Me diz que ele vai ficar bem!

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Continuação...
Ligação on:
Só ouço um choro, estou ficando mais preocupada ainda.
Eu: —T-ati, está chorando?Minha voz começa a ficar trêmula.
Tati: —A...li...ce es-tou no hos-pital.
Ela fala soluçando, meu coração se aperta no mesmo momento e meu rosto começa a molhar com as lágrimas que descem sem parar, Ian me olha com um olhar preocupado e sem entender nada.
Eu: —Ta..ti, me fala por favor o que houve.Já estou chorando, olho para Ian que tem os olhos marejados, ele olha para mim e pega seu celular procurando algo.
Tati: —S-eu pa...i.
Ian toma o celular das minhas mãos e eu não sinto mais minhas pernas, me sento tremendo e as lágrimas descem sem parar, por um momento esqueço tudo ao meu redor, nem a música ouço mais, só penso em meu pai.
O Ian desliga o celular e me olha tentando dizer algo, mais nada sai de sua boca.
Eu: —Q-ual hos-pital? Só consigo dizer isso olhando para ele.
Ian: —Hos-pital Pão de Açúcar.Diz olhando para baixo, não sei o que fazer, meus olhos estão doendo de tanto chorar, com as pernas fracas apenas saio correndo para fora da festa, ainda não sei direito o que aconteceu, só sei que meu pai está no hospital, meu papai, meu Deus!
Caio sentada no chão com as mãos nos olhos, meu mundo desabou, alguém me levanta, me abraça por trás e fala baixinho em meu ouvido.
Ian:—Ele vai ficar bem.Começo a chorar mais, me viro e o abraço bem forte.
Eu: —Me leva para lá por favor.Falo em seu ouvido bem baixinho, ele concorda e vamos em direção ao seu carro.
Estamos a quinze minutos na estrada e nada de chegar.O Ian me olha ás vezes mas não fala nada.
Entro desesperada no hospital e vou até a atendente.
Eu:—M-oça meu p-apai.Mal consigo falar.
Xxx:—Moça se acalme.
Ian: —Onde está o Senhor Henrrico Argent.Ele fala calmamente atrás de mim e coloca suas mãos em meus ombros.
Moça: —Subam as escadas e virem no primeiro corredor a direita, lá tem outra sala de espera, onde irão informar tudo.
Ian: —Obrigada.Ele me puxa com cuidado pelo braço e vamos até as escadas.Não sinto mais minhas pernas e nem raciocino direito, é meu pai, meu pai!
Chegamos até essa outra sala e vejo a Tati deitada no ombro da Maria, as duas estão chorando.
Eu corro até elas e me abaixo em suas pernas, Maria e Tati me olham limpando as lágrimas.
Eu: —Me expliquem! —Cadê meu pai? —Me falem por favor.
Estou gritando e chorando ao mesmo tempo.
A Maria se abaixa ao meu lado e me abraça bem forte.
Maria: —Ele bateu o carro em outro vindo do trabalho...fraturou uma perna e deu uma parada cardíaca mas já voltou, vamos orar vai ficar tudo bem.Ela fala calma, mais sei que está segurando as lágrimas.
Desabo em seus braços, do canto do olho vejo o Ian abraçar a Tati.
Já estamos à duas horas esperando notícias, estou sentada ao lado da Tati, Ian saiu com a Maria para levá-la em casa.
Estou de olhos fechados encostada em seu ombro.
Ela me cutuca e os abro com muita dificuldade, por conta do cansaço.
Olho para frente e vem vindo um médico, com aparência de trinta e poucos anos.
Xxx: —Boa Noite, sou o doutor Guilherme.Ele fala apertando nossas mãos.
Eu: —Oi...cadê meu pai?Digo o olhando com os olhos já úmidos.
Tati: —E como ele está?
Doutor Guilherme: —Bom...foi um acidente muito grave, ele teve duas paradas cardíacas assim que chegou nas ambulâncias, fizemos um
raio x quando ele chegou no hospital e vimos uma fratura na perna esquerda, entramos em cirurgia logo depois, terminamos nestante e infelizmente vamos ter que fazer outra por conta de algumas complicações.Ele fala com uma voz suave, não parece frio assim como muitos médicos.
Estou novamente chorando e a Tati me abraça.
Tati: —O-brigada pelas notícias doutor.Ela fala com uma voz arrastada, com certeza segurando o choro.
Doutor Guilherme: —Trago novas notícias em breve, com licença.Ele fala saindo.
Tati: —Calma minha linda vai ficar tudo bem.Ela fala enxugando umas lágrimas do meu rosto e me abraça, apenas concordo com a cabeça.
Estou aqui ainda, chorando baixinho de olhos fechados, sinto a Tati se levantar e não ouso abrir os olhos.
Depois de alguns minutos alguém me abraça novamente, mas não é a Tati e sim o Ian, conheço esse perfume, encosto minha cabeça em seu ombro, de olhos fechados ainda.
Alguém me cutuca, abro os olhos e vejo a Tati em minha frente ainda estou com a cabeça no ombro do Ian, a levanto devagar.
Tati: —Alice, vai comer alguma coisa no refeitório com o Ian.
Eu: —Estou sem fome Tati.Falo a olhando.
Ian: —Você tem que comer.Ele fala me olhando.
Tati: —Leve ela.Diz se sentando e pegando seu celular, a mesma está com o rosto bem abatido, imagina o meu.
Saímos em direção ao refeitório.Sentamos na primeira mesa que vejo.
Ian: —Quer um chocolate quente moça?
Ele fala com uma voz engraçada me fazendo rir, pela primeira vez desde que recebi a ligação da Tati.
Eu: —Sim moço, com quatro marshmallows.
Digo e ele sorrir, em seguida se levanta indo em direção as lojas de comida que tem aqui.
Meu celular toca e  vejo no visor que é minha mãe.
Ligação on:
Eu: —Oi mãe.Falo bem baixinho.
Mãe: —Meu amor, como você está tá?
Eu: —Muito triste mãe.Digo e abaixo a cabeça segurando o choro.
Mãe: —Vai ficar tudo bem, Agatha que me disse, ela falou que mais tarde passará aí.
Eu: —Ok, amanhã vou pegar a Lucy não se preocupa viu?Falo limpando algumas lágrimas teimosas que caem.
Mãe: —Filha tem certeza?
Eu: —Sim mãe, preciso dela aqui, te mando notícias viu?
Mãe: —Ok meu amor, fica bem se precisar estou aqui.
Se despedimos e desligo o celular logo depois o Ian chega com dois chocolates quentes.
Ele me dá um e senta, pego dinheiro na minha bolsa e estendo a mão, o mesmo nega e eu fico sem entender.
Ian: —Não Alice.
Eu: —Mas...-Ele me interrompe
Ian: —Foi presente.Dou um meio sorriso e experimento a bebida que está muito boa.
Depois de uns minutos vou ao banheiro, nem ligo em me ajeitar, depois voltamos ao encontro de Tati.
As meninas me ligaram perguntando se eu estava bem, elas falaram que amanhã irão vim aqui, depois de muito esforço tirei da cabeça delas de virem hoje.
Tati: —Já são 00:21, não quer ir descansar? A Tati fala me olhando, nego com a cabeça e vejo o doutor vindo novamente, me levanto depressa.
Doutor Guilherme: —Bom...tenho algumas notícias, a cirurgia ocorreu tudo bem, ele está estável, mas vamos fazer novos exames.
Dou um meio sorriso e solto um ar de alívio.
Tati: —Obrigada pelas notícias doutor.Ele assente e sai.
Ian: —Como ele está melhor, você tem que ir descansar.
Eu: —Não, vou dormir aqui.
Tati: —Alice, eu durmo aqui, você tem aula amanhã cedo e logo depois você vem pra cá, ok?
Eu: —Mas não quero ficar sozinha em casa.Falo baixinho olhando para baixo.
Ian: —Você não ficará sozinha.Ele me olha no fundo dos olhos e ficamos assim por alguns minutos.
Tati: —Bom...então boa noite, novas notícias eu te ligo minha linda.Ela fala me dando um beijo no topo da minha cabeça e abraça o Ian.
O moreno me abraça de lado, acho estranho mais nem me importo, vamos até seu carro e só agora percebo que ele ganhou um carro.
Entramos e vamos em silêncio ouvindo algumas músicas, encosto a cabeça na janela e deixo às lágrimas cairem, ele é meu pai, mesmo que nós só nos encontrávamos nas férias, eu o amo, ele sempre cuidou de mim com muito carinho e amor, mesmo estando longe por um tempo e estou bem mais próxima dele nesse último mês.

