Saindo do escuro.

En başından başla
                                    

Fiquei calada, eu não tinha nada para dizer. "Eu sou dele, e ele é meu. Faço parte dele agora Jean..."

As palavras ecoavam na minha mente como se fossem martelos, um, por um, batendo forte.

Achava que eu estava me incomodando demais, então lembrei que eu não ficava calma facilmente com coisas irritantes.

Dylan abriu a porta esquerda onde Vlad estava sentado, ela me enxergou ao lado dele e demonstrou sua expressão afiada quando percebeu que ele estava muito próximo a mim. Ela se sentou e se endireitou para colocar sua mão sobre a sua perna. Ela estava elegante, mas de um jeito meio vulgar.

- Isso vai ser divertido.- ela diz entre risos curtos. Fecho os olhos e tento me imaginar em outro lugar.

Senti meu rosto repousar na janela do carro e percebi que não estava mais perto de Vlad. Ele estava com Dylan, segurando a sua mão, eu me afastei dos dois e fiquei olhando para fora. As árvores eram mais verdes no verão, era tão triste quando chegava o outono, por que as folhas caiam mortas, velhas e sem vida. Mas elas renasciam.

Olive, Liam, Ross, minha mãe...
Pensei em todos, em como ficariam quando descobrirem que eu havia sumido. A essa hora eles já sabem. Eu pensava em tudo o que eu estava deixando para trás, e eu teria tido ao menos uma chance de poder escolher?Não.

Talvez eu nunca poderei voltar.

Vlad saiu do carro acompanhado de Dylan, quando paramos em um lugar que parecia um aeroporto particular. Quanty abriu a porta para eu poder descer, ele fechou assim que eu saí, olhei em volta e encarei um jato branco quase com listras pratas nas asas, fiquei fascinada e andei em direção a ele.

- É um gulfstream G650.- digo em um sussurro. Um jato daquele, era bem caro e diferente em todos os aspectos.

- Então a humana entende de jatos.- Quanty falou atrás de mim.

- Um pouco.- digo aborrecida por ele ter me chamado de humana, lanço um olhar de raiva.- E a propósito, meu nome é Jean. Não humana.

- Como quiser.- diz e me viro para o jato.- Não se sente incomodada? Por estar aqui e com eles?

Eu volto a encará-lo com o rosto meio confuso. Ele aponta apenas com um olhar para Dylan e Vlad que estavam juntos analisando uma papelada.

Eu sorrio para ele discretamente.

- Por que eu estaria?- cruzo os braços.-Somos amigos. Só isso e nada mais.

- Amigos?- ele perguntou com a expressão desorganizada.- Um vampiro, ainda mais da realeza, amigo de uma humana como você?

Suspiro lento com o insulto.

- Isso mesmo, como eu.- ele pareceu não ficar satisfeito com a resposta, então fez um sinal para eu subir no avião.

Entro e admiro o clareamento de todas as poltronas bem revestidas, mesas eram envolvidas pelo chão e baldes com champanhe estavam sobre elas. Fiquei olhando por alguns instantes o que parecia ser um quarto. Ele estava muito arrumado e tinha espaço de sobra para caber uma família, uma cama de casal tomava toda a atenção do quarto, ela estava coberta com travesseiros bem macios e cobertores gordos e bem bordados de cetim. Não era para eu estar aqui. Disse para mim mesma.

- A onde você deseja ficar?- Quanty pergunta quando saio discretamente do quarto.- Na cabine presidencial junto de...

Me retiro da frente dele e vou para o pequeno bar que havia no centro do jato. Sentei em um banco com acabamento de couro e senti algo no bolso de trás da calça jeans. Era o meu celular.

