"Eu quero que ele tente." Harry afastou sua mão da mão de Louis. "Abra, Abraham."

Abraham abriu, mastigando. Poucos segundos depois, ele franziu a testa. "Não..." Louis estendeu a mão para ele cuspir. "Nojento..."

Louis sacudiu a cabeça, "Agora você deve comer um pedaço já que fez o meu filho provar disso."

"Não, obrigado." Harry pressionou o fundo do lixo com o pé, despejando o conteúdo. Ele sorriu quando Louis o encarou, "Acabou."

-

O céu estava nublado, o vento era rápido -violento. As árvores tinham pequenas flores, cobertas com pingentes de gelo. Era tudo muito bonito. O clima deu uma volta muito severa ao longo de um dia. A neve havia caído durante a noite, envolvendo o chão em uma cor esbranquiçada. Abraham e Louis estavam vestidos em roupas quentinhas. Em roupas mais grossas do que o habitual -eles estavam quentes. Apesar disso, pareciam estar congelando -muitas pessoas não estavam saindo de dentro de suas casas por causa do frio. Louis foi dispensado do trabalho devido ao tempo. Era 15 de dezembro. O Natal viria em breve e Louis guardou algum dinheiro para os presentes de Abraham.

O Natal não era uma época do ano muito importante em seu mundo, mas era comemorado. Louis queria tornar a data boa para seu filho -memorável.

Era sete da manhã.

Harry ainda não havia ligado, ele costumava telefonar às nove e meia ou dez horas.

Louis e Abraham tiveram uma noite difícil, o aquecedor desligou no meio da noite, acordando-os com um despertar muito rude -e frio-.

Louis enrolou o filho e o levou até o carro. O aquecedor parecia melhor, mas o sono, não. Era sete da manhã e eles estavam dormindo em um carro -Louis não pôde deixar de se sentir bravo consigo mesmo.

Ele se esqueceu do exame médico de Abraham que será hoje, às nove horas -então, ele não ter que ir trabalhar era uma grande vantagem. Ele realmente não queria ir, pois estava cansado.

Eventualmente, ele teve que sair do carro, sem dar banho em Abraham ou nele mesmo. Ele se certificou de que eles estavam aquecidos, antes de preparar o café da manhã.

O consultório do médico era um pouco distante, eles tinham que sair agora.

Louis alimentou a criança com um pedaço de banana e também comeu um pedaço da fruta. Abraham mastigou silenciosamente -foi uma manhã tranquila. Ele pegou sua xícara de chocolate quente, bebendo com apreciação.

Abraham abriu a boca para outro pedaço do alimento. Louis colocou a cabeça em sua mão, fechando os olhos por um minuto. Ele abriu algum tempo depois, vendo seu filho fazendo o mesmo. Louis sorriu suavemente, passando os dedos pelos cabelos de Abby.

Eles saíram, a estrada não era a mais segura para dirigir, mas Louis estava confiante em suas habilidades como motorista. Algo em que ele era realmente muito bom.

Abraham faria um exame completo e tomaria uma injeção. Ele tinha três anos e precisava de sua injeção anual. O vento era nítido quando atingia a pele, então Louis se assegurou em dar a Abraham seu cachecol (o cachecol de Harry). Louis amava o frio, mesmo que o fizesse tremer e colorisse sua pele com a cor rosa ou pálido -ele gostava. Era seu lobo interior agindo.

Abraham, provavelmente, daria um escândalo quando descobrisse que iria receber uma injeção, sendo assim, Louis trouxe seu cobertor seguro para acalmá-lo. Tudo o que ele queria era estar em um ambiente acolhedor -felizmente, a sala de espera estava quentinha.

Cold Little HeartWhere stories live. Discover now