Depois da Louise ter-me contado todas as novidades que tinham ocorrido durante a semana em que estive em coma (que foi essencialmente contar-me quem me visitou, quem não visitou, etc) ela foi embora dizendo que ia para casa descansar e que a noite vinha ter comigo. Ainda tentei dizer que não era preciso mas sendo teimosa como é disse:
- Tu estiveste em coma, por isso quem manda sou eu! -digamos que foi uma argumentação fraca mas a sua cara de séria teve piada por isso disse-lhe ok e lá foi ela embora toda feliz e contente (e exausta!).
Quando já estava sozinha no quarto comecei a pensar em tudo o que ela me disse sobre o Harry. Será mesmo que já está na altura de o perdoar? Existirá alguma altura para o perdoar? Depois do que aconteceu, será que consigo algum dia fazê-lo? E com estes pensamentos na minha cabeça adormeci.
#Dream/Flashback On#
-Hey lo... -não, isto não estava a acontecer!
A imagem à minha frente estava provocar-me uma dor no coração tão grande que não sabia como ainda estava a respirar. Ali estava ele com ela na cama, a fazer algo que ele própio disse que ia esperar para fazer comigo! Não.. Isto não podia estar a acontecer!
Eles claramente ainda não tinham reparado na minha presença, pois ele continuava a enfiar-se mais dentro dela, enquanto ela gemia de prazer.
- Seu sacana! Como é que pudeste?! -gritei e no momento em que me virei reparei que Harry olhava para mim com uma cara de horror.
Fechei a porta do seu quarto com toda a força e corri pelo corredor, desci as escadas e sai daquela casa! Olhei para o céu, como se este me pudesse dizer o que fazer naquele momento e então reparei que já não estava sol, mas sim umas nuvens carregas. O tempo tinha mudado numa questão de segundos, assim como a minha vida. Comecei a correr para a minha casa até que ouvi aguém a chamar por mim.
- ALI CAT!! ESPERA! -por uns momentos parei de correr, mas então a imagem de ele a fude-la vieram a minha cabeça e recomecei a correr.
Entrei em casa e fechei a porta no exato momento em que ele chegou à minha entrada. Só o ouvia gritar e a bater na porta.
- Alice!! Por favor..Deixa-me entrar!!
- Vai-te embora! Nunca mais te quero ver à frente!!
- Ali não digas isso!! Por favor.. Deixa-me explicar!
- Não preciso de explicações!! Vai-te embora!!
Ele continuava a gritar e a bater na porta, eu só chorava sem saber o que fazer! Pus as mãos nos ouvidos para bloquear o som. Olhei a volta e uma ideia veio-me à cabeça. Peguei nas chaves do carro e dirigi-me a garagem pelo interior da casa. O velho volvo do meu pai estava lá e sem pensar duas vezes pus a chave na ignição, liguei o carro abri a porta da garagem e acelarei dali para fora. Pelo retrovisor conseguia ver o harry a correr da porta da entrada pelo pequeno jardim e sempre atrás de mim, até que finalmente se cansou e eu acelarei mais.
Nesse momento apercebi-me que chovia. Torrencialmente! Provavelmente deveria abrandar... Mas o pensamento do Harry com aquela lambisgoia só me fez carregar no acelerador cada vez com mais força! Que ódio!! Como é que ele fui capaz?! Como? Logo com ela... Com aquela parva da Sandy!!
Do nada o meu telemóvel toca na minha algibeira e tiro para ver quem me está a telefonar. Juro que se for o Harry... mas não. Era o meu pai! Encosto o carro e atendo o telefonema.
- Estou papá? -digo com a minha melhor imitação de voz feliz.
- Ali? Que se passa?
- Nada papá.. Porque é que haveria de se passar alguma coisa? -digo com um sorriso falso mesmo sabendo que ele não está aqui para ver.
- Lali, tu não me enganas.. Diz-me o que foi! -Odiava quando ele me chamava Lali! Afinal já não era uma criança! Mas naquele momento só fez com que as lágrimas começassem a acumular-se nos meus olhos e a correm-me pela cara abaixo.
