Clarice
- Boa noite Sr. Henrique Vilella.
Eu e Rachel nos levantamos e eu fiz questão de não abraça-lo ou demostrar carinho com ele, passei do lado dele colocando as outras caixas que estavam jogadas no chão, em cima do sofá. Rachel cumprimentou meu pai e os dois ficaram se encarando de uma maneira muito estranha.
- Oi Henrique. Muito bom reencontra-lo.
- Olá Rachel, digo o mesmo, você está muito bem. Da última vez que nos encontramos, você estava muito abatida pela morte de seu Pai.
- Foi uma enorme perda em minha vida Henrique.
- Sim sim, concordo com você. Afinal ele te sustentava né!?! Mas, vamos parar de falar em tristeza.
Eu observava a conversa dos dois e viu que Rachel estava fuzilando seu pai com os olhos, sentia que alguma coisa estava estranha naquele ambiente e meu pai não parou com as provocações.
- E ai você se casou, teve filhos!??
- Bom Henrique, como você sabe muito bem, já peguei mais meninas que você no colegial. Então prefiro não responder a essas suas perguntas idiotas e sem nexo.
Acabou que meu pai ficou sem graça e mudou de assunto.
- E ai minha filha linda como foi seu dia?
- É sério que o senhor está me perguntando isso? aposto que aquelas flores nem foi você que escolheu e outra você ligou pra minha mãe no dia do meu aniversário pra resolver problemas na empresa, isso é ridículo Pai.
-Clarice você sabe que eu sou uma pessoa ocupada!
- Em questão a minha Mãe, ela deve estar o novo namorado dela._queria irritar ele e eu sabia seu ponto fraco.
- Ok Clarice, vim te ajudar com as suas coisas._falou ele tentando parecer calamo.
Rachel pegou as caixas e começou levar para o carro dela.
- Não precisa querido Papai, a Rachel vai me ajudar com as minhas coisas, porque o querido papaizinho é uma pessoa muito importante e chegou tarde como sempre. Obrigada querido papai._fui bem irônica mesmo, porque ele merecia.
Henrique se viu no passado, quando pegou Rachel aos beijos com a sua irmã, Seu rosto parecia em chamas de tanta raiva e ficou pensando em sua filha caindo na mesma armadilha e armações de Rachel.
Meu pai tentou me abraçar mas nem ergui meus braços e deixei ele no vácuo, eu não merecia isso, sinceramente depois que ele casou com aquela secretária que agora apaga de madame, meu relacionamento com ele se desfez.
- Filha, sua mãe está sabendo que você está na companhia dessa mulher?
- Pai, chega, desde cedo fiquei te esperando, e agora veio com essa cara de inocente e me fazendo perguntas bestas. Tá acontecendo alguma que eu não estou sabendo?!?!
Meu pai ficou sem graça na hora e passou as mãos na cabeça e deu um soco na parede, ele estava perturbado com algo e eu fiquei olhando pra Rachel, querendo encontrar respostas pra todo aquele comportamento besta do meu pai.
- Filha, vai com seu carro, a sua mãe te deu um carro né? Vai com seu carro CLARICE!!!
- Pai, já disse chega, eu ainda não estou com à minha carteira. Eu vou com a Rachel e ponto final.
- E já estou saindo, vamos você sabe que mamãe odeia quando você entra na casa dela sem ela saber.- Vamos Rachel!?!?
Rachel saiu do lugar que se encontrava e pegou a ultima caixa que estava a beira da porta e saiu, tentando nenhum sentimento, mas eu sabia de alguma forma que ela não estava bem, meu pai saiu junto comigo e nós três descemos pelo mesmo elevador, sem dizermos nenhuma palavra, meu pai seguiu para recepção e eu e Rachel fomos para a garagem, mostrei o meu carro novo pra ela.
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DECIFRA-ME
RomanceClarice filha única de empresários do Rio de Janeiro, em seu aniversário é obrigada a aturar a amiga da mãe que estava chegando de São Paulo e que não as via desde quando que Clarice tinha 2 anos de idade. E pra ela que pensou que era mais uma d...