- Obrigada, filha. - Ela sorriu. - O motorista chegou, vamos?

   - Vamos.

Fomos para o carro e o motorista abriu a porta para mim e minha mãe.
O caminho foi silencioso e rápido, pois depois de uns 20 minutos nós chegamos.
O motorista nos deixou na frente do restaurante, que não era muito chique, mas muito bonito e elegante.
Entramos e fomos até uma mesa onde estava um homem olhando atentamente para o celular, mas assim que ele nos viu chegar ele se levantou e veio em nossa direção, e foi quando o consegui ver direito.
Agora eu te falo, pensa em um homem lindo multiplica por quatro, e ainda não chega nele.

   - Yasmim, enfim você chegou! - Ele foi cumprimentar minha mãe. - É um prazer te conhecer pessoalmente.

   - Igualmente, senhor Galisteu. - Minha mãe respondeu com um tom de nervosismo em sua voz.

   - Senhor não, sou muito novo para ser chamado assim. - Ele tentou fazer uma cara de indignado. - Só Bernardo.

   - Ok, Bernardo. - Ela sorriu.

   - E quem é essa moça? - Ele perguntou para minha mãe olhando para mim. 

   - Opa, já ia me esquecendo, esse é a minha filha. - Ela me olhou. - Venha cumprimentar o moço, Isabel.

   - Olá! - Fui para mais perto dele. - Me chamo Isabel.

   - Olá Isabel! - Ele beijou minha mão, e eu provavelmente fiquei rosa nesse momento. - Me chamo Bernardo. - Ele olhou pra mim e depois para minha mãe. - Venham vamos nos sentar.

Nós nos sentamos e começamos a olhar o cardápio.

   - O que vai querer, filha? - Minha mãe me perguntou.

   - Não estou com muito fome, então pode ser o mesmo da senhora.

   - Ok.

Fizemos os pedido, e minha mãe e seu chefe começaram a conversar.

   - Então Yasmin, você deve estar se perguntando o porquê desse almoço. - Ele falou olhando para o celular e depois para minha mãe. - Não é mesmo?

   - Na verdade estou sim. - Ela respondeu um pouco envergonhada.

   - Apesar de estar a pouco tempo nesse ramo, eu sempre procuro saber como esta cada empresa que meu pai deixou para mim. - Ele sorriu. - Quando fiquei sabendo que iriam te transferir para cá, procurei saber mais sobre seu trabalho, gostei muito do que vi, e você também recebeu bastante elogios.

   - Que bom. - Minha mãe parecia não saber o que responder.

   - Te falaram que seu cargo não seria tão bom aqui quanto o que você tinha em Amsterdam, certo?

   - Sim!

Ele ia falar alguma coisa mas nossa comida chegou bem na hora.
Almoçamos em silêncio, e quando todos terminamos de comer, a sobremesa chegou, e o homem continuou o que estava falando antes.

   - Voltando ao assunto, gostaria de saber se aceita ser nossa nova diretora de marketing?

   - Sim, com certeza! - Minha mãe respondeu animada.

   - Ok, então amanhã vá até a empresa e organizaremos tudo. - Ele sorriu.

Eles mal começaram a comer a sobremesa e o celular da minha mãe começou a tocar.

   - Com licença. - Minha mãe disse e Bernardo assentiu, ela foi até um lugar onde eu acho que era o banheiro.

Um silêncio tomou conta da mesa, e eu só conseguia olhar para o meu doce.

   - Isabel, correto? - Ele perguntou depois de uns dois minutos.

   - Sim! - Respondi ainda olhando para minha sobremesa.

   - Quantos anos você tem?

   - Vou fazer dezessete. - Dessa vez levantei o rosto e olhei para ele, que estava com olhos grudados em mim. - E você?

   - Vinte e quatro. - Ele se sentou mais relaxado na cadeira. - Você é muito bonita, Isabel!

   - Obrigada. - Olhei em seus olhos, e ficamos nos encarando por uns dez segundos até que ele abaixou o rosto e começou a comer sua sobremesa.

Estavamos terminando de comer quando minha mãe chegou.

   - Filha, liga para o motorista da sua vó vim nos buscar, o Pietro está no hospital, ele passou mal. - Ela disse com a voz trêmula.

   - Eu levo vocês. - Bernardo disse. - O hospital fica perto.

   - Não precisar se incomodar. - Minha mãe respondeu. - E só eu ficarei no hospital, Isabel irá voltar para casa pra ficar com minha filha mais nova que está um pouco em choque com a situação.

   - Não será um incômodo. - Ele se levantou. - Vou pagar a conta e levo vocês.

Ele pagou a conta e nós fomos até o estacionamento onde estava uma caminhonete linda.

   - Pela sua cara achei que gostasse de carros do tipo Ferrari. - Disse a ele. - Mas acho que estava engana.

   - Eu gosto mesmo é de motos. - Ele respondeu. - Mas quando o assunto é carro, prefiro os mais altos. - E sorriu para mim.

Ele abriu a porta para mim e minha mãe que foi na frente com ele.
Uns 15 minutos depois chegamos ao hospital.

   - Obrigada, Bernardo. - Minha mãe agradeceu. - Aqui está o endereço de onde estamos ficando, já que a Isabel ainda não sabe andar por aqui.

   - Ok. - Ele respondeu. - E não precisa agradecer.

   - Cuide da Lauren. - Minha mãe se virou para mim. - Agora tenho que ir. - Ela desceu do carro e caminhou até a recepção do hospital.

   - Venha na frente. - Bernardo disse sem olhar para mim. 

Fui para frente, e ele saiu com o carro. Dessa vez o caminho foi longo, porque o trânsito estava com muito congestionamento.
Não conversamos muito, ele ligou o rádio, e foi apenas o som dá música que vinha de lá o caminho todo.

   - Chegamos. - Ele disse parando o carro. - Muito bonita sua casa!

   - É da minha avó. - O corrigi.

   - Então tá. - Ele sorriu.

Ele tirou o cinto de segurança e veio em minha direção, até o ponto que consegui sentir sua respiração. Quando achei que ele iria me beijar, o mesmo abriu a porta do carro, mas ainda continuou com o rosto quase colado no meu. 

   - Até mais, Isabel. - Ele sorriu de uma maneira encantadora e se afastou de mim.

   - Até, Bernardo.

Desci do carro, e caminhei até a porta da casa sem olhar para trás.

***

Olá pessoinhas, estão gostando da história? Espero que sim!

Coloquei uma imagem ali em cima para que vocês possam imaginar melhor como eles estavam vestidos!!

Beijinhos

  

  

O CHEFE DA MINHA MÃEWhere stories live. Discover now