Capítulo 44

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Com os olhos fechado ainda virei a cabeça novamente, minhas pernas bambearam, e meu corpo começou a tremer, ainda com os olhos fechados, lágrimas escorreram por meu rosto.

Senti um corpo grudar no meu, eu conheço esse corpo, meu coração palpitou mais forte ainda, abracei-o de volta.

— Nunca mais faça isso — falei me debulhando em lágrimas.

— Eu estou aqui pequena, bem! — suas palavras me trouxeram alivio.

— Eu te amo —  sussurrei com a cabeça enfiada em seu peito.

Ethan suspirou, havia escutado, e eu no fundo quero dizer todo sentimento entalado.

— Vamos subir — falou se afastando.

— Não! — respondi revoltada, sai dali indo para algum lugar.

Ethan gritou meu nome, mas também não veio atrás de mim.

Por que? Por que ele nunca confessa me amar?

Ele não me ama?
Ele gosta de mim!
Mas não ao ponto de amar?

E isso me machuca, me magoa, não por ele não dizer, mais por que ele não esta sendo sincero comigo, com seus sentimentos, por que não dizer de uma vez que não me ama, ao não dizer nada.

Isso é um saco.

Ethan ridículo.

Esbarrei em alguém.

— Me desculpe. — O homem falou, levantei-me preparada para o insultar de todos os nomes existentes. — Ruiva? — O homem perguntou surpreso — lembra de mim?

Franzi o cenho confusa.

— O cara do mercadinho.

— Ha — gritei surpresa. — que coincidência — falei e o mesmo me abraçou.

— Seu nome...

— Dulce

— Ou sim, Dulce...

—  O que o trouxe aqui? — perguntei sorrindo.

— Vamos tomar um chá? — arqueei as sobrancelhas. — Não curto café.

— Vamos — Gargalhei.

Caminhamos ate a padaria mais próxima e nos acomodamos em uma mesa, perto da janela.

— Então o que o trás a nova Orleães? — Perguntei assim que sentamos. Uma jovem veio nos atender, pedimos um café e um chá...

— Bom... Minha mãe faleceu a uma semana — falou com pesar.

— Sinto muito — falei sem jeito.

— Tudo bem, já estávamos nos preparando. — sorriu fraco para mim. — ela sempre foi doente...

— A sim... —  sorri fraco.

— e com a morte dela descobrimos que ela nos escondia algo.

— Você e seus irmãos? — perguntei com quem não quer nada.

— não, eu e meu pai. — falou sorrindo.

— Gosta de muito de seu pai...

— o tenho como meu herói ainda. — Gargalhou.

— deve ter sido muito difícil para os dois. — falei.

— no começo foi mais, ainda é difícil, porém, não como antes.

— é... — mechi as mãos, na intenção mostrar algo, sim eu havia esquecido seu nome.

— lil...

— Me desculpe — acabei gargalhando, tanto de minha infantilidade como do fato de ser péssima com nomes. — sou péssima para guardar nomes — confessei.

— sem problemas — sorriu encantador.

— espero que consiga descobrir o que sua mãe escondia, se isso é um desejo de sua família.

— Nos descobrimos — balancei a cabeça afirmando.

Não perguntaria, por mais que eu esteja curiosa, não seria uma intrometida.

— Ela tinha uma filha — suspirou — só não entendo o por que nos escondeu isso.

— Ela deveria ter seus motivos para esconder.

— bom... Eles são bem profundos.

Nossa conversa rendeu, pois pedimos mais um café e chá, alguns bolos de chocolate, e quando decidimos parar Ethan apareceu... Do nada.

— Eu quero um suco.

— olá esposo da Dulce — lil estendeu a mão para Ethan que o olhou curioso.

— Eu o conheço de algum lugar — Ethan comentou ainda o olhando. — Ha você e o cara do mercadinho.

Lil gargalhou

— sim, eu mesmo.

Ethan me encarou e encarou lil.

— Se encontraram agora? — perguntou curioso.

Lil olhou o relógio e arregalou os olhos.

— estamos conversando a duas horas — Falou surpreso.

— ou que maravilha — Ethan comentou normal, mais eu o conheço ele foi irónico.

— bom, foi muito bom revê-la — lil sorriu para mim de levantando. — E cara, tu é sortudo, cuide bem dela — estendeu a mão para Ethan.

— Esta cedo, não precisa ir — Ethan falou, como minha mãe.

"Esta cedo, fique mais um pouco"

"Que isso, é cedo ainda"

Mais se eu não conhecesse Ethan como realmente conheço, acharia uma gentileza.

— Vamos querida? — Ethan falou pegando minha mão. Revirei os olhos e o segui me despedindo de lil.

— cuide bem dela.... — Ethan falou agudo. — Eu cuido de você, ele não precisa ficar pedindo.

Revirei os olhos mais uma vez e soltei de sua mão andando um pouco a frente.

Ao chegar em frente ao condomínio de Ethan, avistei mamãe e Patrick.

— ha não — choraminguei, e dei meia volta na intenção de sumir dali.

— Volte aqui mocinha. Precisamos conversar.

— Não temos nada a conversar. — falei agora passando por eles adentrando o condomínio, Ethan veio logo atrás.

— Dulce por favor — Patrick se pronuncia.

— por favor uma ova, vocês me tiram tudo, e agora querem exigir alguma coisa. Me faz um favor? Sumam da minha vida.


















Melhores amigos de mentirinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora