And now I began to understand

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Harry Styles estava com medo.

Ninguém o ajudava, ninguém parecia realmente se importar com o fato de Louis estar com Ryan, e, o fato dele ser pai do menino, parecia aliviar a todos, parecia que todos diziam "esse está com o pai, menos um para cuidar, o que acontece não é nossa conta".

Harry não se lembrava da última vez que se sentira assim. Talvez ele nunca tenha se sentido desse jeito. Mas era ansiedade misturado com preocupação e medo, e aquilo parecia puxa-lo para baixo aos poucos, como uma areia movediça.

Cada vez mais que ele pensava em Louis, mais ele ficava sem respostas, e aquilo o assustava. E se não achassem Louis? Ou, se quando resolvessem o procurar, já fosse tarde demais? Por que ninguém parecia se importar com ele? Não era sua culpa de nada, ele não pediu para nascer e Harry queria gritar isso para todos que estavam na Sala Oval mais cedo.

E ele não acreditava que sua mãe estava do lado imbecil. O lado da mentira e dos que queriam apenas se livrar de um problema. Louis não era problema, e Harry sabia disso.

Louis precisava de uma família, e Harry, por um momento, jurou que sua família seria isso para ele. Mas agora "Ryan é pai de Louis"? Seria tão difícil assim provar que isso não quer dizer nada? Louis sabe o que aconteceu, aquela psicóloga também. Então chamem ela!, Harry pensou, chamem ela! Façam uma declaração, briguem em tribunais, lutem por Louis, lutem por alguém que nunca ninguém se importou em lutar.

Harry queria esvaziar a cabeça e dormir.

Dormir, ele precisava dormir.

Sono.

Era tão fácil, mas suas pernas estavam no automático e elas apenas andavam de um lado para o outro no quarto. Seus olhos pesavam de sono, mas ele sabia que se deitasse não conseguiria dormir pois seus pensamentos estavam em Louis. E, se conseguisse, seria apenas para ter pesadelos.

Por que aquilo o estava afetando tanto?

Louis merecia. Mas era diferente de algo que Louis merecia. Era mais do que o necessário.

Harry estava tão confuso que seus pensamentos se embaralhavam, a ponto de fazer com que o menino sentisse vontade de gritar para ver se aliviava.

Os pressentimentos eram ruins, é claro. O que se poderia esperar de Ryan? O pior e somente o pior. Aquilo o assustava. O aterrorizava.

Pare, Harry pensou, pare com isso, durma, durma, você precisa dormir, "nada mata um homem mais rápido que sua própria mente" ele repetiu o que havia lido em um livro da escola quando adolescente "nada mata um homem mais rápido que um...

Ele deixou seu corpo cair na cama, e em segundos o sono venceu sua ansiedade.

Não — Ryan disse através de uma câmera, onde sua imagem era exibida no centro de operações da Casa Branca — eu não quero dinheiro.

— O que você quer, Ryan? — Bill perguntou, passando a mão no rosto.

Eram quase duas da manhã, Bill estava cansado, mas se viu obrigado a fazer algo depois que Harry gritou com todos. Ele sabia que o garoto estava certo, mas, se a Câmara soubesse sobre isso, ele estaria com muito mais problemas.

A câmara tinha que aprovar qualquer coisa em relação ao Ryan antes que fosse feita. E ele sabia que ele sendo pai de Louis, um pedido de salvação a Louis não adiantaria; não importava o que as notícias diziam.

Mas agora ele estava decidido a não continuar com aquela besteira. Era Louis e era Ryan, e ele, assim como todos dali agora, sabia pelo que o menino havia passado.

Acesso ao computador principal da rede do Pentágono, só preciso de cinco minutos com o usuário e senha — ele disse e todos olharam para Bill, assustados com o pedido.

Bill ponderou. Eles teriam como impedir Ryan de realizar isso. Então essa era sua chance.

— Ok, isso pelo Louis — todos continuaram com os olhares em Bill, mas agora de incredulidade.

Hm, ok — Ryan deu de ombros e sua imagem congelou na tela, mas ainda era possível ouvi-lo — trocaremos isso amanhã as duas horas. Deixo o menino no portão. Mas só deixo com que o soltem quando receber um e-mail e confirmar que estão certas as informações.

— Tudo bem — Bill disse, sabendo que seria o melhor acordo que conseguiria — daremos as informações a você pela manhã, queremos-

Não, de noite — Ryan disse, o cortando — ainda tenho coisas para fazer — e sorriu.

— Ryan, se você tocar um dedo em Louis... — Bill o ameaçou.

Isso não é da sua conta — e a chamada por vídeo foi encerrada.

Bill estava sem palavras. Ele agora entendia o desespero que Harry sentia, e começava a sentir o mesmo. Agora mais do que nunca ele sabia que tinha que pegar Louis o quanto antes, mas também sabia que teria que esperar. E esperar que nada de ruim o acontecesse.


O sol subia ao céu devagar. As nuvens estavam em peso, deixando o tempo sombrio com o amanhecer. O vento soprava forte para dentro do quarto de Harry no segundo andar da Casa Branca. Ele havia acordado cedo, antes mesmo dos pássaros começarem com o barulho nas árvores, e, observando o tempo pela janela, seu pensamento estava em Louis.

Louis está bem? Era a pergunta que se repetia em sua cabeça. Se ele não tivesse dormido, se ele tivesse ficado com Niall, se ele tivesse ouvido Niall saindo, nada disso teria acontecido. Ele não sabia exatamente porque se culpava, mas ele se culpava.

Eram sete horas em ponto quando duas batidas foram ouvidas na porta de seu quarto, e Bill colocou a cabeça para dentro.

— Ryan entregará Louis de noite — e Harry abriu um sorriso, mas seu coração ainda pesava em saber que faltava horas para isso.


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A história está chegando na sua metade!!!! Tô muito feliz de ter conseguido, e de não ter desistido (depois de querer muitas vezes), e muito obrigada pra todos vocês que leem, comentam (me divirto muito), votam e etc. Obrigada, porque foi por esses motivos que não desisti shshdjfk, até o próximo (que eu vou tentar postar somente semana que vem).

To Hell To You • {larry}Where stories live. Discover now