Poema Atual

126 25 10
                                    

Peito em dor

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Peito em dor

Pressão do mundo
Tanto despudor cercando-me o entorno

Difícil ser feliz sabendo a verdade
Tudo por um triz. Onde está a piedade?

Há quem se deleite com o torpor
Que prefira o desespero
Que não sinta o ao redor
Que não reconheça o sorriso alheio

São tantos, tão convictos
Espalhados como memes
Envolvendo os circuitos
Presos em bytes e dando choques

Os meus estão bem
Mas meu sorriso não é completo
Soa vaidade. Egoísmo que me vem
Mas só posso ser alegre com o todo
Vendo a alegria daqueles que não tem

Não quero ver o sangue
Saindo de cada pixel
A realidade suja na tevê
A humanidade que se perdeu

Queria me bastar
Não me preocupar
Poder ignorar
Sem o mínimo pulsar

Viver preso em minha criação
Ser livre, um lunático
Um homem sem noção
De todo esquema psicopático

Impossível ficar são
Despejo nessas linhas
A agonia presa no coração
Meus vírus e spans

Toda prova do crime de todo dia
Minha loucura forjada na ética
Na minha moral. Só minha?
Sou melhor que eles, fica a dúvida

Ignorância circulando nas veias
Acelerando em cada teclar de raiva
Não adianta acender velas
A cegueira aos poucos me engloba

A metáfora dos zumbis
Tão visível, tão real
O inferno mastigando os fins
Meus miolos, um cereal

Os outros mais perto
Na velocidade da luz
Sartre avisou
Jesus na cruz

Imbecis cibernéticos
Gênios envoltos em papel verde
Achem seus grupos
É difícil ser global, percebe

Cidadão do planeta
Multi colorido
Fora da curva
Sem religião

Empático e cada vez menos simpático
Agradar a maioria agora é cruel
Tirania não se faz na força e sim manipulando
Me deixem feliz, tudo pro meu eu, sim pro meu eu

Eu não sou você
Você não sou eu
Quem é você?
Quem sou eu?

Isso não mais importa
Quero que você deseje ser eu
Você me inveja e então me adora
Eu te injevo e ninguém perdeu

Isso é mal. Isso é mal.
Não é culpa do hardware
Nem do softwate
É daquele que se acha o tal

Vou ficando mais coloquial
Vulgar, desleixado com a arte
Arde ver tudo cada vez mais banal
Meio tosco, preguiçoso.  Sem nem mesmo rima e métrica. Livre nas regras da mediocridade.

Desvirtuando o virtual
Na real, está faltando mais uau
Menos sexo casual
Foder é cada vez mais usual
Mais material e menos carnal
Menos espiritual e mais animal

Amar é uma espécie ameaçada de extinção
Erosão que vai levando cada grão
Ache quem me ama, me deixe sem chão
Não basta, não basta apertar um botão

Esse é um poema atual, manda um curtir pra ficar legal.





























MetaforandoWhere stories live. Discover now