Capitulo 50

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"Eu Vou Matar O Guilherme"

Aconteceu tudo muito rápido.

Polícia. Fotógrafos. Choros

O meu filho já não estava nos meus braços, eu estava desesperada, minha mente agitada, coração disparado. Meu pai e o Thomaz estavam gritando com os policiais, e os policiais pedindo para se acalmarem, minhas amigas estavam sentadas ao meu lado tentando chamar minha atenção, mas não dava, estava em outro mundo, olhando pro nada, estava em estado de choque.

- Sophia? - Angy estava com uma expressão de preocupação - Ei! - ela me chacoalhava e foi aí que eu voltei pra mim mesma

- Eu quero meu filho! - gritei com toda a minha alma

Todos posicionaram os olhares pra mim, fiquei em pânico, não sabia o que fazer ou por onde começar. Estava me contorcendo na cama do hospital, minhas amigas tentavam me segurar, Thomaz falando pra me acalmar

- Me acalmar? Como vou me acalmar seu imbecil?!

     Horas Antes •_•

- O que você tá fazendo aqui Guilherme? - dizia Thomaz fechando os punhos

- Calma aí garotão, relaxa esses punhos aí! - Guilherme andava em direção a mim e ao bebê

Enquanto ele falava, fiquei analisando cada detalhe dele, rosto, mãos, braços, pernas, roupas... Nas roupas! na calça e no bolso tinha uma arma, no mesmo instante segurei firme o bebê e continuei a observar

- E o que você tá olhando Sophia?! - tive um leve susto com o seu tom de voz, mas ainda fiquei em silêncio - Você não vai falar nada? - continuei em silêncio - Aah quero ver se você não vai falar nada se eu pegar esse bebê de você! - ele vinha em minha direção

Meu pai imediatamente foi correndo pra cima dele, mas no mesmo segundo Guilherme pegou a arma do bolso da calça, mirou e puxou o gatilho. Eu fiquei paralisada, minha mão trêmula mal conseguia segurar o bebê, a cada piscar de olhos Guilherme estava mais próximo, mais próximo, mais próximo, e mais próximo. Ele segurou meu braço, e a minha paralisia tinha ido embora, eu tinha acordado, percebi o que estava acontecendo e logo senti um desespero percorrer o meu corpo e gritei, e muito alto, e no mesmo instante não tinha visto mais nada senti algo sendo tirado de mim
Quando acordei vi enfermeiras, doutores, policiais, Thomaz, meu pai com uma faixa no ombro todos conversando ou discutindo sobre o acontecido, Thomaz estava nervoso ele coçava a cabeca, dava socos na parede, gritava com os policiais. Olhei para os meus braços e não via o meu filho, olhei pra cubadora e não via o meu filho, entrei em pânico e gritei. Thomaz tentando me calmar, me envolvia nos teus braços fazendo meu coração bater normalmente, e me deitar

- Thomaz? - falei baixo em seu ouvido

- Pode falar - o mesmo falou no mesmo tom de voz, me arrumando na cama

- Eu vou matar o Guilherme - ele me olhou confuso

O Melhor Amigo Do Meu PrimoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora