CAPÍTULO 4

376 13 0
                                    


      Eu coloquei sapatos confortáveis para o meu primeiro dia no Grupo Financeiro RK e usei saia e blusa em tons de cinza. Fiz um rabo de cavalo apertado, bem no alto, tentando mostrar um look sexy e sofisticado. Pelo ligeiro reflexo nos olhos do Reece quando ele me viu, eu devia ter conseguido.

A recepcionista tinha me enviado para o piso executivo e tinha me dito para esperar pelo Sr. Kavanagh, que iria me encontrar no hall de entrada junto a seu escritório. Não tive que esperar. Ele já estava lá quando as portas do elevador se abriram.

"Você chegou cedo," ele disse, sem nem mesmo verificar seu relógio Rolex. Ele parecia muito sexy e sofisticado com o rosto sem nenhum vestígio de barba e sem um fio de cabelo fora do lugar. Ele usava um terno caro com abotoaduras de prata espreitando as mangas do casaco e uma gravata amarela. Ele não estava sorrindo.

"Não gosto de me atrasar."

Reece ficou na frente de uma parede de vidro com o seu nome. Atrás da parede tinha uma grande área com uma mesa, um único vaso com uma palmeira e algumas obras de arte moderna. Uma sala de estar, com duas cadeiras e uma estante baixa compunham o resto da mobília. A estante ficava contra uma parede de madeira polida, ao lado de uma porta que levava para outro escritório. Devia ser o de Reece.

"Bem-vinda," ele disse, abrindo a porta de vidro para mim. "Já que você chegou cedo, você tem tempo."

"Tempo para quê?"

"Para me fazer uma xícara de café antes da primeira reunião."

Eu coloquei minha bolsa embaixo da mesa e olhei ao redor. "Onde é a cozinha?"

"Atrás da parede." Ele tocou num painel e esperou ele deslizar silenciosamente até revelar uma pequena cozinha. "Preto, uma colher de açúcar. Faça um para você também."

Puxa, obrigada.

Ele me deixou antes que eu pudesse fazer qualquer pergunta, fechando a porta da sala com um clique firme. Avaliei rapidamente o meu local de trabalho. Uma senha estava escrita num rabisco infantil, em uma nota auto-adesiva colocada no monitor do computador e artigos de papelaria estavam colocados ordenadamente nas gavetas. Um conjunto de chaves estava em cima de um bloco de notas e um globo de neve segurava uma pilha de papéis. Dentro da cúpula tinha um urso polar branco, e uma floresta de abetos atrás dele. Era barato, o tipo de coisa que custaria poucos dólares em uma loja para turistas. Me perguntei se tinha pertencido a Ally e se ela tinha deixado para trás de propósito. Parecia fora do lugar, em meio à madeira polida e elegante da mesa e dos móveis caros.

Comecei a fazer o café e depois bati na porta de Reece. Ele abriu, o celular no ouvido e fez um sinal para eu entrar. Eu coloquei a xícara na mesa dele e estava prestes a sair quando ele desligou.

"Espera," ele disse, pegando a xícara. "Não bata na próxima vez. Se eu estiver no telefone e não puder responder, você pode ficar esperando por horas. Além disso, não há nenhuma necessidade de formalidade entre nós." Foi minha imaginação ou ele abaixou um pouco o tom da voz dele?

"Há algo que eu possa fazer por você, antes de sua reunião começar?"

Ele tomou um gole, em seguida, pousou a xícara. "Pegue seu caderno e caneta para tomar notas. Você sabe taquigrafia?"

"É claro."

Ele assentiu com a cabeça em aprovação. "Eles estarão aqui em um minuto."

Eu entendi como "seja rápida" e voltei para a minha mesa. Consegui tornar um gole do meu café e voltei para o escritório dele, assim que seu primeiro executivo entrou.

A Armadilha do Namorado BilionárioWhere stories live. Discover now