C.P - 42 - Esconderijo

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Mia: Eu também disse... que dependendo da resposta eu iria te ajudar. — O olhei firme e ele recuou o olhar. — Por isso, por favor, eu só quero ajudar aquele homem a nos ajudar. — Pedi.

Ele não falou nada e deu passagem para eu entrar, recusei um pouco mais entrei em seguida. Ele se sentou e mandou eu me sentar também.

Contei sobre o que eles estavam fazendo agora e que nesse momento a casa está vazia. Então seria a hora perfeita de ir lá.

Jayden: E a entrada? Onde fica?

Mia: Esse é o problema. Eu não sei. Do lado de fora não há portões para um porão ou garagem subterrânea.

Jayden: Então a entrada é por dentro? — Me fitou.

Mia: Errado. O Itan apareceu, depois de terminar tudo, lá embaixo. E entrou pela porta da frente. Se fosse lá dentro eu o teria visto sair e ele teria me visto na hora.

Jayden: Entendo... — Pensou. — Bem, de qualquer jeito vamos lá. Vamos achar a porta e pegar esse cara e trazer ele aqui. — Se levantou.

Mia: Obrigado. — Agradeci.

Jayden: Independente da resposta dele você já está se revelando para o Itan, ele vai perceber que ele sumiu e como você foi a única que estava em casa ontem ele vai desconfiar de você obviamente.

Mia: M-Mas... — Parei pra pensar.

É verdade. Se ele sumir eu serei suspeita e isso me põe em perigo.

Mia: Nós temos tempo para interroga lo ali mesmo?

Jayden: Não sei. E não acho melhor arriscar. Já estamos saindo, vem.

Saio junto a Jayden e fomos andando até a casa do Sr. Marcos. Conferi que o carro do Itan não estava ali, e o motorista estava com a Raquel.

Abri o portão e passamos pelo quintal.

Jayden: Você procura na esquerda e eu na direita. — Falou e saiu na frente.

Eu procurei em todos os lados e em todas as aberturas nas paredes e nada. Já tinham se passado 10 minutos até que Jayden me gritou. Corri até ele e lá estava uma porta debaixo do mato falso.

Jayden: Se eu não tivesse tropeçado eu não acharia. Está muito bem escondido. — Abriu a porta. Ele desceu na frente iluminando com seu celular e eu fui atrás.

Descemos as escadas e caminhamos por um beco apertado de mais! Mal me cabia ali e o Jayden que é alto estava com dificuldade pra passar.

Mia: Já estamos no fim? — Perguntei.

Jayden: Fica quieta. Não dá para chegar tão rápido assim. — Continuamos.

Assim que saímos eu pude respirar melhor, odeio lugares escuros e apertados. Jayden não me esperou e já foi na frente. Liguei minha lanterna e olhei o local. Não era tão grande, mas tinha espaço. Parecia uma oficina de bombas do Iraque.

Jayden: Ei, venha aqui... — Me chamou.

Mia: O que foi? — Caminhei lentamente com medo do que eu poderia ver.

Jayden: Tem certeza de que ele vai falar alguma coisa? — Jayden mirou sua lanterna no chão e um pedaço de língua estava ali. Tinha sangue e algumas unhas inteiras no chão. Uma orelha e cabelos também. Alguns bichos já estavam ali e aquilo fedia.

Tampei a boca e fechei os olhos. Eu estava com medo de como é a situação do homem aqui embaixo. Se aquilo já era perturbador, seu estado deveria ser pior.

Jayden: O cheiro está tão forte que não parece vir daqui. Você sabe que ele já pode estar... — Parou de falar.

Esse lugar é realmente um incômodo. Lugares escuros e mal dava pra enxergar as paredes, era como se um demônio tivesse prestes a pular e te agarrar ali mesmo.

Eu estava nervosa demais para me mexer ou abrir os olhos. Minhas pernas não me obedeciam e ficavam tremendo. Eu queria correr e sair dali! Tomar um banho e me trancar no quarto até eu ficar louca e esquecer esse lugar.

Jayden agarrou minha mão e me puxou um pouco para a frente.

Jayden: Tá tudo bem. Vamos só mais um pouco a frente. Eu também não quero ver o que tem lá, quero sair desse lugar. — Me olhou transmitindo calmaria.

Por um momento o meu corpo que estava formigando parou. A sua calma passou da sua mão para a minha. Pude respirar e olhar direito o caminho.

Andamos mais um pouco a frente. Jayden não soltou a minha mão. Ele parecia não ter percebido que ainda não me soltou.

Não sei direito se ele segurou minha mão para me acalmar ou para acalmar a si mesmo.
Uma confirmação de que ele não está sozinho nesse lugar horrível ou confirmar que eu é que não estava sozinha.

Mais uns passos e a lanterna do Jayden iluminou a parte de baixo de uma cadeira. Havia muito sangue em volta. Ele mesmo não queria iluminar a parte de cima com medo.

Jayden: Feche os olhos. Eu vou olhar. — Mandou e eu fechei.

Num simples movimento Jayden me agarrou e arredou pra trás. Ele não me deixou olhar e empurrou minha cabeça para sua barriga. Seus braços tremiam um pouco o que me fez pensar o que ele viu que eu não posso ver.

Xxx: M-M-Mle a-aj-jludlem... — Sussurou. Jayden me apertou e se afastou mais um pouco.

Jayden: Você está... vivo?



➥ Continua 

O Filho Do Meu Chefe [CONCLUÍDA]Where stories live. Discover now