instigante mas ao mesmo tempo eu viro o rosto pra longe.
Lydia: Desculpa, eu... Desculpa...
Ava: Não Lydia, tudo bem.
Enquanto aquilo acontecia, do lado de fora da Sala Laura e Scott conversavam.
Laura: Ela sabe quem foi o doador?
Scott: Não, eu ia contar, por que?
Laura: Não conte, por favor não - ela pega no braço dele.
Scott: Oque que houve dona Laura? - ele suspeita.
Laura: Olha, eu não sei, é só uma hipótese, uma suspeita, eu não tenho certeza, quando eu tiver, eu aviso, mas não conta pra ela.
Scott: Tudo bem, fica tranquila.
Alguns dias se passaram e tudo parecia caminhar, Alex ia me visitar quase todos os dias, levava comida, flores, e palavras muito fofas de consolo.
Alex: Isso vai passar... Você sabe que vai né?
Era tanto consolo que as vezes me enjoava, coitado, eu as vezes só queria que ele parasse de falar do filho que eu perdi, eu só queria que ele parasse de insistir em me lembrar, eu já havia superado, mas parece que ele não.
Ava: Chega Alex! Pelo amor de Deus, chega!
Naquele momento ele não entendeu nada, apenas me olhou com uma cara de "O que eu fiz?", Fiquei com pena mas foi preciso.
Ava: Sai Alex, por favor.
Alex: Mas Ava...
Ava: Só sai, por favor, me deixa sozinha
Ele sai do quarto enquanto eu seguro umas lágrimas Lydia entra no quarto.
Lydia: Oque aconteceu? - ela senta na ponta da cama.
Ava: Alex ta estranho, não tá como antes, ele tá agindo parece que forçado, ele vem quase todo dia, trás doce sabendo que não posso comer, senta na cama, fala da vida dele, fala das aulas, fala do Josh, fala que sente falta de sexo, fala do filho dele que eu perdi...
Lydia: Ta bem, eu entendi, calma... - ela pega na minha mão - você ainda ama ele?
Ava: Essa é a questão... Eu nunca amei.
Lydia: Mas como não? Vocês não moram juntos? Esse é um passo que nós damos quando amamos alguém.
Ava: Acontece que eu fui obrigada a dar esse passo, meus pais me expulsaram de casa.
Lydia: Oi? Mas oque você fez?
Ava: Bati no meu pai que estava batendo na minha mãe.
Lydia: Nossa, tenso isso - ela olha nos meus olhos e segura em minhas mãos.
Ava: Maior barra né - concordo com a cabeça.
Lydia: Pode contar comigo pra tudo ta?
Ava: Eu sei que posso.
Respondo enquanto ela acariciava minha mão.
Eu não sabia o que era aquilo, e oque estava acontecendo mas, me senti bem.



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A vida e a morte de Ava.Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt