Capítulo 2 - Um breve passeio na minha infância.

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Todos os livros de autoajuda que você ler, ou tudo que você escutar sobre melhorar sua vida vai dizer: "as causas dos seus problemas foram criadas na sua infância".

Isso é verdade. Foram aquelas coisas que aconteceram na minha infância que fizeram trancar os meus talentos, as minhas qualidades... Pouca coisa ficou do lado de fora, e eu passei metade da minha vida escondendo meu melhor naquele lugar...

(Algo para refletir)

Por coincidência estou lendo um livro, no momento, que diz que:

"Muitos de nós fingimos ser alguém que não somos."

"Muitos de nós não gostamos de sermos vistos."

"Muitos de nós não queremos que as pessoas percebam nosso ser mais profundo."

"Muitos de nós temos medo de sermos quem realmente somos."

"Muitos de nós somos o oposto do eu dissimulado."

"Muitos de nós guardamos segredos sobre quem se é na verdade."

"Muitos de nós não gostamos do que tem dentro de nós."

Todo esse turbilhão de negação interna do meu ser me fez procurar um refúgio, algo que me desligasse e me fizesse esquecer...

Vou relembrar algumas passagens de minha infância e, então, você, leitor, poderá ter uma ideia melhor do caminho que fui traçando ao longo dos anos.

Quando eu ainda era muito pequena, lembro-me agora que, quando a última irmã veio ao mundo, toda a atenção, antes dada a mim, agora era direcionada a esse novo serzinho.

Eu lembro quando comecei a chupar o dedo, fiquei num canto, assistindo àquele bebezinho fazendo gracinhas e todos brincando com ele, eu me sentia esquecida.

Parecia que tinham tirado algo de mim e chupar o dedo parece que completava essa falta. (Logo mais, irei um pouco mais ao fundo desse momento de minha vida).

Você deve estar se perguntado: o que isso tem a ver com as drogas? Tudo!

Eu não vou entrar em questões do que era para ser feito ou não, pois não estou falando como um psicólogo e ainda que escrever ajude a organizar tudo a intenção no momento é somente a lembrança do começo de tudo para que fique claro que o uso de drogas provém de algo muito mais além do que possamos imaginar...

Quando falamos de drogas, buscamos informações com pessoas, especialistas no assunto etc. Saberemos que as pessoas, ou nascem ou não nascem com predisposição ao vício.

É como se trouxéssemos uma bolha do vício na cabeça, e, um dia, ela pode despoletar ou não.

Eu não fiz nenhum ensaio científico e nem busquei com algum médico especializado onde nasceu o meu vício para afirmar, com certeza, que foi nesse episódio ou não, mas eu acredito que sim, porque, quando eu busco em mim mesma essa resposta, minha mente me leva a esse momento, a essa lembrança.

Eu acredito que, na minha experiência, esse dia foi a válvula de escape que foi acionada como se, a partir desse momento, despoletasse dentro da minha cabeça essa "bolha".

Lembro-me que, nesse período, minha sexualidade ficou mais aflorada e eu, mesmo de calcinhas de babados 2 a 3 anos, sentia algum prazer com minhas partes íntimas, em programas de TV com dançarinas (típica sensualidade brasileira) pouca roupa e cheiros...

Se estudarmos um pouco o vício, veremos que ele está dividido em partes.

No que eu li a respeito, existe vício em drogas (substâncias químicas), em jogo, em compras, em sexo, em comida, em furtos. Logo, se ligarmos os fatos, existe uma grande chance de essa sexualidade aflorada ter se dado logo após aquele fato da minha irmãzinha ficar no centro das atrações.

Com o passar dos anos, lembro-me de ter outras atitudes... além de chupar o dedo constantemente...

No começo, eu só chupava o dedo, mas, depois, comecei a fazer pequenos furtos, mais tarde, na escola, eu me equilibrei um pouco, mas, com o passar dos anos, fui ficando mais assustada.

Aos doze anos, dei o primeiro beijo em um garoto da escola e, aos 13 a 14 comecei a beber álcool.

Considerações:

O que se pode considerar aqui é que, ao que tudo indica, foi, nos meus dois a três aninhos, quando despoletou em mim algo que parece ter sido o meu vício.

Lembro-me de me queixar de dores de cabeça nessa fase, assim como chupar o dedo, e também por sentir algum prazer nas partes íntimas.

Eu acredito que, até os doze anos, eu consegui com a escola a socialização, equilibrar um pouco minhas carências internas de alguma forma, como se o vício estivesse controlado, mas, depois desse período, tudo ficou mais difícil.

Acho que a puberdade, junto com minhas carências, a falta de entendimento significativo do meu mundo interno e a predisposição e o despoletar do vício deram início ao uso de álcool e de entorpecentes na minha puberdade.

Ainda sobre o "despoletar" do meu vício, é interessante destacar que a válvula que o disparou foi, na verdade, dividir a atenção com outra pessoa.

Não me foi perguntado: "ei, você quer dividir a atenção que lhe é dada com outro ser?" Eu era tudo de bom e, a partir dali, não era tão boa assim, era como se um pedaço de meu ser tivesse sido arrancado ali e, dali em diante, eu tentasse preencher essa falta de mim mesma. Como já mencionado, algumas pessoas nascem com essas dificuldades e/ou predisposições...



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⏰ Ultimo aggiornamento: Jul 23, 2017 ⏰

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