Tinha chegado mais um verão. E para Azula isso implicava ter de ir para casa da sua tia Lila. Azula odiava a tia. Achava-a irritante, mesquinha e demasiado arrumada para uma pessoa normal.
Azula sabia que um dia aquele casarão seria seu. Azula era uma rapariga de olhos castanhos chocolate e cabelo preto acastanhado. Odiava insectos e coisas relacionadas com isso, em resumo a Natureza. Preferia vê-la pela grande janela do quarto que ocupava em casa da sua tia.
Eram cinco da tarde quando chegou a casa da tia. Parceceu-lhe que naquele dia o campo que rodiava o casarão tinha algo de esquesito. Provavelmente eram aqueles insectos repugnantes que ela não gostava, pensou.
Quando chegou, a tia estava à porta e começou logo a criticar o cabelo de Azula:
-Ai! Meu Deus! O teu cabelo minha querida. Parece palha!
-Olá tia. A mãe achou que era uma boa ideia experimentar um novo champoo no meu cabelo e ficou assim. Também não gosto do resultado.
Para Azula o cabelo estava ótimo. Ela não era daquelas raparigas que se preocupava com essas coisas. Afinal com apenas 13 anos, achava que no futuro iria ter tempo suficiente para se preocupar com a imagem. Depois de se tornar uma aristocrata tal como a mãe e o pai. A sua família inteira era rica e chique, o que para ela significava apenas que ou escolhia a aristocracia do lado da mãe, ou a aristocracia do lado do pai, ou então escolhia as duas.
Azula subiu as escadas, atravessou o grande corredor e entrou no seu quarto. Mas antes de entrar, olhou bem para o fundo do corredor. Lá estava a grande porta trancada.Parou para pensar e decidiu entrar definitivamente no seu quarto. Olhou pela janela. Olhou para a cama e achou que o parapeito da janela seria mais confortável para se sentar. Azula podia não gostar de estar na nNatureza, mas dali a paisagem do campo parecia um reino como os dos contos de fadas.
Estava a ficar frio. Decidiu sair dali, fechar a janela e deitar-se na cama. Tinha os olhos pesados e acabou por adormecer.