Chegamos na minha casa e Ian estaciona o carro na garagem.
Entramos e fomos em direção a cozinha, vou até a geladeira, pego uma jarra de água e coloco no copo, percebo o Ian encostado na porta me olhando.
Eu: —Quer água?Estendo meu copo e ele nega.
Ian: —Você está melhor?Concordo devagar com a cabeça.
Eu: —Vou subir, fica á vontade, tem comida na geladeira se quiser.
Ian: —Ok, vou em casa pegar algumas coisas.
Eu: —Mais está tarde.Falo indo em direção a porta onde ele está.
Ian: —Eu volto.Concordo e vou saindo, ele me puxa, me dá um beijo na testa e sussurra em meu ouvido
—Dorme bem princesa.
Por um instante olho no fundo de seus olhos e depois saio indo em direção as escadas.
Oque está acontecendo com ele?E o que está acontecendo comigo?Devo está muito, mais muito mesmo abalada com o acidente do meu pai.
Entro no meu quarto e vou direto para o banheiro, tomo uma ducha da cabeça aos pés, ainda não acredito que meu pai não está aqui comigo, algumas lágrimas caem, mas ele vai ficar bem!
Coloco um pijama, escovo os dentes e caio na cama, me enrolo na coberta e fecho lentamente os olhos.
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Oii meus amores
Bom diaa ou Boa tarde ou noite, não sei que horas vocês estão lendo.
Espero que tenham gostado desse capítulo

O filho da minha madrasta Onde as histórias ganham vida. Descobre agora