Prólogo

66 12 18
                                    

- Bom dia! - Dizia Mark, alegremente conversando com Sarine.

- O que tem de bom? São sete da manhã e você está ligando para mim enquanto estou de pijama, deitada em cima da cama, com os cabelos bagunçados e meias de bichinho. - Ela respondeu, mostrando suas meias novas.

- Na verdade, são exatas sete horas, vinte e seis minutos e quarenta e oito segundos. Quarenta e nove. Cinquenta. Bom, você entendeu.

- Eu odeio você.

- Todos me odeiam, se eu me importasse com isso já teria enlouquecido.

- Eu continuo odiando você.

- Enfim, pela primeira vez em minha vida sinto que realmente estou animado para alguma coisa. Vou me mudar para o apartamento do meu avô. - Ele disse, enquanto pegava suas tradicionais torradas com geléia de morango e comia apressada e animadamente.

- Aposto que, quando você entrar nesse apartamento, coisas vão sair voando e o fantasma do seu avô vai aparecer dizendo: "minha casa, devolva minha propriedade".

- Interessante.

- Preciso desligar, se não vou perder a hora da faculdade.

- Certo. Nos vemos mais tarde. Lembre-se: Baker Street, 221b.

- Lembrarei.

Sarine desligou, e Mark ficou novamente sozinho.

Andou pela sua atual casa. Não era muito grande, era exatamente o oposto disso, mas o que ele mais gostava em sua residência fora o que ele preferia chamar de "quarto do crânio". Nada mais, nada menos que o quarto em que haviam uma poltrona, uma mesa e, em cima dessa mesa, um crânio de plástico. Talvez Mark estivesse cansado de olhar sempre o mesmo crânio para organizar suas ideias.

- Antes de chegar ao apartamento, vou comprar um novo. - Falou, trancando a porta.

Estava caminhando diretamente para um novo rumo, mas, antes de chegar lá, precisava comprar um novo crânio de plástico.

E foi assim que a vida de Mark Holmes começou a mudar completamente.

O novo Sherlock HolmesOnde as histórias ganham vida. Descobre agora