#09 - Comprando Roupas

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Tobias' não é realmente um dos melhores nomes, mas estava mais perto que a outra e no fim das contas nem parece tão mal. Assim, Nazavo entra e vai olhando as roupas de lá. Roupas muito normais para a região. Nobres, mas normais.

- Posso ajudá-lo?

- Nazavo quer roupas bonitas. Não essas roupas daqui.

- Senhor, temos ótimas roupas aqui. Já viu nossos ternos?

- Nazavo não quer terno!

- Desculpe, senhor Nazavo. Aguarde um momento, por gentileza.

Ele entra e pouco depois vem um outro homem, certamente o gerente.

- Pois não, senhor?

- Nazavo já disse o que quer: roupas bonitas!

- Perdão, senhor, já deu uma olhada no que temos por aqui, nas vitrines...

- Claro que Nazavo olhou!

- Nada agradou?

- Não. Nazavo quer roupa bonita.

- Pois é o que temos. São as melhores roupas que se pode achar em Diwed e se não gostou delas, nada podemos fazer a respeito.

- Nazavo vai embora dessa loja idiota!

A equipe da loja não demonstra qualquer reação enquanto observa Zand deixar a loja. Nem sempre se ganha...

Resta então a outra loja, a tal de Zwonz. Quem diria... Zand frequentando uma loja de roupas dessas... Não que não pudesse pagar por roupas tão caras em outras ocasiões. É que Zand nunca simpatizou com a Aristocracia.

Aos primeiros passos já nota a diferença para a primeira loja. O uso de manequins, por exemplo. Vitrines bem maiores e uma variedade bem maior de roupas. Roupas de todos os cantos...

Nazavo pára diante de um manequim. Um tipo de túnica de seda dourada e preta. Sem mangas, com algumas dobras do ombro esquerdo ao lado direito da cintura. Uma faixa para a testa como que trançado das mesmas cores.

- Deve ficar bem em você. - Nazavo se volta e vê, surpreso, a mesma mulher que entrara na loja de jóias dos Drell. Seu olhar firme no manequim e Zand a observa por uns instantes. Seus olhos são negros e tem um brilho especial. Nariz pequeno e sobrancelhas delicadas. Seus lábios mostram um leve sorriso antes de falarem mais uma vez.

- Experimenta! - Ela se volta para Nazavo. - Você está na Hotelaria Raposa da Lua, não é?

- Sim, Nazavo está lá. Como soube?

- Nazavo... Um nome diferente. Prazer, sou Rubi. Acho que era você quem vi entrando lá logo cedo.

- Sim, Nazavo esteve lá.

- Sinto muito, mas preciso ir. Está bem chata esta cidade, você não acha? Se você descer para almoçar no bar da Raposa, podemos conversar um pouco. Se você quiser.

- Claro. Nazavo vai sim.

- Então até mais. Rubi vai esperar Nazavo ao meio-dia. - Pisca o olho com um sorriso leve e deixa a loja, com classe e postura impecáveis.

Nazavo permanece parado. É a habilidade de Zand de perceber como as pessoas são ou pelo menos suas intenções. Está em choque com Rubi. Ela é muito diferente de tudo. Traços e jeitos tão delicados, mas ao mesmo tempo não esconde que sabe o que quer e é forte o bastante para conseguir.

- Pois não, senhor, posso ajudá-lo? - É uma jovem vendedora, tirando Zand de seus pensamentos.

- Sim, Nazavo quer provar essa roupa.


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