capítulo 57- A festa

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—  Dulce, Dulce. —  Ashiley chega aos prantos segurando uma boneca nos braços.

— Oi bebe —  Brinco com ela, era nosso jeito carinhoso de se tratar. — Deixe-me adivinhar, tia Sirley te proibiu de sair.

— Ela não me deixa te ver —  passa as mãos nos olhos, limpando as lagrimas que com toda certeza tinha caido

Ashiley tem a mesma idade que eu.

— Vamos apenas tomar um sorvete aqui ao lado. —  Falei arrumando seus cabelos.

— Mamãe vai me bater —  choramingou.

— Eu trago para você! —  Falei pegando em sua mão e a levando ate porta de sua casa.

— Você é a melhor prima do mundo.

Gargalho com suas palavras enroladas e beijo sua bochecha.

Eu só não imaginava que a minha prima tão amada por mim, tão doce e com olhos expressivos, com o tempo se tornaria uma moça arrogante, antipática e dona da razão.
Ashiley se tornou uma mulher cheia de si, provocadora e arrogante, assim como a mãe, cega por dinheiro, assim que foi estudar no exterior com 10 anos sua personalidade voltou outra, e tinhamos apenas 15 anos na epoca. Em tudo tinha que ser melhor do que eu.

Eu dizia que ela tinha feito lavagem celebral.
E ela fez, uma pessoa não muda tanto assim. Não mesmo!

Ai como sou burra, acompanhar Ashiley foi um erro, mas não me juguem, na minha cabeça ela era indefesa com uma criança na barriga, mas parece que  eu estou enganada, muito enganada.

Ashiley é completamente cruel, sem nenhum sentimento nem remorso de nada, simplesmente nada. Ela em si, é um vazio.

Seu olhar é de ódio e eu não consigo entender  o por que de tanto ódio.
Simplesmente não entra em minha cabeça.

Sera que nunca poderei viver feliz? Apenas viver feliz?

—  Ashiley o que? — comecei a falar.

— Cala boca —  gritou me assustando — Aí, eu nao consigo suportar mais olhar a sua cara —  falou passando a mão pelo rosto.

Dizem que grávidas são sensíveis, e eu sempre acreditei nisso, mas também pegam birra, e eu sou a da vez.

—  Simples, é só não me ver. — Eu tive que provocar.

— Sem ironias — Gritou apontando a faca para mim.

— Voce quem me procura, você quem vem atras de mim. Não estou sendo ironica —  Falei escorada na porta.

Eu até pareço calma, mas minhas pernas bambeam e minhas mãos tremem, temo a qualquer momento cair nesse chãoe. Morrer por aqui mesmo.

Eu mereço morrer de uma forma digna se for pra morrer agora.

Credo Dulce.
Pare de pensar em morrer e tente sobreviver.

Procurei disfarçadamente algum  lugar para onde eu poderia correr, janelas, portas de fundo, mas nada.

Eu não posso morrer ainda!
Acabei de lembrar que só tenho 19 anos.

Ashiley se escorou em um abajur e suspirou.

— Você me abandonou —  Falou choramingando.

Minha cara foi de pura surpresa, a abandonei?

— A-abandonei? — Perguntei tentanto me recordar de algum momento como essem

—  Pois é, você esqueceu —  falou rancorosa.

A observei atenta.

— Na escola...

—  Sim, quando tinhamos 10 anos, antes de ir para o exterior.

— Ashiley, aquilo foi uma confusão.

— EU NÃO QUERO MAIS SABER — Gritou brava.

— Me perdoa — pedi.

— Você não podia simplesmente ter acreditado em mim? — Perguntou ja chorando.

— Eu acreditei em você, mas quando fui falar com você, você ja estava na frança.

Ashiley olhou para mim novamente, desencostou do abajur e começou a andar em minha direção.

— Depois disso eu comecei a guardar rancores e a odia-la com todas as minha forças, eu jurei tirar tudo de você.

Ashiley sempre foi muito exagerada, desde pequena e isso é o que mais me irrita nela, fazer de algo pequeno, algo grande. No nosso caso deu isso.

— Tirar o que? Se eu não tenho nada? — falei ironicamente.

— Você tinha e eu tirei, ate pra rua você foi. —  Ela deu um grito do nada o que me assustou —  Mas nada disso te afetou.

Voce que pensa.

— Ashiley...

— Cala a boca — gritou se aproximando de mim. —  Ai apareceu no meu casamento, com um homem —  passou a mão na testa em sinal de nervosismo. — Esse homem que você chama de amigo, e que eu nem sei mais o que é, iria fechar um contrato milionário com a empresa de mamãe, mas com certeza, por sua causa ele não o fez.

A olhei confusa, desde quando eles se conhecem. Com toda certeza tirarei satisfação com ele depois sobre isso

Se eu sair viva

—  sinto muito priminha, mas não posso deixar você continuar a arruinar minha vida. — falou balançando.

— É só me deixar ir, prometo nunca aparecer na sua frente — Falei tremendo.

— Não acredito mais em suas promessas.

Escutamos um barulho do lado de fora, aproveitei sua distração e corri para um comodo de la, gritando socorro.

Ashiley veio atras de mim, mas persisti em correr pelo cúbiculo de tres comodos, pensando em sobreviver de qualquer forma.

— Pare de resistir — Ashiley gritou fadigada.

Eu tropecei em alguma coisa no chão e cai de cara com um sofa, virei-me rapidamente para ver onde Ashiley estava, e ela estava em minha frente. Sentada no sofa eu fiquei, pedindo a Deus perdão por meus pecados, e dizendo a mentalmente o quanto eu amo meu  Ethan.

A ultima coisa que eu vi foi ele entrando pela porta, ele veio, veio me salvar!
E em seguida uma dor insuportável e eu apaguei.

Oiiii galeraaaaaaa, estamos na reta final dessa obra, e meu core ta como?  Ta triste, ta abalado, mas infelizmente tudo acabada um dia... Maaaaas teremos mais obras pela frente que eu espero que gostem tbm e conrinuem a acompanhar meus trabalhos. E calma galera não é o ultimo capítulo.

Melhores amigos de mentirinhaWhere stories live. Discover now