O CHEFE DA MINHA MÃE

CAPÍTULO IV

ISABEL NARRANDO

   - Está pronta? - Isabella perguntou entrando no quarto.

   - Sim! - Peguei minha mochila e fui de encontro a ela. - Vamos?

   - Vamos, mas antes quero te mostrar algo. - Ela desbloqueou o celular e começou a ler. - "O famoso empresário Bernardo Galisteu foi visto ontem com uma linda morena em um caríssimo restaurante, e depois os viram saindo de mãos dad..."

   - Não precisa continuar! - Falei colocando a mão na frente do celular.

   - Viu, você foi dar um corte no gostosão agora ele já está com outra. - Ela falou rindo da minha cara.

   - Melhor, pelo menos ele não fica no meu pé. - Sai do quarto e puxei Isabella. - Vamos logo!

Contei a Isabella sobre o beijo com Bernardo, e ela não para de me encher o saco, e como se isso não fosse necessário, sexta no caso hoje, tem a festa de 20 anos da empresa dele, e minha família foi convidada.

Depois do beijo não sei se consigo ver Bernardo da mesma maneira. Eu não queria ir nessa festa, mas minha mãe insiste que a família toda tem que ir.

   - Baby? - Isabella me chamou. - Chegamos! - Descemos do carro e entramos na escola.

Só tem uma semana que aulas começaram e eu já não aguento mais. Não estou conseguindo prestar atenção nas aulas, e não consigo de jeito nenhum me acostumar com esse lugar. Fazer amigos também não está sendo uma tarefa fácil. Aaaaaa Amsterdam como sinto falta de você!

A aula acabou e fiquei esperando Isabella na frente da escola.

   - Sentiu minha falta? - Ela perguntou surgindo ao meu lado.

   - Nem um pouco! - Respondi me levantando. - O motorista já está aqui.

   - Ok, mas não vamos almoçar em casa. - Ela falou enquanto íamos até o carro.

   - Como assim?

   - Vamos procurar algo para vestir hoje a noite!

   - AF!

   - Olá Anderson, nos leve ao shopping! - Isabella falou ao motorista quando chegamos no carro.

   - Ok, senhorita Isabella. - Anderson disse todo formal.

   - Já te disse, só Isabella. - Minha irmã piscou para o motorista e entrou no carro.

   - Sua safada! - Falei baixo. - Dando em cima do motorista.

   - Eu jamais faria isso! - Fez cara de paisagem. - E mesmo se fizesse você poderia falar nada, senhora Galisteu.

   - Você não presta, Isabella!

   - Não vou discordar. - Ela disse encolhendo os ombros.

Chegamos no shopping, comemos um lanche e fomos as compras. Minha querida irmã, como sempre demorou quase uma década para escolher a tal da roupa perfeita.
Quando fomos para casa já era quase quatro da tarde.

   - Vocês foram fazer compras ou morar no shopping? - Meu pai perguntou quando entramos na sala.

   - É que sua filha é muito indecisa. - Falei a ele.

   - Indecisa não! Apenas tomo cuidado para que tudo esteja perfeito. - Isabella se defendeu.

   - Enfim, quero vocês pronta às 21:00! Nenhum minuto a mais, entenderam?

   - Sim! - Respondemos juntas.

Deixei Isabella conversando com meu pai e fui para o meu quarto.