- Andrew? - chamei, mas ele continuou a caminhar. - Por favor me ouve, não faz isso comigo. Você parte meu coração toda vez que visita meus sonhos.- eu já estava gritando. - Andrew, isso dói demais, irei desistir de você se não olhar para mim agora.- ameacei aos gritos.

Ele parou, esse simples ato pintou minha mente de verde e encheu meu coração de esperança e alegria, meus sorriso se desfez no momento em que voltou a caminhar em direção a Stacye, lhe oferecendo seu mais belo sorriso. Sei que ela me via, pois sempre fez questão de me olhar com deboche ao abraçá-lo, porém dessa vez ela me lançou um sorriso vitorioso.

Meu coração que por alguns segundos estava cheio de esperança, agora se encontrava despedaçado. As lagrimas de dor vieram com força em conseqüência, um choro sofrido. Já estava ficando difícil respirar quando senti dois braços me puxarem e me envolverem em um abraço, apesar de estranhar o que acontecia, eu me sentia confortável e um pouco feliz. Quando finalmente me acalmei, ergui minha cabeça para ver o rosto de quem me protegia da dor, meus olhos pararam sobre duas esmeraldas que me encaravam acompanhadas por um sorriso terno.

- Taylor? - seu nome saiu de meus lábios como um sussurro. Taylor alargou ainda mais o sorriso, o que eu julgava ser impossível. Queria muito acreditar que sentia dor naquele momento, que sentia raiva pela traição, mas eu me sentia bem, era como voltar para casa depois de passar meses longe dela.

Escutei além me chamando, uma voz feminina, levei alguns segundos para identificar que me chamavam no mundo real e que tudo aquilo não passava de um sonho, um sonho muito bom. Ao abrir os olhos me deparei com o olhar preocupado de Lucy. Percebi que tanto o meu travesseiro quanto meu rosto estavam úmidos, eu havia chorado durante aquele sonho tão real.

- Você está bem, minha menina? - perguntou Lucy. - Eu te chamava e você não acordava, não respondia, já estava para chamar um medico. Principalmente porque você estava chorando, parecia estar com dor. - disse me abraçando.

- Eu estou bem Lucy, foi penas um sonho. Obrigada por cuidar de mim, se preocupar e vigiar meu sono. Eu te amo Lucy. - falei apertando-a ainda mais em meus braços.

- Eu também, minha pequena.- ela era a única que eu permitia me chamar de pequena. - O jantar ta pronto, mas ante o seu pai quer falar com você sobre uma ligação que recebeu hoje do diretor da universidade. Você está encrencada mocinha, o que você foi aprontar?- perguntou curiosa.

- Chamei Stacye de sádica e ela me deu um tapa no rosto, eu revidei em dobro. - ela estreitou os olhos, afinal ela já conhece com quem esta lidando. - Está bem, foi bem mais que o dobro,mas ela mereceu, faz tempo que me importuna e eu não falo nada.

- Eu não entendo, vocês eram tão amigas.

- Deixamos de ser amigas porque ela quis assim, nem sei direito porque ela me afastou e agora nem quero saber.

- Está bem, seu pai está no escritório, vai falar com você lá. Diga para ele que já vou servir o jantar.

- Ok!Ok! - disse caminhando até a porta.

Descia as escadas quando avistei Violet e Eliza que iam começar a subir, mas ao me ver elas pararam e se posicionaram uma em cada lado da escada, começaram a assoviar uma macha fúnebre conforme eu a descendo, estavam eretas em uma pose exagerada como se fossem soldados. Quando estava passando entre as duas Eliza se pronunciou.

- Morta passando. - falou contendo o riso.

- Idiotas! - fali tentando não rir e falhei miseravelmente. As duas explodiram em gargalhadas.

- O papai vai te matar. - falou Violet ainda tentando se recuperar da crise de risos. - Posso ficar com seu urso gigante? - perguntou rindo da minha miséria.

- Vocês são umas horríveis. - rimos. - Vou indo antes que o papai me clone e mate todos os meus clones.

O papai estava me esperando no escritório, usei de esperteza e entrei anunciando o jantar, não queria que aquela conversa fosse muito longa. Confesso que sempre gostei de conversar com o papai, ele me ouve e tem sempre bons conselhos, além de me fazer dar boas gargalhadas.

No fim das contas ele me deu a razão, mas me disse para seguir as regras. Fomos jantar, o bife a par mediana da Lucy estava maravilhoso. Conversamos e rimos durante todo o jantar, também contei sobre o que ocorreu no colégio, sobre como dei uma surra em Stacye, minha mãe fez caras e bocas durante toda a historia, tornando tudo mais engraçado.

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É isso aí meus amores! esse foi o segundo capitulo de hoje.  Obrigada por estarem acompanhando a história. Em breve estarei publicando mais, já esta escrito só tenho que revisar e digitar.

Se não for muito incomodo, eu gostaria que vcs indicassem tags para esse livro nos comentários.

PS:" Não importa o quanto as coisas estejam ruins, depois da tempestade sempre vem a calmaria."

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