Puxei ele rapidamente e vasculhei meus contatos. Apertei discar em "Liv" e esperei atender, levei a mão a testa quando a ligação não mostrou área de serviço, desliguei o celular e o enfiei de volta no bolso. Fiquei girando o anel de girassol que estava no meu dedo indicador e imaginando como eles estavam em casa. Ignorei Quanty, não queria sua simpatia forçada, ou seu cavalheirismo muito bem exigido, ele estava ali para me levar a um lugar cheio dos dele, para me "examinar" e ver o que me torna "diferente" por que para eles, eu não era uma humana normal.

Ouvi risadas vindo da cabine presidencial e supôs que era as risadas de Dylan. De quem mais seria? Olhei através da janela e percebi que não estávamos mais no chão e sim no ar. As nuvens estavam bem fofas, tornando o céu mais bonito de se ver. O que havia lá embaixo, uma cidade, árvores e estradas, agora eram tudo migalhas em um tapete de névoa.

Eu estava pensando a onde eu iria ficar, não queria ficar perto de Dylan e de Vlad. Eles estavam tão próximos um do outro que era impossível ficar no mesmo cômodo que os dois sem se sentir pequena.

Entro em uma cabine que parecia uma cozinha americana pequena, com pratos e bandejas cheias de guloseimas e champanhe. Algumas tinham pratos com comida italiana, me sentei em uma cadeira bem próxima da janela que havia ali.

Abraço as pernas e me sinto tão confortável, a cadeira também tinha acabamento de couro e era toda vermelha.

Amarro o cabelo em um coque e deico alguns fios caídos sobre os ombros.

- Você gosta mesmo de ficar sozinha.- Quanty surge na porta um tempo depois.

- Não, eu só não quero estar na presença das pessoas que estão me sequestrando.- rebato olhando para a janela.

- Não estamos sequestrando você.- diz indignado.

- Então estam passeando comigo?- pergunto.- Não quero ofender, mas esse passeio está uma droga.

Ele saí da porta e se encosta na parede branca da cozinha, ficando de frente para mim.

- Você me intriga, garota.- ele me examina dos pés a cabeça.- Há algo que não está certo em você.

Reviro os olhos para cima bem rápido.

- A única coisa que não está certa por aqui é a sua falta de sensibilidade.- digo colocando as pernas no chão.- Você me tirou de onde eu estava segura! Me tirou dos meus amigos e da minha família!- eu aponto para fora.- O que mais você quer além de deixar claro suas intenções sobre mim?

- Você acha que eu quero alguma coisa de você?- dou de ombros com a raiva nos limites.- Me enfrenta com tanta facilidade e não se importa com os riscos.- abaixo a cabeça e bato os pés.- Você não tem medo de mim?

- Eu não preciso.- seu sorriso era curto.

- Os humanos costumam ter medo do que não podem controlar.

- Mas não sou como os outros humanos, se é que você já percebeu.- Me endireito na cadeira.

- Eu percebi muitas coisas a seu respeito, Jean Mhorelly.- seu tom era calmo.- Sou um homem muito observador.

- Então terei que pensar se você é o mocinho ou o vilão.- digo e ele bufa.

- Nós vampiros, somos todos vilões aos olhos humanos.- ele põe a mão no balcão e bate os dedos de leve.- Monstros que vocês rejeitam, monstros que não podem manter sobe controle.

- Não é assim que boa parte das pessoas vêem vocês nas lendas.- rebato.- Nem todos precisam ser monstros, você só se torna um se escolhe ser um.

- Eu nasci vampiro.- ele limpou a garganta.- Isso não foi bem uma escolha.

- Devia se orgulhar do que é então.

- Mas eu me orgulho.- ele diz bem suave.- Me orgulho do título da minha família e do que sou.

- Família.- coloco meu cabelo para trás e volto a olhar pela janela.- Pelo o menos sei que seu coração não é tão frio quanto a sua alma.

- Quem dera que você estivesse certa.- diz indo em direção a porta da cozinha.- Vou ver como Vlad está e depois volto para checar se você precisa de alguma coisa.- Ele diz e Olho em volta.

- Eu estou bem, obrigada.

Meu vizinho se chama Vlad Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin