14 anos depois de Tita

Começar do início
                                    

Chego na universidade e estaciono, foi difícil encontrar uma vaga. Hoje é o primeiro dia de aula do ano letivo e o prédio está lotado de calouros. Em vista disso, ando pelos corredores apressadamente, desesperada para encontrar minha sala e sair daquela bagunça infernal. Enquanto  praticamente corro, dou de cara em uma parede de músculos e carne, eu tenho 1,63 m de altura sendo assim qualquer coisa mais alta que isso para mim é uma muralha; o impacto foi forte, o que me fez cair com as costas contra o chão.

- Você por acaso é cego? seu... - digo e então paro no meio da frase abrindo os olhos quando ia dizer um impropério. Eu fico parada olhando para os lindos e profundos olhos castanhos que me fitam; são sem sombra de duvidas os olhos mais castanhos que já vi na vida. Continuo observando até que percebo que junto com os olhos do culpado tem uma mão estendida me convidando a segura-la e o som de alguém pigarreando. Fico corada ao perceber o sorriso do dono da mão estendida, pois percebo que fiquei parecendo uma idiota apaixonada.

Agarro sua mão e ele me ergue do chão puxando-me para si, com força e agilidade, porém com delicadeza como se temesse que eu viesse a quebrar em suas mãos. Acho que era mais leve do que ele imaginava, pois devido ao impulso vou parar rente ao seu corpo e eu ainda o encarava o que deixou a situação mais constrangedora ainda. Ficamos dessa forma por longos segundos, o que me deu tempo o suficiente para analisa-lo. Ele tinha cabelos castanho escuro,  devia ter 1,90; sua pele clara contrastava com seus olhos e cabelo, seus lábios eram rosados e logo se abriram em um largo e belo sorriso, me fazendo sair do transe. Fico mais vermelha ainda, ouço uma foz me chamando e ele se afasta me dando uma sensação de abandono.

- O-Obrigado! - gaguejo me afastando e indo em direção de uma louca que me chamava, mas alguém segura amavelmente o meu braço e olho na direção de quem segurou. Ele me encarava e fiquei sem saber o que fazer.

- Qual o seu nome? - ele diz com um sorriso.

- Marriê. - queria continuar nossa conversa, mas sou puxada pela louca e me afasto  dele.

Caminho um pouco perdida pelo corredor, sendo arrastada pela louca que fala coisas sem sentido. Estava me lamentando por ter saído de perto dele, olho para a menina que me arrastava e enfim percebo quem é quando ela para e me abraça apertado.

- Ah Malú! senti tanto sua falta. - ela fala me apertando ainda mais forte.

- Não seja dramática Liz, você foi comigo ao shopping ontem. - digo olhando para a menina louca que também é minha melhor amiga desde o fundamental. A Lislenne é um pouco mais alta que eu e tem lindos cabelos ruivos, seus olhos são verdes, porém mais claros que os meus; sua pele é tão pálida quanto a da minha irmã Eliza. Ela é alegre e bem louca, tem um excelente conceito sobre moda o que a torna a queridinha da minha mãe. Estudamos Direito juntas, bom na verdade fazemos quase tudo juntas, ela estava lá em momentos difíceis da minha vida.

- Não corta  o meu barato. - ela fala fingindo estar brava, mas logo ri. - Quem era aquele gato perto de você. - ela pergunta e eu lanço um olhar interrogativo. - Que foi? achou que eu não ia notar ou que eu não vi a cena toda? - disse sorrindo.

- Eu não sei- digo - É a primeira vez que o vejo. - respondo um pouco cabisbaixa por perceber que não perguntei nem mesmo seu nome. O que eu to pensando?

- Conta outra dentinho. - ela diz sarcástica. - Pelo jeito que estavam tão próximos  que parecia que se conheciam a bastante tempo, sabia? - ela fala cruzando os braços sobre o peito e balançando a cabeça. O que me fez rir de sua atitude infantil.

- Eu to falando a verdade - digo puxando ela em direção a nossa sala - Venha, já estamos atrasadas sua louca.

- Me respeita, anã de jardim. - ela fala  enquanto me acompanha.

- Você nem é tão alta assim para ficar se achando - falo rindo.

- Mas sou mais alta que você seu toquinho, aceita! - ela ri muito alto e eu finjo desgosto.

Continuamos caminhando e conversando até chegar na sala. A Liz sentou atrás de mim, visto que ela gosta de mexer no meu cabelo quando a aula está chata. O professor Skinner  entra na sala e nos cumprimenta, fazendo com que eu me vire para a frente.

- Bom dia classe! - ele diz e nós respondemos ao mesmo tempo. - então, antes de começar a aula gostaria de lhes apresentar o seu novo colega, ele veio de uma de nossas unidades de ensino, pode entrar filho. - ele diz olhando para a porta. Meus olhos não acreditam no que veem.

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Oi meus amores! espero que estejam gostando.

O próximo capitulo já esta escrito, logo estarei publicando. Essa é minha primeira história espero que me auxiliem.

O Diário de MarriêOnde histórias criam vida. Descubra agora