capítulo 4

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POR MAÍSA:

Aquele garotinho de cabelo castanho-claro, seus olhinhos azuis me traziam um sentimento de nostalgia, quando chegou até mim, ficou parado me olhando.

— Oi! — falei sorrindo para o menino.

— Oi! — respondeu ele tímido — Meu papai fala que não é para eu falar com estranhos — Disse o menino, olhando para mim.

— Seu pai tem razão, é perigoso para uma criança falar com um estranho, eu me chamo Maísa, qual é o seu nome pequenino?

— Eu não sou pequeno, sou gande, sou um rapaz! — Falou o menininho chateado.

— Gustavo, você não pode se afastar do seu pai — Falou um rapaz se aproximando do menino.

Disculpa tio eu vim buscar minha bola a senhola, tava chorando, o papai sempre me pergunta, por que eu to chorando, aí eu ia perguntar para ela? — Falou o menino pegando na mão do homem.

— Não é nada, foi apenas um cisco que caiu no meu olho — falei limpando meu rosto — Aqui, sua bola — entreguei a bola para ele.

— Gustavo Hurst — chamou uma outra voz — Você — ao olhar para cima não acreditei no que estava vendo — Maísa

— Eduardo — não estava acreditando ele estava ali na minha frente.

— Papai essa senhola estava chorando — falou o garotinho correndo em direção dele que estava me olhando assustado.


POR EDUARDO:

Putz! Agora fudeu de vez, não podia estar mais ferrado do que estava, ali estava Maísa me olhando como se eu fosse um fantasma.

— Oh! Meu Deus! É você mesmo — ela levantou me abraçando, o que me deixou sem reação — Jesus, te encontrei — falava ela sorrindo entre as lagrimas.

— Papai você a conhece? — perguntou Guto na sua inocência, Maísa me soltou e olhou para Guto com os olhos arregalados. — Papai? — ela colocou a mão na boca — Meu Deus! El..... — eu a interrompi.

— Ele nada — olhei para Guilherme ao meu lado — Leva Guto para o carro — pedi a ele que apenas afirmou com a cabeça.

— Vem com o tio, meu amor — falou Gui pegando Guto pela mão, que me olhou sem entender nada, mas foi sem reclamar enquanto ela me olhava surpresa, assim que eles se afastaram eu a encarei.

— Ele é seu filho? — perguntou ela e afirmei com a cabeça — Oh! Meu Deus! Quantos anos ele tem?

— Não interessa quantos anos MEU filho tem — respondi rude.

— Ele é filho de Diego, não é? — não sei se ela perguntou ou afirmou, entrei em alerta.

— Não sei que você está falando — tentei esconder meu nervosismo.

— Gustavo é filho de Diego não tente negar –— ela me olhava questionador.

— Você só pode estar ficando louca, meu filho não tem o mesmo sangue daquele cretino — falei.

— Não chame ele assim — disse ela.

— Quer que eu o chame como? Canalha, traidor, infiel? Bom são tantos adjetivos para ele que nem sei numerar — respondi frio.

— Ele não teve culpa — disse ela exasperada — Ele não teve culpa, fui eu, eu que armei contra vocês dois — ela me olhando nos olhos.

— Não estou entendo, e nem me interessa entender — respondi frio — agora só me faz um favor, faça que não me viu e não conte nada ao seu filho — falei.

— Você está mudado, cadê aquele garoto doce que eu conheci? — perguntou ela, eu sorri sem humor.

— Você e seu filho o mataram junto com o seu afilhado — respondi.

— Só me diga — ela me olhou com os olhos marejados — ele é meu neto, não é? — por um minuto vi um brilho de esperança em seu olhar.

— Não — respondi — E mesmo se fosse, ninguém da sua família iria chegar perto dele — falei virando me para sair dali, mas ela me segurou pelo braço.

— Não faça isso — ela começou a chorar — Meu filho está morrendo um dia após o outro, ele já tentou suicídio duas vezes, por favor — suas palavras me impactaram — Eu estou te implorando — ela ajoelhou se a minha frente — Eu sou uma mãe arrependida do mau que fez no passado, fale com meu filho traga a vida dele de volta, eu faço o que você quiser, mas salve meu filho — não havia palavras para dizer naquele momento, ali estava Maísa ajoelhada a minha frente pedindo por Diego eu estava em choque nunca pensei que em algum dia ela faria isso.

— E... e... eu preciso ir — sai de lá desconcertado a cena daquela mulher na minha frente me chocou de um jeito entrei em meu carro sem olhar para meu amigo apenas encostei minha cabeça no vidro do carro e fiquei olhando para o nada, quando chegamos na casa dos meus pais, sai correndo fui para meu quarto, joguei me em minha cama ao contrário do que pensam, eu não chorei fiquei olhando para o teto processando tudo o que ela havia me dito, a palavra suicídio não saia da minha cabeça — Será que — não, isso só podia ser mais uma invenção dela, ou será — Droga — gritei, sentando na cama com as mãos na cabeça — Inferno — falei, e ouvi o som da porta abrir olhei e meu pequeno estava ali parado me olhando.

— Papai tá bravo comigo? — ele olhava para baixo — Disculpa papai.

— Oh! Meu bebê vem cá — chamei ele que veio correndo, peguei no colo e o abracei forte — Papai não está bravo com você amor — falei beijando seu nariz, bochechas trazendo-o para meus braços novamente — Eu amo muito você — falei fazendo carinho em seus cabelos.

— Eu amo você também papai — Respondeu ele.

Reencontro De Um Amor Vol.1 CONCLUIDO DEGUSTAÇÃOOnde as histórias ganham vida. Descobre agora