Problemas

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Problemas

"Isso não significa que eu não quero que seja minha."

Acordei faz um tempo mas não tive coragem de levantar, eu só poderia estar em um sonho, pois nada é capaz de explicar o que estou sentindo. 

Causador de tudo isso? Bruno Mars ou Peter Gene Hernandez se assim preferir. Ele é um homem que não dá para descrever, principalmente se for falar das qualidades. Romântico, gentil, educado, bem humorado, divertido, elegante, bonito e tem um beijo... Maravilhoso. Disso eu sei muito bem.

Estou definitivamente perdida, perdida naqueles olhos castanhos, naquela voz rouca e forte, naquele sorriso, naquelas covinhas, naquele cabelo, naquela pele. Em tudo, admito que estou entregue aos encantos daquele homem perfeito. 

De repente, meu celular começou a tocar. Droga! Quem será que está atrapalhando meu sonho lúcido?

Me virei para o lado esquerdo da cama e peguei o celular que estava em cima do criado mudo. PUTZ! Eu não ouvi o celular despertar, tenho trinta minutos para chegar no trabalho. Fui me atrasar logo hoje que tem reunião.

Dez para tomar banho e se arrumar, cinco para comer alguma coisa e os últimos cinco para chegar na LAT. Corre! Disse para mim mesma.

- Droga! Já deve ter começado.

Estacionei meu carro de qualquer jeito na frente do prédio e sai correndo para dentro do elevador. 

Assim que cheguei na sala, todos olharam em minha direção. Meu estado não deve estar dos melhores, por sorte Ian ainda não tinha chegado. Me sentei em uma cadeira do lado de Celeste, que me olhou preocupada. 

- Estava quase te ligando, onde se meteu? - disse em tom de repreensão e preocupação. 

- Eu simplesmente perdi a hora.

- Você sabe que te conheço, tem coisa aí. Quero saber mais tarde. Ian chegou. - apontou para frente.

- Bom dia. - desejou o homem de cabelo grisalho.

- Bom dia! - respondemos em uníssono. 

- Nessa reunião eu quero informar duas notícias uma boa e outra ruim. - encarou de forma imponente um por um. - A boa e que depois da coluna feita pela senhorita Alencar e a senhorita Muniz a Los Angeles time cresceu na porcentagem em relação a outros jornais concorrentes. - recebemos uma salva de palmas. - e a notícia ruim e que isso não foi o suficiente o bastante para nos mantermos pelo menos instáveis nas bancas.

- É o que significa?  - perguntaram.

- Que alguns de vocês podem ser demitidos.

- Isso não pode acontecer. - falei. - muitos depende desse trabalho. Se quiser eu faço outro coluna ou qualquer outra coisa para que isso não venha acontecer.

- Não iria adiantar, a Los Angeles time não está como antes, temos que admitir. Daqui a pouco não vai haver como pagar os salários então a demissão e a melhor escolha. Só ficarão as colunas necessárias.

- Mas... - Celeste tentou se pronunciar. 

- Sem mas, reunião encerrada. Aqueles que forem chamados em minha sala saberão o seu destino. 

O pessoal saiu, Celeste e eu permanecemos no mesmo lugar, chocadas com tais palavras. 

- Como Ian pode ser tão frio? - comentou Celeste com a sobrancelha arqueada e um movimento negativo de cabeça. 

- Também não gostei da postura dele, mas, lembra. Ele também recebe ordens.

- Tudo bem, mas precisava falar daquela maneira?  

A conversa foi interrompida, a secretária de Ian entrou na sala onde estávamos.

- Senhorita Alencar,  senhorita Muniz.  Ian ás chama em sua sala.

Nos levantamos em um solavanco, Celeste apertou minha mão com força. A olhei, transmitindo segurança enquanto a secretária nos conduzia até a sala.

- Obrigada.  - disse quando chegamos.

Ela assentiu e se retirou.

- Mandou nos chamar senhor Ian?

- Sim, quero parabenizar as duas pela a coluna da Stars. - sorriu. 

- Só isso? - Celeste suspirou aliviada.

- Não, agradeço pelo trabalho bem feito mas vocês estão demitidas.

Paralisei, o que eu mais temia aconteceu e eu não poderia acreditar. Um filme passou rapidamente em minha mente me perguntando e agora? Minha família depende de mim sou filha única e a saúde dos meus pais precisa de cuidados, foi difícil para mim arrumar esse emprego, recebi vários não e agora vai começar tudo de novo e Celeste, minha amiga também tem um monte de problemas, ela vive sozinha precisa pelo menos de apoio. Bom, nos duas vamos nos consolar.

- Okay. - Foi apenas o que disse. 

- Foi bom ter vocês na LAT.

Cínico.

Ouvi Celeste sussurrar antes de sair.

- O que vamos fazer? - Celeste perguntou. 

- Arrumamos nossas coisas e vamos para meu apartamento fofocar um pouco.

- Só você para me manter bem humorada agora. - sorriu desanima.

- Perdemos o emprego mas nunca a alegria. Não gosto de ter ver pra baixo.

- Obrigada, você é incrível. 

Nos abraçamos, logo em seguida pegamos nossos pertences e fomos embora. Como havia dito, mantive a alegria mas por dentro estava no chão.

De Repente Uma Paixão Where stories live. Discover now