Capítulo 7 - Sussurros

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COMENTEM!! COMENTEM!! COMENTEM!! É mtoooo importante ;)
Fiquei praticamente 2 meses sem postar, porque desanimei muito. Então, caro leitor, que tal deixar um comentário? Juro que os dedos não vão cair!
Esse capítulo é dedicado a leitora MARAVILHOSA, DuddaDuarte, que tem comentado em cada parágrafo, o que me deixa muito feliz!
P.S: o capítulo não é divido em 2, mas o próximo se passa no mesmo dia.
CRIEI UMA PLAYLIST NO SPOTIFY PARA O LIVRO >> https://open.spotify.com/user/12156546292/playlist/66Q2774FPtQBdFKy84j5uo?si=2NxpB5SES5uZ83uintrDww
Boa leitura!
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31 de Outubro de 2017 - Manhã de Halloween.

As batidas rítmicas da bateria despertaram-a de seu sono profundo. A sensação era de que uma bola de demolição estava derrubando as paredes da casa, entretanto era apenas o ensaio da banda de Charlie, no porão. Eles iriam se apresentar em West Fall durante o Festival de Halloween daquela noite.

O clima horripilante que a cidadezinha adquirira era perfeito para a data, talvez nem precisassem de decoração e fantasias, apenas os vultos das pessoas em meio a névoa já era de arrepiar a espinha. Porém, ao observar o movimento da rua pela janela do quarto, os vizinhos não pareciam desanimados: abóboras esculpidas, luzes coloridas, estátuas e máquinas de fumaça enfeitavam os jardins.

Será o Halloween mais horripilante de todos os tempos.

Jogou as cobertas de lado e desceu as escadas correndo, quase tropeçando no penúltimo degrau, em direção ao porão. Não passava das seis da manhã, era um absurdo ser acordada pelos acordes desafinados dos garotos. Descontou todo o seu mau-humor na porta batendo com força até o som cessar e os olhos castanhos amendoados de seu irmão a encararem:

—O seu ritmo é ótimo quer se juntar a nós? — Disse Charlie zombeteiro, fazendo-a revirar os olhos.

—Muito engraçado, não existe milagre que possa fazer vocês soarem bem. — Mentira. — Desistam.

—Por que não nos mostra como se faz? — Silabou em um tom desafiador. Era verdade: a garota tinha aprendido a tocar com Charlie há alguns anos, não era um talento natural como o dele, precisara de um pouco de esforço para soar razoavelmente bem. Ela sorriu.

—Não sei essa música.

—É claro que sabe, estamos praticando o mês inteiro. — E jogou as baquetas em direção a irmã.

Adentraram ao porão, o cheiro de colônia masculina e pacotes de salgadinho se misturavam no ar, ao contrário do esperado era um lugar relativamente limpo. No canto um sofá escuro e uma mesinha de centro com porcarias que não poderiam ser chamadas de café da manhã, enquanto que na outra extremidade os equipamentos se misturavam em um emaranhado de fios e caixas de som. Os pôsteres das bandas mais famosas eram colados no teto, porque nas paredes era clichê demais.

Ian, o guitarrista, a cumprimentou com um aceno, estava aproveitando o intervalo para lustrar pela milionésima vez o instrumento de cor branca. Porém, Andrew era mais caloroso e veio dar um abraço em sua paixão platônica, que só agora lembrara que usava pijamas de cachorrinhos.

—Desculpe te acordar, Kath. — Ao fundo o irmão da garota balançava a cabeça em negativa, todos sabiam da paixão não correspondida, mas só o vocalista não parecia perceber. — Sabe o quanto esperamos por esse dia depois do fiasco em agosto, não é?

—Bom dia para você também. — Kath se afastou com um tapinha nas costas dele, se aproximando da bateria. Por mais que ouvisse todos os dias de manhã não tinha certeza das notas, mas iria tentar.
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Quando as Estrelas se ApagamOnde as histórias ganham vida. Descobre agora