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Deitada na cama, corpo vazio, mente distante... La fora chovia, mas dentro dela era uma tempestade! Sempre foi de sentir demais, amar demais, se entregar rápido demais. Relacionamentos eram uma droga. Mesmo que tudo fosse maravilhoso no início, depois de algum tempo, acabava magoada ou trocada, e no final da noite sempre voltava pro mesmo lugar, no quarto, atirada na cama, olhando pro teto, pensando no que fazer com o resto de vida que tem. Esse era o mal dela, pensar demais. Sempre que parava pra pensar, acabava ficando triste. Não era por escolha dela, não era nada demais, nada que valesse a pena pensar mas mesmo assim pensava. Ela não sabia como se sentir menos assim sabe! Menos ela... Não se orgulhava de si mesma, procurava entender o porquê de sempre se sentir sozinha, não queria, mas sabe como é, acabou se tornado boa nisso... Estranha, seria um bom adjetivo pra resumir a enorme bagunça que era ela. Bagunça essa deixada por amores não correspondidos, por seus pais que a desprezavam e pelos seus amigos que já nem a procuravam mais. Olhou pro tempo chuvoso atraves da janela e esperou até que se acalmasse, percebeu que já era mais de quatro e meia da manhã. Enfiou a cara no travesseiro e tentou dormir um pouco, porque depois de 2h tinha que levantar seu corpo semi morto da cama, por um meio sorriso no rosto e começar tudo de novo...

     ~ Dre

Alguns SuicidasOnde as histórias ganham vida. Descobre agora