Capítulo 1 - A Feira

Začať od začiatku
                                    

O mercado de trabalho formal ou informal requer profissionais com conhecimentos e por isso irão te cobrar determinação, postura, perseverança, disciplina, etc. Foco. Agora esqueçam tudo isso e guardem essas palavras. Vamos, escrevam! As três coisas mais importante: O amor, a responsabilidade e algo pelo que lutar! Somente essas três coisas. Anotaram? Bom, o ano era 1988...

A Feira

Ano de 1988

Naquele dia tudo parecia tranquilo e sem problemas aparente até aquela menina me avisar que o tempo estava mudando. O céu estava cheio de nuvens escuras. Logo cairia muita água. Até aquele momento, converso que ainda não havia me dado conta do tamanho da encrenca que estaria me metendo. Talvez até soubesse ou até tivesse alguma certeza, mas toda aquela ansiedade tomava de mim a razão aumentando a adrenalina agitando tanto meu corpo como meus pensamentos.

Para um jovem com minha idade, que acabara de completar seus 14 anos de vida, tudo era uma nova aventura. Cheio de vida e energia para gastar tudo podia ser possível. Era o meu primeiro dia na grande feira livre de Goianinha, uma bela cidade localizada na microrregião do litoral sul do Estado do Rio Grande do Norte. Uma feira livre que tradicionalmente acontecia todos os domingos a pelo menos uns 100 anos e ao longo do tempo se tornou uma das maiores da região.

Ela tinha uma característica marcante pela variedade de coisas que se podia encontrar por lá. Além de ser tradicional no sul daquele estado; começava muito cedo e praticamente terminava antes do entardecer.

Como em todas as feiras livres, era grande a movimentação de pessoas e dos banqueiros, _ Esperem, não os "banqueiros" de grandes Bancos, Instituições Financeiras, mas aqueles responsáveis por carregarem bancos de madeira feitos por ripas pregadas umas às outras, muito utilizados neste tipo de comércio.

Os preparativos começavam sempre um dia antes, colocando os bancos já arrumados em suas posições de sempre para o dia seguinte.

Entre um banco e outro que colocavam no lugar, falavam sobre a próxima festa da cidade e quem viria se apresentar para eles. "Quem sabe não vem esse ano a banda Saia Rodada" disse um enquanto o outro balançava a cabeça com uma alegria notável, só comparada à felicidade de uma criança recebendo doces no dia de "Cosmo e Damião!".

Faziam seu trabalho rápido porque logo os feirantes chegariam para arrumar suas mercadorias.

Era mágica na minha cabeça aquela situação toda. Tinham que arrumar logo suas bancas porque os clientes começavam a chegar muito cedo, poucas horas depois, e por volta do meio dia a feira praticamente já teria se encerrado, restando apenas alguns comerciantes finalizando o dia.

Eu havia chego à noite anterior, no sábado, que estava bem quente embora ainda estivesse no inverno daquele ano.

Enquanto descarregava os sacos de pipocas que usei para ensacar no dia anterior, ouvi uma voz doce que me embriagava o pensamento, dizendo o quanto estava cansada daquela correria, de toda agitação que dominava aqueles momentos que antecedem a feira de Goianinha.

Não me contive e virei para o lado observando aquela figura que me parecia um tanto quanto pitoresca: Uma jovem que bem chamava a atenção de todos que por lá passasse, fosse homem ou fosse mulher, tamanha era a beleza daquela menina e a tintura azul de seus cabelos.

Vestia uma camiseta cor branca já um pouco amarelada, talvez pelo tempo de uso, e um shortinho Jeans azul escuro.

Tinha por volta de um metro e cinquenta de altura aproximadamente, corpo de menina com curvas bem acentuada, cabelos na altura dos ombros e com uma pele fina como seda.

Águas que passam, uma breve aventuraWhere stories live. Discover now