Real Hallucinations (Blanc7)

0.4☪

Estava todos sem saber o que fazer, estavam acabados...

Estavam fracos, estavam mal.

Queriam seus amados, Taichi Tacho e Jean eram muito importantes, tão importantes quanto os outros.

A única solução para ter o Jean e o Taichi de volta era ir atrás...

Eles tinham que jogar aquele maldito jogo até conseguir o que queriam; seus companheiros de volta!

Estavam todos em silêncio, olhando aquele cristal que não eram tão belo mais aos seus olhos.

- Nós vamos ficar aqui parados?- Teno sussurrou sem forças, mais todos conseguiram ouvir.

- O que vamos fazer Teno? Não quero mais jogar esse jogo, não quero que mais ninguém suma, vocês são tão especiais para mim.-
D.L falou com lágrimas nos olhos.

Shinwoo estava soluçando muito, a qualquer momento ele poderia desmaiar.

Spax se levantou de onde estava sentado e foi abraçar o Shinwoo, ele ainda estava com raiva do Spax, afinal, foi ele que começou tudo isso.

Shinwoo tentou afastar Spax de perto dele, mas ele estava muito fraco e cedeu ao seu abraço.

De repente, Teno também os abraçou, depois K-Kid, D.L... e assim ficaram todos deram um abraço forte, como se fosse o último.

Se afastaram e D.L falou;

- Vamos salvar eles, não vamos ficar parados sofrendo enquanto Taichi e Jean estava precisando de ajuda, só Deus sabia o que eles estavam passando.

Todos os cinco sentaram em volta da mesa, e colocaram as mãos no cristal.

Fecharam os olhos, e o cristal ficou azul. O jogo havia começado.

K-Kid.

O único no jogo era o K-Kid, ele vai salvar seus amigos, ele vai conseguir.

O local por onde ele andava era um beco, um beco escuro.

Ele conhecia o tal beco, aquele lugar te traz ruins lembranças, muito ruim.

Cada passo que o Geon dava, era um calafrio que ele sentia.

O local não tinha cheiro bom, era um ambiente fechado, Geon tinha pavor de ambiente fechado e que não tinha vento. Ambiente não arejado te fazia perder o ar.

Ele lembrava daquele beco, junto vieram memórias do seu pior dia de vida.

O dia em que ele foi abusado sexualmente por homens nojentos.

O Woong acreditava tanto em Deus, pedia que todos seus dias fosse maravilhoso.

Mais foi em um dia de sexta a noite que ele se perdeu, e foi parar naquele beco imundo.

Daí que vocês se perguntam "O que Kim Geon Woong fazia em uma noite pelas ruas sozinho?".

Daquele tempo, ele só tinha 14 anos. E tinha acabado de se mudar, no dia depois que ele é sua mãe havia se mudado, já que seu pai havia sido assassinado a uma semana antes, nem a mãe muito menos o pequeno Woong conseguia dormir.

Woong e sua mãe se sentaram no sofá conversaram, iriam se mudar.

O por que ficar em uma casa onde só te trazia péssimas lembranças?

A vida de Woong não era a melhor, mas ele sorria, ele sorria como se nada tivesse acontecido.

Sua mãe tem câncer, e seu pai foi assassinado na sua frente. Ele só queria que aquilo fosse um sonho.

Foi no dia em que sua mãe teve uma parada cardíaca, enquanto o Woong dormia, ele acordou com algo caindo no chão, desceu as escadas e viu sua mãe --já branca-- jogada no chão.

Woong não sabia o que fazer, desesperado ele saiu correndo de casa a procura de alguém para ajudar sua mãe.

E foi a procura de ajuda que ele se perdeu naquele lugar sujo, onde dois homens o pegou e o usou até ficar inconsciente.

Woong já se encontrava com as pernas bambas, sem forças de procurar seus amigos sentou no chão, chorando.

Não tinha esperanças de encontrar eles.

Abaixou a cabeça sentindo as lágrimas banhar seu lindo rosto.

Mas foi aí que algo lhe chamou a atenção, uma porta.

Uma não, duas portas, ele ficou assustado, pois não tinha visto elas ali antes.

Ambas era de madeira, só que uma de cor branca e outra de cor preta.

Geon não gostava de preto, achava o preto uma cor sem graça, uma cor morta, uma cor feia.

Com sua escolha feita, segurou no trinco da porta branca e a girou.

Entrou dentro daquele lugar desconhecido por si, e fechou a porta.

O lugar era completamente vazio e fechado..

Aquele local deixava ele com pavor...

Olhou em volta e não tinha sinal de seus amigos, decidiu sair dali.

Mas quando se virou para trás, não vou nada. Não tinha porta, não havia absolutamente nada.

Em um piscar de olhos tudo que tinha ali eram paredes, o teto e o chão de espelho. Sim espelhos.

Ele via seu reflexo em cada um daqueles espelhos, se via sem ar, muito fraco.

Desesperado procurou por saída, não encontrando nada tentou quebrar aqueles espelhos.

Mas algo o fez parar, ele agora via daqueles espelhos o dia, cada dia que ele sofreu, ele viu seu pai sendo assassinado a tiros na sua frente, viu sua mãe morta no chão.

Viu cada momento ruim, cada toque daqueles homens em si.

Woong não sabia o que fazer já estava ficando sem oxigênio por estar em um lugar fechado.

Sabia que ali era o seu fim, se sentou no chão de espelho onde ainda passava o dia em que ele foi abusado sexualmente.

Sentiu um arrepio em sua coluna e algo sussurrou no seu ouvido;

- Você nunca vai fugir do seu passado Woong.

Logo após isso sua visão ficou turva e foi escurecendo.

K-Kid estava com a cara roxa. Afinal, ninguém vive sem ar.

Aquelas cenas fez D.L se desesperar, Woong nunca havia o falado da sua vida, da sua família, agora ele entendia o motivo.

Aquela frase rodeava a cabeça de cada um deles, D.L interrompeu o jogo tirando as mãos do cristal, e como esperado, Woong já não estava mais entre eles.

Vocês nunca irá fugir do seu passado, algo sempre irá te fazer lembrar dos momentos ruins que passou. Carregue cada momento com você, até o fim de sua vida, msmo sendo um passado ruim e inútil, você irá precisar dele, para vencer na vida.