Capítulo um

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- Doutora, precisamos da senhora aqui.

- Qual é o caso?

- Um garoto, sete anos, estava andando de skate, caiu e faturou a tíbia.

- Ok, já estou indo

***

Meu dia foi bem corrido hoje, cinco cirurgias já e nem são 16h, preciso ver o Dylan, esse garoto tem o dom de me animar, meu dia fica melhor quando eu vejo ele.

— Filha

- Oi mãe. - Digo olhando para trás a procura da minha mãe.

- Como esta? Faz tempo que não vai em casa, seu pai está com saudade.

- Estou bem, tem sido difícil ter um tempo por aqui, e bem tem o Dylan.

- Ele está aqui de novo? - Minha mãe diz com uma voz preocupada. 

- Sim, ele veio ontem à noite, ainda não dei alta a ele. Darei só amanhã e pelo menos com ele aqui eu consigo vê-lo. 

- Mas tarde irei visita-lo se ele ainda estiver por aqui. Se quiser eu dou alta a ele, assim eu posso vê-lo e você ir para casa descansar.

- Tudo bem, direi a ele que terá visita, com certeza ele vai ficar animado. Dylan adora a senhora, bom você faz bagunça com ele então já viu ne.

- Não fazemos bagunça, apenas nos divertimos. 

- Sei se divertem, não façam muita bagunça ele teve uma noite difícil hoje. Preciso ir mãe, vou lá vê ele e mais tarde irei para casa.

- Tudo bem meu amor, não se esquece de ir lá em casa e leve a Barbara, vocês precisam sair um pouco daqui, e se não é aqui que estão é naquele apartamento, precisam de novos ares.

- Concordo com a senhora doutora Miller. - Disse Barbara, chegando por trás de mim. - Essa menina não sai daqui, tem uma festa que estou querendo ir hoje e vou ver se consigo arrastar ela junta comigo.

- Já falei para não me chamar de senhora e muito menos doutora Miller, me chame apenas de Susan está ótimo Barbara, quase cinco anos que você esta em nossas vidas então não precisa dessa formalidade toda, e isso minha querida, leve ela, vocês são muito novas para ficar trancada aqui, e mais sendo um hospital.

- Eu não quero ir, tenho mais o que fazer do que fica indo em festa, você deveria se orgulhar de mim mãe, quero fica no meu quarto do que em festa enchendo a cara, não é nenhuma mãe que tem uma sorte dessa, olha a mãe da Bah, aposto que ela não se orgulha dela. Preciso ir agora. - Disse dando um beijo em minha mãe.

- O quê? Qual é Beatriz, minha mãe se orgulha sim, de mim, só porque vou à festa ocasionalmente não quer dizer que eu seja uma filha ao qual ela não possa se orgulhar.

- Eu me orgulho de você meu amor, com certeza me orgulho, olha para você tudo que já conquistou sozinha. - Gritou minha mãe para eu poder ouvir, já que eu estava um pouco longe dela agora. Ainda a escutei dizendo para Barbara que se ela fosse sua filha teria orgulho de dizer que ela era sua filha com toda certeza.

- Ei como assim, o que você vai fazer hoje à noite? - Disse Barbara vindo atrás de mim.

- Vou fica em casa, assistindo um filme, debaixo da coberta, um dia perfeito para isso.

- O quê? Não, esta perfeita para saímos, vamos vai ter essa festa, por favor.

- Agora não dá.

- Tudo bem, não é agora mesmo. Porque, o que você vai fazer agora?

- Vou tirar essa roupa e vou ver como o Dylan esta, falei que iria ver ele depois que eu tivesse um tempo e depois disso vou para casa.

- Ah qual é Bea, vamos para festa, vamos nos divertir.

- Não, eu estou bem.

— Bem? Qual foi a última vez que você transou? 

- Isso não vem ao caso, e eu prefiro meu quarto.

- Preferia você nos dois primeiros anos.

- Como assim? Preferia eu como uma puta, que pulava de cama em cama, nunca se apaixonava, nunca criava um laço com ninguém? Prefere-me assim?

- Pelo menos você saia do quarto, agora você é do quarto para o hospital e do hospital pro quarto.

- Ah qual é Barbara, eu saio de casa.

- Mas não em festa, vamos beber, por favor? 

- Tudo bem, mas primeiro vou ver o Dylan.

***

Meu Deus como pude aceita vim nessa festa, não venho, mas em festa, bom não desse tipo, já que foi em uma dessa que foi o motivo do fim do meu namoro.

Há cinco anos, terminei com ela, nos dois primeiros anos fui uma completa vadia, dormia com qualquer um, ficava com mais de cinco pessoas por dia, praticamente dormi com todas do hospital, quase fui expulsa de lá, mas como sou uma dos donos, isso não aconteceu.

No terceiro ano eu me aquietei um pouco, ainda dormia com as pessoas, mas era apenas uma por semana . E bem agora nos dois últimos anos não estou saindo com ninguém, tipo nada mesmo, nem ficando. 

E agora a Bah me trouxe aqui nessa festa, e nesse momento estou sozinha, ela não é dessas que dorme com qualquer uma, mas ela sabe aproveitar as festas como ninguém e meu Deus, ela não fica de ressaca, ela pode beber o tanto que for e no outro dia acorda como se tivesse dormido a noite inteira, não virado a noite bebendo, como queria ser assim.

Preciso achar ela e ir embora daqui com ou sem ela, mas não quero deixar ela aqui sozinha então é melhor ela querer ir.

- Droga. - que babaca, estou toda molhada devido a um cara que não olha por onde anda e acabou esbarrando em mim e derrubou toda a minha cerveja na minha blusa.

- Precisa de ajuda?

Não, isso não pode ser verdade, essa voz, eu reconheço em qualquer lugar, mas não pode esta acontecendo.

Será que já fui para casa e isso é um sonho, e ela esta apenas na minha cabeça? Por favor, que seja isso.

O ReencontroWhere stories live. Discover now