|SUICIDA em um INTERNATO|

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JADE ON

-Posso tirar a venda —Falei já sem paciência.

-Calma —Falou me guiando.

Ouvi o barulho de uma chave girando é uma porta sendo aberta.

Azrael estava me conduzindo, eu sem ver nada, com um pedaço de pano amarrado nos meus olhos.

-Eu vou tirar essa porra, Azrael. Eu não tenho paciência —Murmurei brava, fui andando e bati o meu pé em alguma coisa -CARALHO —Gritei me jogando no chão.

-Aaaaaaaaaaaa o que aconteceu? —Azrael gritou tirando a minha venda e se ajoelhando na minha frente.

-Aaaaaaaaaaaa, meu pé, eu quebrei meu pé —Gritei.

-Aaaaaaaaaaaa foi sem querer, eu não vi —Gritou de volta tirando o tênis do meu pé.

-PARA DE GRITAR —Gritei

-VOCÊ QUE COMEÇOU —Gritou de volta abanando o meu pé.

-Calem a boca —Alguem gritou.

Eu e olhei pro Azrael e ele olhou pra mim e começamos a rir.

Quando me dei conta e olhei prós lados, eu estava em um apartamento, bem grande.

Me levantei e olhei em volta.

-Onde estamos?

-Eu comprei esse apartamento pra nós —Me jogou uma chave e eu peguei no ar.

-Puta que pariu, verdade? —O encarei procurando algum vestígio de que ele estava mentindo.

-Sim, vem deixa eu te mostra —Puxou me braço.

Meu anjinho da guarda.

Segurança, essa palavra define o que sinto quando estou ao seu lado.

-Essa é a cozinha e ali é... —Interrompi.

-Tem comida na geladeira?

Revirou os olhos.

-Tem Jade, tem, a geladeira tá cheia. Se você permitir eu vou continuar —Falou sem paciência -Aqui é a sala, os banheiros e sim, tem uma jacuzzi, ali é o quarto. Pronto —Abriu um sorriso.

-Vamos dormir na mesma cama? —Perguntei.

-Eu tenho cara de estuprador? —Me encarou.

-As vezes —Brinquei sentando no sofá.

-Me poupe —Revirou os olhos se sentando ao meu lado -Eu te vejo mais como uma irmã mais nova, indefesa, que eu tenho que proteger. Nunca me senti atraído por você. Credo —Me olhou com nojo.

-Pau no seu cu Azrael, eu te vejo como um irmão mais velho —Revirei os olhos -Credo, nunca que eu gostaria de um menino feio assim —Apontei na cara dele.

-Como se você fosse bonita —Retrucou.

Quando eu ia falar, eu senti uma tontura muito forte.
Me levantei e me apoiei na parede.

-Jade —Num pulo Azrael levantou e segurou me braço.

-Eu tô bem —Forcei um sorriso.

-Não, você não está, como eu fui deixar você abandonar o tratamento —Me ajudou a sentar.

-Eu estou bem —Falei rígida.

Azrael saiu da sala e sumiu do meu campo de visão.

Impressionante, como eu consigo afastar todos de perto de mim.

Me encolhi no sofá e fiquei encarando o nada. Meu celular fez um barulho estranho. Eu conferi e não tinha nada.

Depois de meia hora, eu já estava querendo morrer, estava naquela mesma posição, com uma dor de cabeça do diabo.

Quando eu pensei em me levantar pra fugir desse lugar.

Azrael apareceu com duas canecas de chocolate quente nas mãos, e um cobertor no ombro.

Ele abriu o sorriso mais lindo que eu já vi na minha vida,  colocou as canecas na mesa de centro e me cobriu, ligou a tv e me entregou uma das canecas. Se sentou ao meu lado no sofá e pegou a sua caneca, me deitou no seu peito, e ele me fez cafuné.

Meu anjo.