Quatro

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Nesse capítulo...
Elisabeth e Darcy tem, finalmente, sua noite de núpcias. Mas, com a aurora, eles tem sua primeira DR e um segredo de Rosings vem a tona.

Algum tempo depois, quando as estrelas já perdiam seu brilho anunciando a aurora e as velas do aposento já queimavam pela metade, Darcy apertou sua esposa entre os braços. Elisabeth aconchegou-se ao abraço se sentindo plena e feliz. Ela ergueu os olhos para o marido, reparando em seu semblante sério.
- Tão contemplativo... em que está pensando, meu marido?
Ele sorriu brevemente para ela antes de responder.
- Fora o fato de ser afortunado por ter você como esposa?
- Sim.
- Estou guardando a lembrança de ver seu corpo assim contra o meu.
Ela moveu a cabeça para olhar também. O corpo dele tão imaculado junto ao seu marcado por bambu molhado.
- Esse corpo imperfeito? Cheio de marcas...
- São suas medalhas de honra. - ele lhe beijou o alto da cabeça. - Quisera que todos os guerreiros britânicos tivessem marcas semelhantes. Não estaríamos nesse grau de devastação.
- E com certeza oportunidades para verificar isso não faltaram a grande lenda da Grã-Bretanha, não é? Principalmente as mulheres...
- Honestamente?
- É claro.
- Nenhuma. Todo meu tempo livre era dedicado a defesa de nosso país. Todo pensamento voltado a estratégias e treinamentos. Só recentemente tive meus pensamentos preenchidos com outro assunto.
- É mesmo...
- Sim.  - Darcy se moveu para beijar Elisabeth enquanto falava - E ele ocupa mais e mais...
E assim o casal retomou as carícias que os levariam ao mais alto grau de um êxtase apaixonado.

Após o ato de amor, Darcy acordou sentindo que alguém o observava e, rapidamente pegou a adaga que estava sobre a mesinha.
- Sempre pronto, senhor meu marido? - Elisabeth brincou sentada em um poltrona.
Ele devolveu a arma enquanto se levantava.
- Tenho que voltar aos meus aposentos. Vou reorganizar a guarda e sair no encalço de Wickham.
Elisabeth se levantou e foi até o marido.
- Me diga que horas ira sair para que eu me prepare para ir com você. Acabaremos com ele e...
Darcy parou de se vestir e a interrompeu evitando olhar para Elisabeth.
- Eu disse que eu vou atrás de Wickham. Você ficará aqui. Rosings é a maior fortaleza de Hertfordshire. E a mais segura.
- Eu não vou ficar!  Eu jurei a mim mesma que nunca mais iria passar momentos aterrorizantes como os que eu passei na ponte Hinghan quando achei que você estava morto.
- E eu não vou ficar na agonia de ver você em perigo novamente.
- Isso não irá mais acontecer, Darcy.
- Não irá mesmo, Elisabeth. Por que você irá ficar.
- Não vou ficar em Rosings. - ela bateu o pé. - Sou sua esposa e vou ficar ao seu lado.
Darcy terminou de se vestir e foi até a porta.
- E eu sou seu marido e estou dizendo que você não vai comigo.
Elisabeth pegou a adaga sobre a mesinha e atirou na direção da porta. Darcy só teve tempo de desviar para o lado. A adaga, que ainda tremulava fincada a porta, tinha acertado uma abelha.
Ele olhou surpreendido para a esposa.
- Pontaria impressionante!
Ela cruzou os braços irritada.
- Do que está falando? Eu errei!
Um grito pós fim a discussão. Darcy arrancou a adaga da porta e Elisabeth pegou outra que estava sob o travesseiro e os dois correram para o corredor dos quartos.
As portas começaram a se abrir.
- O que foi isso? - perguntou Bingley. Jane estava ao lado dele já armada com suas adagas.
- Santo Deus! É um ataque? - indagou o Sr Collins ainda em seus trajes de dormir.
- Veio dos aposentos de lady Anne. - Elisabeth constatou olhando para Darcy.
- Voltem para seus quartos e tranquem as portas. - ele ordenou ao retomar a caminhada em direção ao fim do corredor. Percebeu que Elisabeth estava junto dele.
- Por que está aqui ainda? Não pedi que voltasse para o quarto?
Ela não respondeu limitando-se a acenar com a cabeça que não.
Eles chegaram até o quarto de lady Anne e tentaram escutar algum ruído. Nada ouviram. 

Cuidadosamente e devagar abriram a porta

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Cuidadosamente e devagar abriram a porta. Com uma rápida olhada eles viram lady Anne e sua dama de companhia debruçadas sobre o corpo de uma das criadas banqueteando-se. A presença dos dois, elas ergueram as cabeças. Suas bocas e queixos estavam sujos de sangue fresco e seus olhos voltaram-se para o casal.

Elas deram um rugido e se ergueram rapidamente na direção deles. Cada um se moveu para um lado e as lâminas atingiram-nas ao mesmo tempo, decepando-as.
- Como elas foram infectadas? - indagou Darcy. - Lady Anne permaneceu dentro da casa durante a batalha de ontem.
Elisabeth começou a vasculhar o corpo de lady Anne e viu um ferimento no tornozelo da moça.
- Olhe isso! É uma mordida, mas não é recente.
Darcy se aproximou para olhar.
- Como ela poderia ter escondido os sintomas? E Lady Catherine não notou nada de estranho?
Um ruído na porta atraiu a atenção deles e o casal já se virou pronto para atacar, as adagas em riste.
- Oh Santo Deus! - O Sr Collins entrou no aposento fazendo o sinal da cruz. - Lady Anne e sua dama. Pobre Lady Catherine. Seu segredo descoberto!
- Segredo? Do que está falando Collins? - Darcy se aproximou do clérigo. Sua expressão grave e sua alta estatura poderiam intimidar até o demônio, quanto mais o jovem clérigo.
- Ah, er... - ele olhava dos cadáveres para Darcy e vice e versa. - Será que poderíamos conversar em outro lugar?
- Não. - foi a resposta lacónica dele.
- Er... Sim, é claro. Bem... quando eu assumi o cargo em Rosings, lady Catherine colocou minha mão sobre a Bíblia e me fez jurar de que eu levaria seu segredo para o túmulo.
- Que segredo, Sr. Collins? - perguntou Elisabeth.
- Que a filha de lady Catherine era uma não mensurável.
- Desde quando?
- Ha dois anos. Elas estavam indo para Derbyshire quando a carruagem em que elas estavam foi atacada por uma horda de mortos-vivos. Lady Catherine os enfrentou. Mas lady Anne e sua dama de companhia foram atacadas. Lady Catherine e alguns estudiosos haviam desenvolvido um soro que era capaz de retardar os sintomas da degeneração.
- Mas era muito arriscado! Manter duas mortas-vivas assim dentro da casa... - Darcy estava estupefato.
- As pessoas são passíveis das maiores loucuras quando amam. As mães muito além disso pelos seus filhos. - sentenciou Collins.

Amor e Armas - Uma fanfiction OPZWhere stories live. Discover now