Capítulo 3 (2ª Parte) - Niall Horan

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Pessoalmente, não gosto de ler com música. Mas achei que a Don’t you remembre da Adele se adequa perfeitamente a este capítulo, principalmente depois do pequeno flashback. Deixei-a aqui do lado, para quem gostar. Leiam a nota final, é importante, e boa leitura .x

-(…)Mas eu não vou desistir de nós… - Laína continuou, limpando as lágrimas que escorriam pelo seu belo rosto. Sorriu para mim e correspondi, já sentindo saudades deste elemento e do som da sua gargalhada. Colou os nossos lábios num beijo suave – Vou à casa de banho, ver o estado deplorável em que fiquei depois desta recaída… - rimo-nos – Até já… - afastou-se de mim. Observei-a a desaparecer por entre corpos suados e pessoas alcoolizadas.

-Está tudo bem? – ouvi Liam atrás de mim e virei-me para o encarar.

-Sim… - sorri-lhe – Estou tão feliz por tê-la a meu lado, mas mesmo que não queria pensar que vai ser uma despedida, é assim que sinto que irá ser… Não sabemos quanto tempo vamos ter que esperar até podermos estar assim novamente… Mas somos fortes, vamos conseguir… - disse sorrindo mais uma vez – Os rapazes? – questionei.

-O Harry deve andar por aí. O Louis e o Zayn estão ali sentados – apontou para a nossa mesa – Um pouco alegres… - rimos, observando as figuras que estavam a fazer. Estavam agarrados um ao outro e Louis passava a mão pelo rosto do Zayn enquanto dizia algo – Acho melhor ir buscar água. – Liam comentou.

-Eu vou! – exclamei rapidamente – Tens mais paciência que eu, portanto ficas aí com eles. Até já… - afastei-me da zona, caminhando até ao balcão.

Estava quase a chegar quando uma mão me impede de continuar. Agarrava-me fortemente o pulso e percebi que a pessoa estava realmente aflita. Virei-me para a observar e a rapariga estava ofegante.

-Tem calma… respira devagar… - disse tentando acalmá-la.

-Ajuda-me… - a jovem pediu – A-ata-que de de as-ma – disse pausadamente, tentando respirar calmamente.

-Precisas de ar puro, vamos lá para fora… - disse ajudando-a a caminhar. Nunca estive numa situação destas.

Foi um bocado difícil ajudá-la, as pessoas estavam mais interessadas em beber e dançar feitos loucos que nem sequer repararam que estávamos com problemas. Algum tempo depois conseguimos atingir a saída e mal abrimos a porta, a brisa fresca fez-se sentir.

Caminhamos um pouco, para ela se acalmar mas nada estava a resultar. Confesso, estou a entrar em pânico. Peguei no telemóvel e enviei uma mensagem à pessoa que sei que me pode ajudar. Laína.

“Anda cá fora se faz favor…Horan”. Espero que ela veja e que chegue a tempo de me ajudar.

-Não tens o teu inalador? – perguntei, depois de a sentir ficar cada vez mais ofegante. Ela negou com a cabeça –O que é que posso fazer para te ajudar? Qualquer coisa…

-R-resp-ira-ção bo-bo-ca… - disse segundos depois, sentando-se no chão. Senti que não o devia fazer – até porque nunca fiz algo parecido em toda a minha vida – mas ela está a sofrer e a Laína nunca mais chega.

Sentei-me ao seu lado e aproximei-me dela. Reticente colei os lábios aos seus e soprei devagar. Senti a sua língua invadir a minha boca e as suas mãos a prender-me. Tentei a todo o custo separar-me dela mas nada consegui fazer. Tentei fechar os lábios mas também não consegui. Permaneci imóvel sem sequer corresponder, ao que percebi ser, um beijo forçado.

-Depois apareceste e não me deixaste explicar… - concluí. Laína não me encarou uma única vez desde que comecei a contar o que realmente se tinha passado naquela noite. Continuei de joelhos, sempre a olhar para as suas feições, à espera que algo mudasse na sua atitude. Mas nada se alterou, continuou séria a olhar para a janela.

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