— O QUE FIZESTE COM O LIVRO? — Alizon grita furiosa.
— E-eu não fiz nada. — digo aflita pelo seu tom de voz e seu semblante de fúria. — Eu juro!
— MENTIROSA! — em surto de raiva, Alizon lança-me um feitiço jogando-me com força contra o chão.
— AAAAH! — grito ao sentir o impacto com o chão.
— ELENA! — ouço a voz de meu pai. Logo sinto mãos envoltas em minha cintura levantando-me. — Filha estás bem?
— M-minha costela e-está doendo. — digo ao sentir a dor estridente em minha.
Meu pai olha para Alizon com raiva e lança um feitiço que a faz cair sobre as cristais-da-noite. Alizon levanta-se e quando ela estende a mão para nós atacar, meu pai segura minha mão.
— Repete comigo!
— Expecto namys osptun paralis! — dissemos um uníssono.
— O-oque estão fazendo? — Alizon pergunta assustada, sua mão abaixou-se involuntariamente. — Parem já!
Erguemos nossa mão e repetimos as palavras mais um vez com força em nossa voz.
— Expecto namys osptun paralis! Expecto namys osptun paralis! Expecto namys osptun paralis!
Alizon está imóvel, ela tenta se mexer mas não consegue.
— Revertão o feitiço agora! — ela diz entredentes. — AAAAAH!
Uma espada atravessa seu peito, bem no coração. Retiramos o feitiço e Alizon cai de joelhos no chão ao mesmo tempo que eu, o cansaço me dominou. Ela sustenta o peso do seu corpo com uma mão enquanto a outra toca a ponta da espada atravessa em seu seio. Ela me olha agonizando, o sangue escorre pela sua boca, logo seu corpo cai sem vida no chão.
Atrás de seu corpo vejo Adam e mais atrás Benjamin vem correndo. A espada que perfurou o coração de Alizon era de Adam, ele a matou. Ben chega ao lado de seu primo e observa o corpo desfalecido no chão. O semblante de Adam era de satisfação, ele gostou de tê-la matado.
Ele me olha. Por um instante vi tristeza em seu olhar, mas logo mudou para alívio ao me inspecionar e ver que estou bem — exceto pelo cansaço dominando o meu corpo. Adam dá um passo para frente mas paralisa ao ver Ben correndo em minha direção.
— Elena estás bem? — Benjamin pergunta eufórico. — Está sentindo dor? Quer alguma coisa?
— N-não... é... eu estou bem! Só estou cansada e com um pouco de dor na costela. — minha voz sai falha e arrastada.
Ao olhar para onde está o corpo de Alizon não encontro mais o Adam.
— Vem, irei leva-la para o quarto! — Ben fala voltando minha atenção para ele.
Ele me pega no colo e leva-me para dentro do castelo, chegamos ao quarto e ele me deita na cama.
— Descanse! — Benjamin diz ao cobrir-me com o cobertor. Ele deposita um beijo em minha testa e se vai.
Fecho meus olhos e deixo o cansaço me vencer.
Adam Hennig:
Ao ver Benjamin saindo de meu quarto seguro o braço dele o fazendo parar.
— Precisamos conversar! — digo autoritário.
— Primeiro: largue o meu braço. Segundo: conversaremos amanhã, estou cansado e frustrado. Por pouco não teriamos chegado à tempo. — Benjamin retruca.
— Não! Nós iremos conversar hoje. É sobre o Destino, as visões. — o semblante de Ben muda para curiosidade e dúvida. — Venha comigo, não quero que Elena ouça.
Saímos da frente do quarto e fomos para o escritório de meu pai.
— Sou todo ouvidos, pode começar! — diz ao esparramar-se na poltrona frente a mesa de madeira.
— Quero saber com detalhes o que o Destino lhe mostrou. — vou direto ao ponto.
— Vais me contar o que o Destino lhe mostrou hoje mais cedo? — ele curva seu corpo para frente apoiando os braços nas coxas e entrelaçando os dedos das mãos. — Caso contrário não lhe direi uma só palavra.
— Irei lhe contar.
— Ótimo! — ele levanta-se da poltrona e aproxima-se da estante de livros. — No meu encontro nada formal com o Destino, ele me mostrou uma criança, um menino para ser mais preciso. Ele tinha os cabelos iguais aos meus, pele branca e estava brincando com outras duas crianças, um casal de gêmeos. Mas uma coisa me deixou intrigado. — ele para de observar os livros e vira-se para mim.
— O quê? — pergunto desesperadamente.
— Só uma das crianças era o meu filho, mas todas as crianças tinham os olhos da mesma cor, uma cor nada comum. — ele diz me encarando seriamente.
— E de que cor eram? — pergunto ainda mais desesperado.
— Um dourado intenso.
Olá meus leitores preferidos!❤
Mais uma vez peço desculpa pela demora de quase mil anos.
Mas aqui está o tão esperado capítulo.
O que acharam?
Gostaram que finalmente Alizon tenha morrido e o inferno na terra tenha acabado?
E o que acharam da revelação da visão de Benjamin? Os olhos de Elena são únicos, especiais da linhagem de bruxa que ela pertence como pode três crianças com os mesmos olhos?
E Adam? O que deve está pensando disso tudo?
XOXO 👄 ATÉ O PRÓXIMO 👋
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Prometida Ao Rei
FantasyO casamento trata-se de uma maneira de formar alianças econômicas e políticas, bem longe de ser realizado por meio do amor. Um casamento serve apenas para garantir que a herança de uma determinada família permaneça centralizada, ou para aumentar as...
Capítulo 41
Začať od začiatku