- Podes vir buscar-me papá? -digo entre soluços.
- Claro Ali! Onde estás meu amor? -olho à minha volta.
- Perto das docas. Estou com o teu antigo volvo.
- Okay. Espera aí que o pai já te vai buscar minha princesa.
Ambos desligamos a chamada. Fiquei à espera... Tinham-se passado 30 minutos e ainda não havia sinal do meu pai. Estranho.. Beaufort não é assim tão grande para que ele demore tanto tempo a chegar ás docas.
Esperei mais um pouco... 35 ,45, 55 minutos já se tinham passado e não havia sinal do meu pai! Estava a sentir um enorme aperto no peito já à algum tempo mas este intensificava cada vez mais ao minuto. Decidi telefonar-lhe. Tocou, tocou, tocou e nada! Telefonei outra vez. Tocou, tocou, tocou e nada!
Voltei a ligar o carro e decidi voltar para casa. Estava a mais ou menos 5 quarteirões de casa quando vejo um acidente. O carro estava completamente desfeito e não se percebia sequer que tipo de carro era.
"Espero que a pessoa que sofreu o acidente esteja em segurança" pensei eu.
Quando passei pelo local do acidente senti um arrepio estranho que me desceu pela espinha. Segui o meu caminho para casa. Estacionei o carro na garagem e entrei dentro de casa.
- Já cheguei!
Não houve resposta... Que estranho... Olhei para o relógio. Já eram 7 p.m. As minhas irmãs já deviam estar em casa assim como a minha mãe! Peguei no telefone de casa e telefonei para a clínica onde a minha mãe trabalhava. Após uns 3 toques ouve-se uma voz.
- Boa noite, aqui fala a Cindy da Clínica Melbourne. Em que posso ajudar?
- Cindy? É a Alice!
- Ohh Alice! Como estás querida?- Cindy era uma senhora de meia idade que trabalhava como recepcionista na clínica onde a minha mãe trabalhava.
- Está tudo bem... Cindy, a minha mãe já saiu da clínica?
- Sim querida! Já saiu à mais de 1 hora. -é impressão minha ou isto está a ficar cada vez mais estranho?
- Ahh ok Cindy! Obrigada e boa noite!
- Boa noite para ti também querida!
Desliguei o telefone e liguei para a minha mãe. Tocou, tocou, tocou, e quando eu estava quase a deligar oiço a voz da minha mãe do outro lado da linha.
-Alice? Onde estás?
- Estou em casa. Onde é que está toda a gente?
- Alice..o teu pai..ele sofreu um acidente.- não..não podia ser!- Eu e as tuas irmãs estamos no hospital. -aquele carro..aquele acidente- Vens cá ter? -oiço a voz chorosa da minha mãe do outro lado.
Ele..o meu papá! Não.. ele não podia!! Eu vi o carro..eu vi o sangue no chão a ser levado pela chuva. O MEU PAPÁ!
-não...- a minha voz saiu num sussuro enquanto a minha mente gritava.
- Desculpa? Disseste que não vinhas? Não te consegui ouvir.
- Eu estou a ir. -e desliguei o telefone.
Sabia qual era o hospital para o qual o tinham levado. Era o único hospital existente também por isso só podia ser aquele. Corri para a garagem, voltei a ligar o carro, abri a porta da garagem e sai disparada pondo o cinto enquanto tirava o carro.
Esse foi o meu primeiro erro.
#Dream/Flashback Off#
Acordei com alguém a fazer-me carinhos no cabelo. Abri os olhos e a pessoa que menos esperava encontrava-se a minha frente. Frances, a minha mãe.
Hey babes!! Alguém reclamou que eu tinha sido má e não tinha publicado o flashback todo, bem..agora já está mais completo apesar de ainda faltar muito!! :)
Digam-me o que acham e votem por favor!!
Love you all!! <3
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KAMU SEDANG MEMBACA
The broken girl
Fiksi PenggemarSabes aqueles momentos em que queres chorar e não podes? Em que o teu peito dói tanto que agarras-te a ele com tanta força porque parece que vai rebentar? Em que o ar parece não ser o suficiente para o momento? Eu sei.