the kids aren't alright

você não precisa aguentar o que não deve

1:

- Eu não posso fazer isso, não posso. - Disse repetidas vezes a garota que chorava compulsivamente.

A mesma estava sentada no chão de seu banheiro e sentia as lágrimas molhar seu rosto.

- Por que não? - Perguntou uma voz desconhecida que vinha de sua cabeça tentando fazer com que ela desista de não se cortar.

- Eu prometi a eles que não faria isso de novo. - Respondeu a mesma que tapava os ouvidos tentando abafar a voz que falava com ela, mas como fazer isso sendo que era a voz de seus próprios pensamentos?

- Se eles realmente se importam com você, por que eles são a causa de sua dor?

Após ouvir essas palavras, ela pegou seu objeto cortante e começou a se cortar sentido a sua dor desaparecer, mas ela sabia que logo, a mesma voltaria.

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2:

- Saia daí, por favor. - Disse a garota que olhava a outra na beira do prédio desesperada, com medo de perder sua amiga.

- Eu não aguento mais isso! - Respondeu a garota que já estava aos prantos.

- Por favor, não. - Suplicou a garota tentando convencê-la de não pular.

- Eu não aguento mais eles, você, meus pais, EU NÃO AGUENTO! - Ela deu um longo suspiro e olhou para baixo, a mesma tentava secar suas lágrimas, mas era impossível parecia ser impossível. Ela olhou para a sua amiga, sorriu triste e disse. - Adeus...

Ela fechou os olhos e soltou o seu corpo fazendo com que a gravidade a fizesse cair rapidamente. A garota sentia o vento batendo em seu rosto e emaranhando seu cabelo.

O prédio era alto o suficiente para que ela pudesse ao menos ouvir sua amiga se lamentar, a garota fechou os olhos com mais força e sentiu uma sua cabeça chocando com o chão, fazendo-a perder todos os seus sentidos e apagar de vez.

3:

- Por que você fez isso novamente? - Perguntou um homem parado ao lado da cama, onde se encontrava uma garota com os pulsos enfaixado.

Ela encarava o céu nublado daquele dia enquanto ignora completamente a presença do homem parado ao seu lado.

- Me responda. - Disse o homem com o tom de voz mais alto, ela respirou fundo e levou o seu olhar em direção ao homem, o encarando com desprezo.

- E você se importa? - Respondeu de uma forma ríspida.

- Claro que me importo. - Respondeu o homem já com o tom de voz baixo. - Agora me responda por que fez isso? Por acaso não doí? - Perguntou o homem, tentando não transparecer seus verdadeiros sentimentos em relação a esse situação.

Ela desvia o olhar do céu e encara o homem, seu olhar parecia estar morto.

- O que doí realmente são as palavras que saem da sua boca. - Disse a garota com as bochechas já encharcadas por conta de suas lágrimas. - Pai... Na próxima, me deixe, ok? Por favor...

Continua...