Capítulo 37 - Sentença

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- Obrigada, Eliza. Tenho que ficar deslumbrante hoje. - Respondeu confiante e animada, enquanto se olhava no espelho.

- Para a volta do sr. Collins? - Indagou a mulher curiosa.

Camila permaneceu com o olhar fixo ao seu reflexo no espelho, enquanto um sorriso diabólico nascia em seus lábios. Não era exatamente para volta de Christopher que ela tanto se arrumava, pelo contrário, Camila queria estar simplesmente magnifica para ver os últimos suspiros de esperança do rei.

- Claro, Eliza. Para volta de Christopher. - Mentiu.

- Espero que dê tudo certo, o senhor Collins não merece passar por isso. - Disse ela um tom realmente preocupado.

Karla a fitou com certa atenção, analisando a postura preocupada da empregada para com seu patrão. Eliza realmente acreditava que Christopher possuía algo bom?

- Vejo que realmente se preocupa. - Camila disse, enquanto colocava seu sobretudo bege.

- Aposto que ele irá voltar. - Murmurou esperançosa.

- Sabe, Eliza, eu não colocaria todas as minhas fichas nisso. Christopher está lá por um motivo, e se for realmente provado que foi culpado, é melhor se acostumar com ausência dele. - A morena falou antes de capturar sua bolsa sobre a cama. - Não precisa ficar hoje, termine de fazer o que precisa, e depois vá para casa. Está liberada pelo resto do dia.

- Sim, senhora.

Camila sorriu de canto, e deixou o cômodo com certa pressa. Carlos, seu motorista, assim que a viu deixar a mansão Collins, se adiantou a abrir a porta do Rolls- Royce prata, dando espaço para que ela adentrasse no carro de luxo. A latina se acomodou sobre o banco de couro que tinha um tom de caramelo, deixando sua bolsa no banco ao lado. O trajeto se escorria tranquilo, apesar do amontoado de informações que se cruzavam em sua cabeça. Camila a todo instante se forçava a acreditar que aquele finalmente seria o desfecho de sua história, mesmo quando sua intuição alertava que algo ainda estava por vir. O que de tão ruim poderia acontecer? Christopher não tinha chances de ser absolvido, tinha? Ela meneou com a cabeça em um sinal negativo, tentando afastar qualquer possibilidade de algo dar errado. Talvez aquilo nada mais fosse do que nervosismo e ansiedade por um dia tão importante.

- Quer que eu desligue? - Carlos indagou, atraindo a atenção da morena.

Camila o fitou sem entender, quando o motorista apontou para as telas de LED acopladas nas costas dos bancos da frente. Nos televisores se passava uma matéria em um jornal, sobre o caso Collins, e o seu tão esperado julgamento. O país inteiro estava à espera da resolução daquele caso. Todos queriam enfim saber se o magnata do petróleo era mesmo um criminoso.

- Não, deixe, eu quero ver.

Haviam inúmeros jornalistas e fotógrafos em frente ao tribunal de justiça, à espera da primeira informação que os tornaria privilegiados da notícia que tanto ansiavam.

"O empresário se encontra a caminho do tribunal, está vindo em um carro forte, escoltado por uma equipe de segurança da penitenciaria. Hoje vamos descobrir se Christopher Collins é mesmo culpado pela morte de seu antigo sócio, Charlie Cooper."

- Ainda há dúvidas? - Sussurrou Camila.

- Disse alguma coisa, senhora?

- Não, Carlos. Não se preocupe.

A mulher voltou a atenção ao noticiário que continuava a relatar todas as informações.

"Agora vamos falar com a agente responsável por desvendar toda essa gama de informações sobre o empresário. Lauren Michelle Jauregui, cidadã americana, responsável pela equipe de grandes casos da delegacia de Nova Iorque."

Xeque-MateWhere stories live. Discover now