8* Un semplice testo

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*André

O meu irmão é tão chato. Foi para casa de um amigo quando saiu da faculdade e não me avisou. Eu vim até ao ISMAI, fiquei à espera 1 hora e só agora é que ele me avisa... Só pode estar a gozar comigo. Ele tira-me do sério.
Tinha logo de ser hoje, tenho um jantar marcado com o pessoal e ele sabe muito bem disso.

-Eu queria saber se tu não tens telemóvel? - disse quando ele entrou no carro.

-Ai desculpa pá. Nunca mais me lembrei.

-Eu tenho cenas marcadas ó parvo. Para a próxima vais a pé.

-Vais sair com a Lé?

-Quem?

-Allegra. É esse o nome dela não é?

-E tu tens confianças para tratá-la por Lé? E não, não vou sair com ela.

-Hum sei.

-Sai-me mas é do carro, que eu já vou direto para casa do Bernardo. Baza.

Queria matá-lo. Era a ele e não a rapariga que ia atravessar a passadeira. Tenho de prestar mais atenção na estrada. Fogo.
Cheguei a casa do Bernardo, estaciono e quando ia a subir em direção à porta, chega uma rapariga.

-Lé?

Ela simplesmente ficou confusa.

-Allegra, que estás a fazer aqui? - disse cumprimentando-a.

-Vim jantar a casa de um amigo do Ricardo. Não o conheço.

-É o Bernardo, um amigo meu. Também vim jantar. Vamos subir.

Isto está cada vez mais estranho. Quem é o Ricardo? Não o conheço. E o Bernardo nunca me apresentou um Ricardo.

-Ei maltinha, então?

-Ganda André... Mano anda cá, tenho umas fotos de uma gaja para te mostrar. Vais ficar tolo. - disse o Sá, extremamente animado.

-Até tenho medo.

-Quem é a tua amiga?

-É amiga do Ricardo. Lembraste dele? Aquele que foi connosco de férias o ano passado. - disse o Bernardo quando entrou na sala. - Então mano, tudo?

Sorri e entretanto a campainha tocou. Era o Ricardo.
É claro que eu sabia quem ele era.
Ele é gay e atirou-se a mim numa festa, já faz alguns meses.

-Olá pessoal. Olá André. - disse e olhou-me de uma maneira um pouco assustadora. - Esta é a Allegra. Uma amiga minha.

-Olá. - todos disseram e levantaram-se para ir para a mesa.

Sentou-se o Ricardo, a Allegra do seu lado direito, ao lado dela o Sá. À frente do Ricardo estava o Bernardo, eu à frente da Lé e o Alex ao meu lado.

A comida estava ótima e a conversa já ia lá sei aonde. Mas chamou-me a atenção a conversa entre o Alex e o Sá.

Alex -Hoje tive de ir à loja do Porto na rua Santa Catarina e encontrei uma espécie de diário no chão. É tipo, abri né? É tinha uns textos marados e em italiano. Ainda não me dei ao trabalho de traduzir, mas também não sei de quem é. Não tinha nome nenhum.

Sá -Se calhar a pessoa anda aflita atrás dele. Devias ter deixado no mesmo sítio.

Tava a prestar atenção àquilo até que a Allegra fala.

-Hoje perdi um caderno um Porto.

-Ah? - eu e o meu estúpido problema de não ouvir as pessoas quando elas falam sem eu estar a contar.

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