Aislan
Ódio, ódio mortal de todo e qualquer ser humano miserável que ousava entrar no meu caminho, era impossível sentir um pouco de auto confiança quando nada saia do jeito que você queria, e durante aqueles dias nada, literalmente nada estava como eu queria. Malditos modelos, maldita agência e maldita Melissa! Eu acabaria com a vida de todos eles.
Passei pela portaria e o tão cortês e educado segurança me deu boa noite, não me dei o trabalho de o encarar e nem de responder, apenas segui em direção ao elevador que por azar estava cheio de pessoas podres pelo dia de trabalho. Me encostei em uma das paredes, peguei meu celular que por acaso estava cheio de mensagens e ligações perdidas, só Deus se é que ele existia sabia o quanto era difícil tolerar um bando de idiotas ligando o dia todo, mas esse era o preço do sucesso.
Desci do elevador e suspirei aliviado por ter um pouco de ar puro para enxer meus pulmões, caminhei até minha porta enquanto estralava o pescoço, a abri e quase chorei ao perceber que finalmente estava em casa, limpa, vazia e sem ninguém para me irritar, naquela noite eu estava mesmo afim de sucego, caso contrário com certeza teria convidado uma das modelos para me acompanhar ate em casa.
Me joguei no sofá e fechei os olhos por um instante, mas um barulho me chamou a atenção e me fez despertar para a realidade medonha:
- Que bom que você chegou meu amor- Penélope falou enquanto vinha até mim apenas de calcinha e sutiã , colocava duas taças de vinho sob a mesa de centro e se sentava em meu colo - Você demorou querido.- ela passou a mão pela minha nuca e selou nossos lábios rapidamente.
- Como entrou aqui? - perguntei sem tocar nela, por mais que fosse uma pequena tentação.
- Nós dois sabemos que eu consigo entrar em qualquer lugar - sorriu provocante e mordiscou minha orelha me fazendo arrepiar.
- Pena que não é bem vinda em todos os lugares que consegue entrar- revidei e ela fez uma cara falsa de ofendida- você não tem nenhum trabalho para hoje a noite?
- Não! Sou toda sua.
Delicadamente ela começou a desabotuar minha camisa e a deslizar sua mão quente sobre meu tórax, seu toque fez com que meu corpo inteiro despertasse, era como uma dose de êxtase que por sinal estava sendo muito bem vindo, pena que não era questão de necessidade e desejo, mas sim de castigo. Me esquivei dela segurando seus ombros e a afastando rudemente:
- Por que tá me afastando?- perguntou nervosa.
- Não to com saco pra você hoje.- falei enquanto pegava um copo de Wisky e a ignorava por completo.
- Você só está tenso e cansado meu amor- ela segurou meus ombros começando uma serie de movimentos para aliviar minha tensão, até que seus lábios encontrassem meu pescoço e me lembrassem que aquela não era a Melissa, e eu não podia focar na Mel se a Penélope continuasse me perseguindo como se eu fosse seu objetivo de vida:
- Chega!- gritei e a empurrei, ela cambaleou para trás e caiu sentada no sofá- Chega Penélope! Se não sair agora eu juro que chamo a segurança!
- Você não consegue ver que eu sou tudo o que você tem?- perguntou com o rosto vermelho, cada palavra dela era tomada por ódio, mas também havia uma dose de amor doentio ali, e eu conhecia bem demais aquele tipo de amor - Você não tem mais nada Aislan! A Melissa nunca mais vai voltar para você, ela te odeia e tudo isso é sua culpa, sua e dessa sua arrogância maldita!
- É melhor você calar essa boca!
- Ou o que? Vai me bater?- falou com desdém- Tem alguma coisa errada com você, você não iria me rejeitar assim.
- A única coisa errada aqui é você.
Ela se levantou visivelmente decidida a fazer algo, seus olhos queimavam com sede de vingança, sabia que alguém não sairia dali inteiro, e esse alguém com certeza não seria eu:
- Você já sabe não é mesmo?- a boca dela só faltava espumar para se tornar uma imagem perfeita de uma cadela com raiva.
- Sei o que?
- Não se faça de idiota Aislan! Você não me rejeitaria se não soubesse o que aconteceu com aquela sonsa da Melissa!
Algo em mim despertou ao ouvir o nome dela, e de repente eu estava mais decidido do que nunca para saber o que a Penélope estava escondendo. Comecei a andar até ela com passos lentos e ameaçadores, e Peny por sua vez se afastou pressentindo o perigo.
- O que tem a Melissa? - perguntei a prensando contra a parede e a fazendo me encarar - O que tem a Melissa Penélope? - rugi e os lábios dela tremeram.
- Ela tá grávida.
- O que disse? -perguntei pensando não ter ouvido direito.
- A sua princesinha esta grávida!- gritou com os olhos vermelhos pelas lágrimas que insistiam em cair - mas é melhor não começar a cantar Vitória tão rápido, pois ela não sabe se o bastardinho é seu ou do cegueta.
A empurrei para o lado a fazendo cair de joelhos no chão, Penélope grunhiu e tirou o cabelo do rosto parecendo chocada com a minha atitude:
- Devia ter matado aquele desgraçado quando tive a chance -falei entre dentes - aquele filho é meu.
- De que importa? - Penélope começou a rir compulsivamente enquanto lágrimas ainda rolavam pelo seu rosto- ela não dá a mínima para você seu idiota, ela prefere o Nicolas a você e conhecendo bem aquela menininha mimada tenho certeza que a opinião dela jamais vai mudar.
- Cala a boca!- gritei jogando o copo de Wisky na direção dela que por pouco não a acertou - onde a Melissa esta?
- Ela não quer ficar com você! Eu quero!
- Onde. Ela . Esta? - Peny não respondeu e eu enfurecido e a ponto de mata-la joguei um vaso de plantas que se espatifou aos pés dela - Onde Penélope?
- Na casa dos pais dela - finalmente admitiu e eu não hesitei em pegar a chave do carro pronto para sair.- Aislan? Aislan você não pode fazer isso- a ouvi gritando enquanto avançava em direção ao elevador - Eu te amo Aislan!
Dane- se amor, dane-se a verdade, o que importava mesmo era o que eu queria, e naquele instante tudo o que eu mais almejava era encontrar a Melissa. Ela era minha posse e isso sob nenhuma circunstância mudaria.
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Boa noite meus amores! Capítulo exclusivo do vilão kkķkk espero que tenham gostado... ou talvez odiado dadas as circunstâncias.
Acham que ele vai conseguir achar e levar a Melissa de volta para o Rio? O que a Penélope vai fazer?
Ah e quero convidar vocês para ler minha outra história. Se chama "Eterno" já tem mais de trinta capítulos publicados, e eu ficaria imensamente feliz se vocês pelo menos dessem uma olhada.
♡ Beijos até o próximo ♡
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Eu Nunca Disse Adeus
Romance| EM REVISÃO | Ser cego não significa não enxergar nada,quando deixamos de ver o exterior procuramos pela personalidade, caçamos vestigios do invisível e cremos no que pensamos compreender. Talvez essa não seja apenas uma deficiência dos olhos,mas t...
