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-Olha aqui anjo, intimidade é só com Alex mesmo, então se você não quiser ter a cara arrastada na lama tira essa mão da minha perna -Trinquei o maxilar -Sabe de uma coisa, eu cometi um erro. O que eu estou fazendo aqui? o Alex, meu bolinho está vivo, continua sendo um filho da puta, mas é meu bolinho -Falei já de pé
-Ok, ok, vamos conversar. Eu nem te conheço direito -Falou calmo -Senta aqui do meu lado -Pediu dando batidas no sofá.
Respira... Inspira... Respira... Inspira... Ok, me sinto mais insignificante do que um aquário vazio.
Não tem problema me sentar, afinal, preciso saber mais da pessoa em que esta comigo no meio do nada.
Me sento.
-Você ainda pensa em suicídio? -Perguntou
Já começou com pergunta burra, nem parece que me puxou da beira de uma ponte a algumas horas.
-O meu nascimento já foi um erro tá ligado, meus pais sempre arrumavam um jeito de me menosprezar, principalmente a minha mãe. Tratam a Jaqueline como princesa e eu nunca intendi o motivo, até porque eu nem lembro muito da minha infância, eu não tenho nem foto de quando eu era pequena. Um dia minha mãe chegou em mim e pegou um carrinho que estava na minha mão e quebrou na minha frente e falou com todas as letras que me odiava. -Nessa final uma lágrima indesejada escapou.
-Nossa, mas que mãe é essa? Por que você não fez nada? -Pedro perguntou limpado as lágrimas que escorriam pelas minha bochechas.
-Eu ouvi tudo aquilo, doeu muito, mas guardei dentro de mim e fingi que estava tudo bem.
Abri um sorriso.
-Já superou tudo isso que fizeram com você? -Perguntou preocupado.
-Não
-Mas você está sorrindo... Talvez o sorriso mais lindo que eu já vi. -Falou
-É hábito
-Sorrir?
-Fingir!
Ficou um silêncio bem estranho por uns vinte minutos. Ele não desviou os olhos de mim.
-Se quiser parar de me olhar assim eu agradeço, você está parecendo um psicopata. -Falo e ele ri
O celular dele toca.
-Alo -Fala ele.
Uma expressão de apavorada surge rapidamente no rosto dele.
-O que aconteceu? -Pergunto morta de curiosidade.
-Jade, parece que o seu pai sofreu uma parada cardíaca e a Jaque falou que ele está chamando o seu nome.
ESTÁ A LER
|SUICIDA em um INTERNATO|
Teen Fiction"As vezes paro e penso: Por que não me matei ainda?" Uma menina que se tortura com os próprios pensamentos, que sente medo de ser feliz. Os seus pais rejeitaram a sua existência de uma forma tão cruel. O seu melhor amigo foi assassinado...
