O dia passou rapidamente, mãe e filha dividiam tarefas domésticas das quais estavam habituadas diariamente. Rosemary ficava na sala, cuidando e mantendo a organização em ordem. Sua mãe, Viviana ficava na cozinha preparando iguarias gostosas de agrado com o senhorio.

        Quando o horário de trabalho havia terminado, foram para casa a fim de preparar o jantar para o pai e os demais homens. Ferve, mexe, coloca farinha, leite, açúcar, especiarias e deixa no forno a lenha. Enquanto a cuca cozinha, a mãe prepara uma panelada de ensopado de feijão com carne seca.

       A filha acabava de pôr a mesa quando os homens chegaram apressados. O medo estava nítido em sua face. O pai ia até o armário e buscava sua espingarda. Os outros quatro filhos gritavam entre eles o que fariam. Confusas a moça e a mãe tentavam tirar informações de algum deles quando a porta estourou.

      Gritos ecoavam pelo casebre, a imagem de um estranho com uma agilidade sobrenatural que torcia o pescoço do pai a deixou a garota aterrorizada.

      Os irmãos de um por um foram mortos muito rapidamente, com a cabeça arrancada. A mãe tentou fugir, mas foi inútil. Antes de conseguir passar pela porta, o homem que havia matado seu marido e seus filhos a segurou firme pela cintura.

       Abriu a boca e cravou os dentes na sua pele nua do pescoço da mulher de meia idade. Ela gemeu, mas não parecia ser de dor. Um gemido íntimo como de amantes trocando carícias.

        Confusa, Rosemary estava paralisada com o horror que acabara de presenciar. Seus irmãos estavam sem cabeça, seus corpos sangravam manchando o assoalho da cozinha. Sua mãe acabara de dar o último suspiro, quando o perigoso cavalheiro a largou como um pedaço de carne sem vida no chão.


- Mate-me! Seja rápido! - Disse ela, encarando os olhos do homem que acabara de arruinar sua vida e de sua família.

- Por que a pressa, bela dama? - Perguntou ele, com uma voz áspera que dava calafrios. Sua boca estava suja de vermelho vivo, o sangue de suas vítimas ainda escorria entre seus lábios.

- O que você é? O que fizemos para você querer nos ver mortos? - Perguntava ela sem entender o porquê desse homem matar todos que ela amava.

- Ora, nada. - Riu ele da ingenuidade da jovem que tremia diante de si.

- Vai doer? - Perguntou fitando às pressas do vampiro que se preparava para lhe morder.

- Não, vai ser rápido. - Disse ele fitando os belos olhos azuis da jovem.


      Seu busto estava apertado no corpete velho, mas seus seios eram atrativos. Em vez de ele mordê-la logo, preferiu levar-se pelos prazeres. Acariciou seus tributos intactos. Rosemary tremia. Em um instante ele a despiu e tomou conta de seu corpo frágil e jovial.

      O frio da sua pele invadia sua intimidade quente e latejava. Ela não chorava, mas sentia muitíssima dor. Só desejava morrer logo. Debruço e nua na poltrona do pai ela era invadida pelo desconhecido que gemia de prazer ao tê-la.

       Sabe-se lá quanto tempo levou, mas para ela parecia uma eternidade. Ele parou sufocou-a. A garota estava ficando sem ar quando conseguiu abrir a boca e mordeu a mão dele com toda força que ainda tinha.

         O sangue dele escorreu em seus lábios e inevitavelmente ela sugou um pouco enquanto se debatia tentando se libertar deste. O homem que antes ria com malícia agora estava agressivo e raivoso. Virou-lhe de frente e cortou seu peito com suas unhas compridas e firmes. Ela gemeu e tentou se soltar dele em vão. Quanto mais ela demonstrava que sentia dor, mais prazer ele parecia sentir.

      A vontade de sobreviver havia tomado conta de seu corpo e simplesmente tentou tudo que podia para sobreviver. Deu um chute entre as partes dele e fugiu até a porta. Mas ele era extremamente rápido.

      Segurou com firmeza sua cintura e tentou sufoca-la com a mão, evitando que ela conseguisse respirar. Debatendo-se, ela voltou a mordê-lo com força na mesma mão de antes. O sangue voltou a jorrar na luta entre a vida e a morte enquanto ela sugava seu sangue.

      Em algum momento ela cedeu. Lembrou que não tinha motivos para viver. Sua família estava acabada e ela era miserável. Mesmo que ele não lhe matasse ela não conseguiria viver com a dor da sua perda. Parou de lutar e deixou que ele lhe mata-se.

        Ansioso por sugar o sangue de sua vítima, não êxito e cravou suas pressas. Ela podia sentir suas forças se esvair entre seu corpo. Suas pernas perdiam o equilíbrio e sua vivacidade se desmanchava. Estava nua, havia sido abusada e sua honra fora perdida. Uma lágrima caiu antes de perder a consciência. Clamou a Deus que a levasse com sua família quando seus olhos se fecharam para sempre.

       Já era manhã quando os raios de sol invadiam as frestas da janela da sala. Rosemary sentia-se estranhamente bem. Não sentia a dor de horas atrás. Abriu os olhos e percebeu que estava nua. Não havia sido um sonho. Realmente aconteceu.

     Levantou com rapidez que desconhecia ter, e fitou a morte na sua frente. Os corpos de seus familiares ainda estavam ali, largados como indigentes. Correu até sua mãe tentando acorda-la. Não conteve as lágrimas que vinham com mais e mais força.

      Nua ela abraçava o corpo frio, morto e pálido de sua mãe. Não compreendeu como havia sobrevivido. Foi em cada um dos irmãos e realmente se convenceu que estavam todos mortos. Não podia ver o corpo de seu pai sem cabeça. Juntou suas roupas do chão e foi até o banheiro. Jogou suas vestes no chão enquanto entrava no chuveiro.

      Enquanto a água escoria pela sua pele desnudada e esbranquiçada, ela se lavava da sujeira que lhe tomava a intimidade. Sabia que não era mais uma moça noviça, pois um dia sua mãe havia comentado sobre como os homens tratam suas mulheres após o casamento.

       Chorava ao lembrar-se dos planos de sua falecida mãe, que desejava casa-la com um bom homem. Sem saber o que faria da sua vida agora, a única certeza que tinha era que não era mais a mesma pessoa por diversos motivos. E com certeza, vingaria sua honra e o nome de sua família. Ou não se chamaria Rosemary. "


De volta ao agora...

        Levantou da cama contendo as recordações. Não podia ficar em casa sem fazer nada, pois a solidão a deixava imune e fraca. Tirou a roupa e foi até o banheiro. Lavou o rosto em água abundante. Penteou o cabelo e decidiu que hoje tiraria a noite para se divertir. Torturar um pouco e fazer sexo com aquele homem sexy da boate Padlux com certeza a faria se sentir poderosa novamente.

        Tomou um banho enquanto planejava o que faria com ele na cama. Seu corpo vibrava de desejo e sua autoestima aos poucos voltou. Após um longo banho, demorou-se arrumando diante do espelho. Escolheu uma roupa de matar e um salto que combinava com a bolsa. Passou maquiagem e fez uma escova nos longos cabelos negros. Olhou o resultado da produção no espelho e sorriu dizendo:

- Você é incrivelmente gostosa Filipha!

       Pegou o que precisava e jogou na pequena bolsa de mão. Eram basicamente as chaves, dinheiro, um batom e perfume. Saiu de casa trancando tudo. Chamou um Uber e partiu em busca de uma noite inesquecível.

Vamp: O INÍCIO  - Livro 1Where stories live. Discover now